sexta-feira, 16 de março de 2012

SOLENIDADE - CONHEÇA O LADO MATERNO DA SANTA Antes da santificação, Luísa de Marillac teve um filho rebelde, sofreu, mas nunca desistiu dele

As biografias de Santa Luísa de Marillac, geralmente, exploram o lado do amor incondicional aos Pobres e a dedicação excessiva ao padre Vicente de Paulo. No entanto, há um aspecto muitas vezes pouco evidenciado: o lado materno dela. Na celebração dos 352 anos da morte da Santa, o SSVPBRASIL aborda as características da mãe Luísa. Todas as informações foram repassadas pela Irmã Neil Pimentel (Filha da Caridade), estudiosa sobre a vida da santa.

Luísa de Marillac, casada com Antônio Lê Gras, teve um filho aos 22 anos, que recebeu o nome de Miguel. Segundo a Irmã Neil Pimentel, Luísa sofreu muito na condição de mãe, revela: “Mãe de uma criança franzina, que se desenvolve com dificuldade, Miguel foi uma preocupação para Luísa até o fim da vida; a cruz dela”.
O filho sempre mostrou apatia ao trabalho e aos estudos. Santa Luísa deseja que se torne padre, mas ele preferiu abandonar a batina. “Conflitos mais ou menos violentos ocorreram entre mãe e filho. Mas ela acompanha com carinho os ímpetos, aborrecimentos, boas resoluções e desregramentos”, conta Irmã Neil Pimentel. Ainda de acordo com ela, o próprio padre Vicente de Paulo adverte Santa Luísa. “Não conheço ninguém que seja tão mãe quanto vós. Quase não sois mulher noutra coisa. Não se preocupe tanto com Miguel. Deus o ama certamente mais do que vós e tomará conta dele”.
Na juventude, Miguel levou uma vida que inquietou bastante a mãe. Em 1644, ele desapareceu e há suspeitas que partiu com uma jovem. Ao retornar para casa, decide se casar com Gabrielle Le Clerc. “Para dar recursos ao futuro lar, segundo o costume da época, Luísa deve comprar para Miguel o cargo de Conselheiro na
Corte das Moedas (Conselheiro do Tribunal de Contas), então exercido pelo tio de Gabrielle. Pobre, Luísa recorre à ajuda de parentes”, explica a Filha da Caridade.
Miguel e Gabrielle tiveram uma filha, Luísa Renata, que não deixou descendentes.
Apesar das peripécias vividas por Miguel para a grande aflição da mãe, ele chegou a estabilizar-se na vida. “Em nenhum momento Luísa desistiu do filho rebelde, inconstante, sem perspectivas. De acompanhá-lo, aconselhá-lo malgrado as reações fortes, e envidar esforços para libertá-lo de obstáculos, para fazê-lo descobrir um caminho e trilhá-lo. Valores cristãos lançados no coração do filho surtiram resultado, embora os tormentos nunca tivessem terminado: problemas na família da esposa e o ensurdecimento, levando Miguel à renúncia do cargo, preocuparam Luísa até o último momento da vida”, finaliza Irmã Neil Pimentel.


FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL, com dados do CMRJ
 
 

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