sexta-feira, 29 de junho de 2012

Leia as reflexões das homilias de julho


A Congregação da Missão - Ramo da Família Vicentina - sintetiza mensalmente as homilias dominicais, que são divulgadas na internet e redes sociais. Veja as reflexões do mês de julho, feitas pelo padre Tomaz Hughes:
FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO (01.07.12)
Mt 16, 13-19
“Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”

Hoje a Igreja celebra a festa de dois grandes apóstolos, Pedro e Paulo, este grande evangelizador dos pagãos ou gentios, e aquele do seu próprio povo. Como evangelho do dia, escolheu-se a história do caminho de Cesareia de Felipe. O relato mais antigo está no Evangelho de Marcos, Cap. 8 vv 27-38, o qual se tornou o pivô de todo o Evangelho. A estrutura de Mateus é diferente; mas, o relato tem a mesma finalidade, ou seja, ajudar os ouvintes e leitores a clarificar quem é Jesus e o que significa ser discípulo ou discípula d’Ele.
A pedagogia do relato é interessante. Primeiro, Jesus faz uma pergunta bastante inócua: “Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?” Assim, vem muita resposta, pois, responder essa pergunta não compromete, pois é o “diz que”. Mas, a segunda pergunta traz a facada: “E vocês, quem dizem que eu sou?” Agora não vêm muitas respostas, pois quem responde em nome pessoal, e não dos outros, se compromete! Somente Pedro se arrisca e proclama a verdade sobre Jesus: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Aparentemente Pedro acertou, e realmente, em Mateus, Jesus confirma a verdade do que proclamou! Afirmou que foi através de uma revelação do Pai que Pedro fez a sua profissão de fé. Mas, para que entendamos bem o trecho, é necessário que continuemos a leitura pelo menos até v. 25. Pois, o assunto é mais complicado do que possa parecer.
Pois, após afirmar que Pedro tinha falado a verdade, Jesus logo explica o que significa ser o Messias (ou, em grego, o Cristo). Não era ser glorioso, triunfante e poderoso, conforme os critérios deste mundo. Muito pelo contrário; era ser fiel à sua vocação como Servo de Javé, era ser preso, torturado e assassinado, era dar a vida em favor de muitos. Jesus confirmou que Ele era o Messias, mas não da maneira que Pedro esperava e queria. Ele, conforme as expectativas do povo do seu tempo, queria um Messias forte e dominador, não um que pudesse ir, e levar os seus seguidores também, até a Cruz! Por isso, Pedro reluta com Jesus, pedindo que nada disso acontecesse. Como recompensa, ganha uma das frases mais duras da Bíblia: “Afasta-se de mim, Satanás, você é uma pedra de tropeço para mim, pois não pensas as coisas de Deus, mas dos homens!” (v. 23). Pedro, cuja proclamação de fé mereceu ser chamada a pedra fundamental da Igreja (v. 18), é agora chamado de Satanás - o Tentador por excelência - e “pedra de tropeço” para Jesus! Pedro usava o título certo, mas tinha a compreensão errada! Usando os nossos termos de hoje, de uma forma um tanto anacrônica, podemos dizer que ele tinha ortodoxia, mas não, ortopraxis!
Assim, Jesus usa o equívoco de Pedro para explicar o que significa ser seguidor d’Ele: “Se alguém quer me seguir, renuncie a se mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (v. 24). Ter fé em Jesus não é em primeiro lugar um exercício intelectual ou teológico, mas uma prática; o seguimento d’Ele na construção do seu projeto, até às últimas consequências.
Hoje, enquanto celebramos os nossos dois grandes missionários, a pergunta de Jesus ressoa forte - a segunda pergunta. Para nós, quem é Jesus? Não para o catecismo, não para o papa ou o bispo, mas para cada de nós, pessoalmente? No fundo, a resposta se dá, não com palavras, mas pela maneira em que vivemos e nos comprometemos com o projeto de Jesus - Ele que veio para que todos tivessem a vida e a vida plenamente! (Jo 10, 10). Cuidemos para que não caiamos na tentação do equívoco de Pedro, a de usar termos corretos, mas com a compreensão errada!

Décimo Quarto Domingo Comum (08.07.12)
Mc 6, 1-6
“Jesus não pode fazer milagres em Nazaré”

O texto de hoje encerra o segundo bloco da primeira parte do Evangelho de Marcos - que trata da cegueira dos familiares de Jesus. O primeiro bloco (1,14-3, 6) mostrou a cegueira das autoridades, e o próximo bloco mostrará a cegueira dos discípulos. Assim, Marcos gradativamente aumenta a tensão entre o que Jesus é e a incompreensão dos que o conhecem: autoridades, familiares e discípulos. Tudo para poder lançar como questão fundamental do seu Evangelho a pergunta: “E vocês, quem dizem que eu sou?” (Mc 8, 29).
De uma maneira indireta, Marcos aqui toca em um dos problemas fundamentais dos cristãos - o escândalo da encarnação. Frequentemente não temos tanta dificuldade em assumir a realidade da divindade de Jesus, mas sim, a sua humanidade! Até hoje, quantas hipóteses esdrúxulas sobre onde Jesus teria passado os primeiros trinta anos da sua vida, quando a realidade é que Ele os passou como qualquer outro rapaz da sua geração – em uma família e comunidade do interior, trabalhando com as mãos e partilhando a dura sorte do seu povo, com uma fé profunda na presença de Javé no seu meio - uma fé alimentada pelas Escrituras. Mas, frequentemente relutamos para não enxergar a opção real de Deus pelos marginalizados através da realidade da encarnação!
Os seus próprios parentes também não queriam aceitar a pessoa e a missão de Jesus. Marcos não esconde a dureza das críticas: “Esse homem não é o carpinteiro, o filho de Maria?” (v. 3). Se fosse um fariseu, ou um “doutor”, ele teria sido aceito! Quanta coisa semelhante hoje - quando preferimos acreditar nas palavras e retórica dos “doutores” e desprezamos a sabedoria popular dos que lutam no meio do povo para um mundo mais justo!
Marcos retoma aqui o tema da primeira parte do Evangelho - que o caminho para conhecer Jesus não é através de uma corrida atrás de milagres. Pois, os Nazarenos conheciam bem os milagres de Jesus: “E esses milagres que são realizados pelas mãos d’Ele?” (v. 2). Aqui tocamos no cerne da questão: em Marcos, Jesus nunca faz um milagre para despertar a fé em alguém. Pelo contrário, é a fé das pessoas que causa os milagres da parte de Jesus. Por isso, é importante notar o verbo que Marcos usa: “E Jesus não pôde fazer milagres em Nazaré!” (v. 5). Não foi que não quisesse, nem que não fizesse milagres, mas que Ele não pudesse fazer! Por quê? Por causa da falta da fé deles!
O texto nos desafia para que nos questionemos sobre o Jesus em quem acreditamos! Conseguimos vê-Lo nos pequenos e humildes e nas pequenas ações em favor do Reino? Ou O buscamos em ditos “milagres” e coisas estrondosas, que muitas vezes podem mascarar uma relutância em assumir o caminho da Cruz? Marcos quer suscitar uma desconfiança na sua comunidade - se nem as autoridades e nem os parentes de Jesus o compreenderam, será que nós O compreendemos? Devagarzinho chegaremos ao Capítulo 8, o pivô de Marcos, onde seremos convidados a responder a pergunta fundamental da nossa fé: quem é Jesus para mim, para nós, hoje?

DÉCIMO QUINTO DOMINGO COMUM (15.07.12)
Mc 6, 7-13
“Dava-lhes poder sobre os espíritos maus”

Esses versículos dão início ao terceiro e último bloco da primeira parte do Evangelho de Marcos(6, 6b-8, 21) que podemos intitular “a cegueira dos discípulos”. É a continuidade dos primeiros dois blocos que tratavam da cegueira das autoridades e dos parentes de Jesus. O nosso texto trata da missão dos discípulos. Vale a pena examinar mais de perto as frases que Marcos usa.
O primeiro elemento é que a missão de Jesus, o de construir o Reino de Deus, continua na missão dos discípulos. A base da missão é o compromisso com Jesus e o seu projeto. Em nossos termos hoje, cumpre lembrar que a origem da missão está no nosso batismo. Todos somos Discípulos-Missionários. Se somos clero, religiosos ou leigos é secundário. A missão comum vem do batismo comum de todos nós. A maneira de vivenciarmos a missão pode ser diferente e variar; mas, a missão é fundamentalmente igual.
Ele os enviou dois a dois. Uma maneira bonita de mostrar que a missão cristã é comunitária! Não existe um cristianismo individualista. A nossa fé tem consequências profundas comunitárias. Um alerta para que não caiamos na tentação de criarmos uma religião individualista e intimista, tão comum no nosso mundo de competitividade e pós-modernidade.
Jesus dava-lhes poder sobre os espíritos imundos! Claro, aqui se expressa uma realidade importante nos termos da cosmovisão da época. “Espíritos imundos” significam tudo que pudesse se opor ao Reino. Tudo cujos valores fossem diferentes do Reino. Infelizmente, ainda hoje muitos interpretam essas palavras ao pé da letra, e criam uma religião que sataniza e demoniza quase tudo, uma religião de exorcismos e diabos - mas sempre no nível intimista e individual. Devemos nos perguntar - quais os espíritos imundos em nós, nas nossas comunidades, na nossa sociedade, que precisam ser expulsos? Não é difícil achá-los: tudo que se opõe à vida, à dignidade humana, à justiça e à solidariedade. Onde se vive o Evangelho, não há lugar para o espírito de individualismo, de competitividade, de exclusão, que é característica da nossa sociedade neoliberal, nossa sociedade de morte! O cristão não pode compactuar com tal sociedade e com as suas estruturas. As nossas celebrações não são para nos refugiarmos nelas, mas para nos fortalecermos na luta pelo mundo novo, pela utopia de Jesus! Por isso, em primeiro lugar, os discípulos tinham que se libertar do espírito de acúmulo - não levar coisas, como sinal da chegada do Reino.
Mas, Jesus os adverte que nem todos iriam acolher a sua mensagem - pois a mensagem de Jesus necessariamente entra em conflito com o espírito do egoísmo, enraizado na sociedade. Vale para os nossos tempos - uma Igreja comprometida com os valores do Evangelho será uma Igreja rejeitada pelos poderes desse mundo. Quando somos bem aceitos por todos, é porque não questionamos, porque perdemos a nossa voz profética! A Igreja verdadeira suscita mártires (literalmente, testemunhas) e não acomodados!
O nosso texto nos convida a um exame de consciência sobre a “missionariedade” da nossa vida. A minha vida, a da minha comunidade, se resumem na vivência interna das estruturas da Igreja, ou me leva a ser testemunha no meio da sociedade, profetizando e demonstrando a chegada do Reino, não tanto pelas palavras, mas pelos valores que vivencio? Uma Igreja que não seja missionária (que não significa ser prosélita) é uma Igreja morta. Lembremo-nos que, pelo batismo, somos todos discípulos-missionários, continuadores da missão de Jesus!

DÉCIMO SEXTO DOMINGO COMUM (22.07.12)
Mc 6, 30-34
“Jesus teve compaixão”

Até uma leitura superficial do texto de hoje faz saltar aos olhos um tema muito central - o da “compaixão” de Jesus. Aliás, os evangelhos todos - e especialmente Lucas - enfatizam este aspecto da personalidade e da missão de Jesus. Ele demonstrou a quem o encontrasse a verdadeira natureza de Deus: de ter compaixão para todos os que sofrem.
Os versículos de hoje demonstram este traço de Jesus no seu relacionamento com os discípulos e com as multidões.
Com os discípulos, Ele ressalta a necessidade de descanso depois das tarefas apostólicas. Quando voltam empolgados com os resultados da missão, a primeira reação do Mestre é convidá-los para uma retirada, para que possam refazer as forças. Jesus tem critérios que não correspondem com o grande critério da nossa sociedade - o da eficácia! Para Ele, os apóstolos não eram máquinas, mas pessoas humanas que necessitavam de serem tratadas como tal. O trabalho - mesmo o trabalho missionário - não é o absoluto. Jesus reconhece a necessidade de um equilíbrio entre todos os aspectos da vivência humana. Aqui há uma lição para muitos cristãos engajados hoje - embora devamos nos dedicar ao máximo pelo apostolado, não devemos descuidar das nossas vidas particulares, do cultivo de valores espirituais, da saúde e do relacionamento afetivo com os outros. Caso contrário, estaremos esgotados em pouco tempo, meras máquinas ou funcionários do sagrado, que não mostram ao mundo o rosto compassivo do Pai.
Mais ainda, o texto ressalta a compaixão de Jesus para com o povo sofrido. Era tão procurado pelo povo, rejeitado e desprezado pelos chefes político-religiosos de então, que nem tinha tempo para comer. Quando Ele se retirava, o povo ia atrás d’ Ele. O que atraía tanta gente? Com certeza não foi em primeiro lugar a doutrina, nem os milagres, mas o fato de irradiar compaixão, de demonstrar de uma maneira concreta o amor compassivo de Deus. Jesus não teve “pena” do povo, não teve “dó” dos sofridos. Teve “compaixão”, literalmente, sofria junto, e tinha uma empatia pelos sofredores, que se transformava numa solidariedade afetiva e efetiva.
Este traço da personalidade de Jesus desafia as Igrejas e os seus ministros hoje, para que não sejam burocratas do sagrado, mas irradiadores da compaixão do Pai. Infelizmente a frieza humana frequentemente marca as nossas atitudes, pregações e cuidado pastoral. Em um mundo que exclui, que marginaliza e que só valoriza quem consome e produz, o texto de hoje nos desafia para que nos assemelhemos cada vez mais a Jesus, irradiando compaixão diante das multidões, hoje, como dois mil anos atrás, semelhantes a “ovelhas sem pastor”.

DÉCIMO SÉTIMO DOMINGO COMUM (29.07.12)
Jo 6, 1-15
“Pegou os pães, agradeceu a Deus e os distribuiu”

A liturgia de hoje interrompe as leituras do Evangelho de Marcos e insere um trecho tirado do capítulo sexto de João - o que comumente chamamos o milagre da “Multiplicação dos Pães”. Logo, vale lembrar que este é o único milagre contado pelos quatro evangelhos, tanto pela tradição sinótica como da Comunidade do Discípulo Amado. Isso mostra claramente que, para as primeiras comunidades cristãs de diversas tradições, a história hoje relatada possuía um grande valor e uma mensagem muito importante.
Os quatro relatos seguem basicamente o mesmo fio da meada, com as divergências próprias a cada tradição e teologia. O enfoque mais “sacramental” ou “eucarístico” é do João, mostrando mais uma vez uma das características da comunidade do Discípulo Amado: a de ter uma teologia eucarística mais desenvolvida.
Embora seja um dos relatos mais conhecidos dos evangelhos, vale a pena sublinhar um elemento que talvez possa parecer estranho: embora nós sempre nos refiramos ao milagre da “multiplicação dos pães”, em nenhum dos quatro relatos usa-se o verbo “multiplicar”! Usam-se outros termos nos quatro evangelhos: “pegar”, “benzer” “distribuir”, “partilhar”! Não é o caso de discutir aqui o que foi que Jesus fez! Nem teríamos condições de descobrir. O enfoque é outro. Se os evangelistas tivessem colocado a ênfase sobre o “multiplicar”, ou seja, sobre o estritamente milagroso, então a história não teria grandes conseqüências para nós hoje, pois nós não temos o poder de fazer milagres! Mas, colocando a ênfase sobre a o “partilhar” e o “distribuir”, então os evangelistas nos desafiam hoje! Pois, partilhar e distribuir estão ao nosso alcance!
No Brasil, com tanta gente assolada pela injustiça e miséria, não precisamos multiplicar nada! O Brasil não precisa multiplicar terras - somos um dos maiores países do mundo! Nem precisa multiplicar a renda - somos a oitava ou nona potência econômica do mundo! Não! O que precisamos é de uma partilha e uma redistribuição das terras e da renda. O que precisamos é uma mudança de mentalidade, de coração e das estruturas, e não milagres paliativos. A história de João e dos outros evangelistas insiste que a solução para a carência se acha na solidariedade, na partilha e na redistribuição, a partir da nossa fé no Deus da Vida.
Outro elemento importante no relato joanino do evento é a atuação do menino que tinha cinco pães de cevada e dois peixinhos - o seu lanche. Mesmo sendo suficiente somente para ele, ele dispõe dos pães e peixes, através do André. Esse gesto de partilha, abençoado por Jesus, faz com que todos se fartem! O relato ressalta que foram pães de cevada - a comida do pobre. Também aqui há uma releitura de um evento na vida do profeta Eliseu, que também “multiplicou” pães de cevada (2Rs 4, 42-44). Sem a colaboração deste rapaz simples, oferecendo o pouco que tinha, Jesus não poderia ter alimentado essas pessoas. Assim, o texto nos desafia para descobrirmos quais são os “cinco pães de cevada” que cada um tem, e de colocá-los a serviço da comunidade. Quando todos partilham o pouco que têm, sobrará! Quando cada um que tem algo segura para si, falta para muitos!
Já mencionamos que João, colocando o relato no capítulo sexto, onde tem o discurso do Pão da Vida, focaliza o aspecto eucarístico. Participar da Eucaristia é comprometermo-nos com o mundo de solidariedade e partilha, onde os bens materiais - mais do que suficientes - serão distribuídos e partilhados, criando assim, de uma maneira real entre nós, o Reinado de Deus. Como diz um canto de comunhão, “Comungar é tornar-se um perigo, viemos pra incomodar”. A mensagem da “multiplicação” dos pães incomoda, e muito, pois aponta para as consequências da nossa participação na Eucaristia!
FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Vicentinos brasileiros poderão participar de atividades com Michael Thio

Duas atividades no Rio de Janeiro estão abertas para a participação de todos os vicentinos interessados, durante a visita do confrade Michael Thio - presidente do Conselho Geral Internacional da Sociedade de São Vicente de Paulo (CGI/SSVP) - ao Brasil.
Os dois encontros abertos ao público são: o aniversário de 140 anos da Conferência São José Primaz (no Méier) e a Festa 'Caridade no ar' (em Duque de Caxias). Ambos os eventos serão no Rio de Janeiro, respectivamente, nos dias 4 e 5 de agosto. Para mais informações, CLIQUE AQUI!
Também no dia 4 de agosto, acontecerá o lançamento dos novos módulos da Escola de Capacitação Antonio Frederico Ozanam (Ecafo), em um evento fechado, no bairro Cosme Velho.

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL
 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Segredo - A vida é bela



Hei!! Psiu!!

Vou contar um segredo....que a mim confiaram...mas é um segredo que pode ser contado.....é o Segredo da Vida!!!!
vamos lá?!! preste bem atenção...não perca nenhum detalhe tá??? !!!

"Todos os dias,
quando você acorda e abre
os olhos pela manhã,
você ganha o maior de todos os prêmios
já oferecido ao ser humano,
você novamente inicia um novo dia. Muitos não têm mais essa oportunidade.
Vamos viver esse dia que se inicia com toda intensidade e otimismo.
Vamos iniciá-lo sorrindo.
Mire-se no espelho e dê um belo.

" Boooommm Diaaaa!
A pessoa mais importante desse universo, é você !
Se você não se amar,
não será capaz de amar ninguém.
Se você não se ajudar,
não poderá ajudar ninguém.
Uma pessoa com auto-estima baixa,
em que poderá contribuir?
Dois sacos vazios não param em pé.

Dê um forte abraço em você mesmo.
Você é único no universo.
Repare! Você está vivo,
venceu mais um dia!

É isso que importa,
iniciar mais um novo dia.
Fazer desse dia o seu melhor dia,
só depende de você.
O sorriso contagia e não lhe custa nada.
Sorria para seus filhos,
para sua esposa ou esposo,
para seus pais e para todos aqueles que convivem com você.
Se você franzir a testa, você contrairá 60 músculos,
mas para sorrir, apenas 16.
Ao menos por economia,
sorria sempre!
Pronto!
Você começou o dia com otimismo,
sua mente está aberta para tirar desse
dia tudo que ele possa lhe oferecer de bom.
Procure somente o positivo em tudo que você fizer, esqueça do negativo.
O positivo sempre estará em todas as suas ações, basta você querer encontrá-lo.
Liste suas tarefas de hoje,
somente as de hoje,
e esqueça as de ontem,
elas já são passado.
Deixe de lado as do amanhã,
até que ele se torne hoje.
O dia tem vinte e quatro horas,
divida-o em três partes:
oito horas para o sono,
oito horas para o trabalho
e oito horas para o seu relax
e de sua família.
Tenha tempo para os seus filhos,
antes que você necessite do tempo deles.
Tenha tempo para sua esposa ou esposo, para que desfrutem da vida, enquanto vida tiverem, mas não se esqueça de reservar um tempinho para sua meditação.
Esse é o segredo da vida, não o guarde com sete chaves, passe-o para todos seus amigos, pois só assim, difundiremos pelos quatro cantos que a vida é bela e merece ser vivida." 
Fonte: Site catequisar.com.br

terça-feira, 26 de junho de 2012

Caminho para o céu


Um homem, seu cavalo e seu cão caminhavam por uma estrada..
Depois de muito caminhar, esse homem se deu conta de
que ele, seu cavalo e seu cachorro haviam morrido num
acidente. Às vezes os mortos levam algum tempo para se dar conta de sua nova
condição...
A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era
forte e eles ficaram suados e com muita sede.
Precisavam desesperadamente de água.
Numa curva do caminho, avistaram um portão magnífico,
todo de mármore, que conduzia a uma praça calçada com
blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte de
onde jorrava água cristalina.
O caminhante dirigiu-se ao homem que numa guarita,
guardava a entrada.
Bom dia, ele disse.
Bom dia, respondeu o homem.
Que lugar é este, tão lindo? Ele perguntou.
Isto aqui é o céu, foi a resposta...
Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita
sede, disse o homem.
O senhor pode entrar e beber à vontade, disse o guarda
indicando-lhe a fonte.
Meu cavalo e meu cachorro também estão com sede.
Lamento muito, disse o guarda.
Aqui não se permite a entrada de animais.
O homem ficou muito desapontado porque sua sede era
grande.
Mas ele não beberia, deixando seus amigos com sede.
Assim, prosseguiu seu caminho.
Depois de muito caminharem morro acima, com sede e
cansaço multiplicados, ele chegou a um sítio, cuja
entrada era marcada por uma porteira velha semi aberta.
A porteira se abria para um caminho de terra, com
árvores dos dois lados que lhe faziam sombra.
À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado,
cabeça coberta com um chapéu, parecia que estava
dormindo:
Bom dia, disse o caminhante.
Bom dia, disse o homem.
Estamos com muita sede, meu cavalo, meu cachorro e eu.
Há uma fonte naquelas pedras, disse o homem indicando o
lugar.
Podem beber a vontade.
O homem, o cavalo e o cachorro foram até a fonte e
mataram a sede.
Muito obrigado, ele disse ao sair.
Voltem quando quiserem, respondeu o homem.
A propósito, disse o caminhante, qual é o nome deste
lugar?
Céu, respondeu o homem.
Céu? Mas o homem na guarita ao lado do portão de
mármore disse que lá era o Céu!
Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno.
O caminhante ficou perplexo.
Mas então, disse ele, essa informação falsa deve causar
grandes confusões.
De forma alguma, respondeu o homem. Na verdade, eles
nos fazem um grande favor. Porque lá ficam aqueles que
são capazes de abandonar até seus melhores amigos...
Engraçado como é simples deixar Deus de lado e depois
perceber porque o mundo está indo tão mal.
Engraçado como todos querem ir para o céu.
Ou será que é assustador?
Engraçado como alguém pode dizer: "Eu creio em Deus".
Mas ainda seguir sua vida mediocremente...
 Fonte: Site Catequisar.com.br

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A vaca no precipício



Um filósofo e seu discípulo resolveram fazer uma pesquisa e saber como viviam as pessoas na sua região.

Chegando à primeira residência, forma recebidos pelos moradores: um casal com cinco filhos - todos com roupas limpas, porém rasgadas.

Depois de servir um cafézinho dispôs-se a responder as perguntas do visitante.

O senhor está no meio desta floresta, não há nenhum comércio nas redondezas - observou o mestre ao pai de família. - Como sobrevivem aqui?

E o homem, calmamente, respondeu:

- Meu amigo, a situação é muito difícil. Graças a Deus, temos aqui uma vaquinha que não nos deixa passar fome. Às vezes sobra um pouco de leite e fazemos um pouco de queijo e vendemos na cidade vizinha. E assim vamos sobrevivendo.

O filósofo agradeceu pela informação, comtemplou o lugar por um momento e foi embora. No meio do caminho, disse ao discípulo:

- Jogue a vaquinha deste pobre homem no precipício.

- Não posso fazer isso, é a única forma de sustento da família! - Espantou-se o discípulo.

O filósofo permaneceu calado. Sem alternativa, o rapaz fez o que lhe mandara o mestre, e a vaquinha morreu na queda. A cena ficou gravada em sua memória.

Muitos anos depois, já um empresário bem sucedido, o ex-discípulo resolveu voltar ao mesmo lugar, contar tudo à família, pedir perdão e ajudá-la financeiramente.

Chegando lá, para sua surpresa, encontrou o local transformado num beíssimo sítio, com árvores floridas, carro na garagem e rapazes e moças bem vestidos e felizes. Ficou desesperado, imaginando que a humilde família tivesse precisado vender o sítio para sobreviver.

Apertou o passo e foi recebido por um caseiro muito simpático.

- Para onde foi a família que vivia aqui há dez anos? - perguntou.

- Continuam donos do sítio - foi a resposta.

Espantado, ele entrou correndo na casa, e o senhor logo o reconheceu. Perguntou como estava o filósofo, mas o rapaz nem respondeu, pois se achava por demais ansioso para saber como o homem conseguira melhorar tanto o sítio e ficar tão bem de vida.

- Bem, nós tinhamos uma vaquinha, mas ela caiu no precipício e morreu - disse o senhor. - Então, para sustentar minha família, tive que plantar ervas e legumes. Como as plantas demoravam a crescer, comecei a cortar madeira para vender. Ao fazer isso, tive que replantar as árvores e precisei comprar mudas. Ao comprar mudas, lembrei-me da roupa de meus filhos e pensei que talvez pudesse cultivar algodão. Passei um ano difícil, mas quando a colheita chegou, eu já estava exportando legumes, algodão e ervas aromáticas. Nunca havia me dado conta de todo o meu potencial aqui: ainda bem que aquela vaquinha morreu. Era um atraso em nossas vidas.

É necessário ver como está a sua vaquinha. Não lastime se ela cair no precipício. Erga a cabeça e lute. Você vai vencer!!!
 


 Fonte: Site Catequisar.com.br                            

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Meditando a oração do Pai-Nosso



Como posso dizer PAI-NOSSO...
Se não vejo todas as pessoas como meus verdadeiros irmãos.
Se eu penso somente em mim, não posso dizer Pai Nosso.
Tenho olhado todas as pessoas como meus verdadeiros irmãos? Até mesmo aqueles que me prejudicam? Ou só penso em mim?
Como posso dizer QUE ESTAIS NO CÉU...
Se eu não acredito na vida eterna!
Se eu não acredito que Jesus está verdadeiramente vivo!
Tenho dado exemplos principalmente para meus filhos que realmente acredito na vida eterna e que Jesus está verdadeiramente vivo? Ou tenho me acomodado? Tenho esquecido que deixar de participar da Santa Missa para fazer qualquer outra coisa é negar que Jesus está vivo.
Como posso dizer SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME...
Se não procuro santificar a minha vida!
Se não procuro santificar a mim mesmo.
Tenho procurado santificar a minha vida? Tenho procurado santificar a vida de todos aqueles que convivem comigo? Tenho procurado santificar a minha família, minha esposa ou meu marido, meus filhos...? Ou tenho achado mais fácil me acomodar?
Como posso dizer VENHA A NÓS O VOSSO REINO...
Seu só penso em ter, mesmo que para isso tenha que passar outras pessoas para traz.
Tenho sido verdadeiramente honesto com todas as pessoas para poder dizer venha a nós o vosso reino? Ou tenho pensado só em ter?
Como posso dizer SEJA FEITA A VOSSA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU...
Se na maioria das vezes eu só penso na minha vontade, muitas das vezes sem olhar se estou ou não prejudicando meu irmão. Se eu nunca procuro fazer a vontade de Deus! Como posso dizer que seja feita a sua vontade?
Tenho procurado fazer de minha vida a vontade de Deus? Tenho sido humilde e realmente aceitado a vontade de Deus? Ou por qualquer motivo reclamo e às vezes até me revolto?
Como posso dizer O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAÍ HOJE...
Se eu quero o pão de hoje, o pão de amanhã, o pão de daqui um ano, o pão de sempre e ás vezes até o pão de meu irmão.
Tenho agradecido a Deus pelo pão de hoje, para que ele nunca me falte? Ou tenho procurado ganhar o pão de hoje, o pão de amanhã, o pão de daqui um ano ou quem sabe até o pão de sempre! Mesmo que para isso tenha que explorar o meu irmão mais fraco, às vezes até tirando o seu único pedaço de pão. Realmente tenho que pensar melhor quando digo “O pão nosso de cada dia nos daí hoje”

Como posso dizer PERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO...
Se eu não sei perdoar! Se por qualquer motivo eu viro o rosto para meu irmão! Se por qualquer motivo eu fico sem falar com outras pessoas! Muitas das vezes não sei compreender até mesmo meus familiares.
Tenho perdoado a todos que me ofendem, que me magoam...? ou tenho sido um hipócrita em ter coragem de virar para Deus e pedir que Ele me perdoe como eu perdôo? Realmente tenho que prestar mais atenção quando estou rezando.

Como posso dizer NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO...
Se eu não faço a minha parte, se na maioria das vezes eu sempre procuro aquilo que me afasta de Deus e que me leva a pecar.
Tenho feito a minha parte, me afastando de lugares indevidos? Lugares que não serviriam de exemplos para meus filhos, fazendo coisas que um dia possa vir a me arrepender! Quando peço a Deus para não me deixar cair em tentação também tenho que fazer a minha parte e não ir ao encontro dela.

Como posso dizer LIVRAI-NOS DO MAL...
Se eu não fujo do pecado! Se muitas das vezes até vou ao encontro dele!
Tenho procurado fugir de todo tipo de mal, de tudo que leva a pecar? Ou tenho ido ao seu encontro? Tenho ensinado a meus filhos a fugir do pecado? Ou meus exemplos não são tão bons?
Como posso dizer AMÉM se não tenho feito a minha parte?


Oração
Senhor, que a partir de hoje, que a partir desse momento, eu possa nos meus momentos de oração, refletir mais sobre o que estou falando, pois Senhor eu quero realmente viver a oração que o seu filho nos ensinou. Que eu possa realmente te chamar de Pai, que eu possa Senhor fazer com que todos vejam que estais no céu e que eu santifique a minha vida para poder dizer santificado seja o vosso nome. Eu quero Senhor dizer venha a nós o vosso reino de coração, para que o Senhor reine dentro de mim e em toda minha vida. Para que eu Senhor, possa falar de coração sincero, que seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu.
Que eu saiba louvar e agradecer todos os dias de minha vida, pelo pão que recebo e também pedir para que ele nunca falte na mesa de nenhum de meus irmãos. Que eu saiba Senhor perdoar o meu irmão de coração, assim como o Senhor nos perdoa, que eu procure sempre me afastar de todo tipo de tentação, para que o Senhor me livre de todo tipo mau.
AMÉM! 

Fonte: Site catequisar.com.br

quinta-feira, 21 de junho de 2012

CNBB escreve mensagem sobre a Conferência das Nações Unidas Rio+20


“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) espera que, da Rio+20, brote o compromisso de construção de um ‘modelo de desenvolvimento alternativo, integral e solidário, baseado em uma ética que inclua a responsabilidade por uma autêntica ecologia natural e humana, que se fundamenta no evangelho da justiça, da solidariedade e do destino universal dos bens e que supere a lógica utilitarista e individualista, que não submete os poderes econômicos e tecnológicos a critérios éticos’” (V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e caribenho – Documento de Aparecida n474c).
Com essas palavras, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil emitiu hoje, 19 de junho, uma mensagem sobre a Conferência Rio+20, que acontece na cidade do Rio de Janeiro (RJ), de 13 a 22 de junho.
Segundo a CNBB, todos devem assumir, com coragem e determinação, o compromisso de rever caminhos e decisões que, ao longo da história, só têm excluído e condenado os pobres à miséria e à morte.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, contribui para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.
A proposta brasileira de sediar a Rio+20 foi aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em sua 64ª Sessão, em 2009.
O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.
Leia a mensagem abaixo:
Mensagem da CNBB sobre a Conferência Rio +20
“O Senhor Deus tomou o Homem e o colocou no jardim de Éden, para o cultivar e guardar” (Gn 2,15).
A Conferência das Nações Unidas Rio +20, sobre o desenvolvimento sustentável, acolhida pelo Brasil neste mês de junho, carrega consigo a irrenunciável responsabilidade de responder aos anseios e expectativas mundiais em relação à defesa e promoção de toda forma de vida, especialmente a humana, desde sua concepção até seu término natural.
A crise econômica, financeira e social por que passam as grandes potências da economia mundial, com graves consequências para as nações emergentes, emoldura a Rio +20. Considerada, por causa de sua profundidade e alcance, como uma crise de civilização, esta crise “interpela todos, pessoas e povos, a um profundo discernimento dos princípios e dos valores culturais e morais que estão na base da convivência social”. Entre suas múltiplas causas está “um liberalismo econômico sem regras e incontrolado” (Nota do Pontifício Conselho Justiça e Paz sobre o sistema financeiro).
É urgente repensar nossa relação com a natureza, que “nos precede, tendo-nos sido dada por Deus como ambiente de vida” e está à nossa disposição “não como um lixo espalhado ao acaso, mas como um dom do Criador” (Bento XVI – Caritas in Veritate, n. 48). Se, por um lado, como nos recorda o papa Bento XVI, é “lícito ao homem exercer um governo responsável sobre a natureza para guardá-la, fazê-la frutificar e cultivá-la, inclusive com formas novas e tecnologias avançadas, para que possa acolher e alimentar condignamente a população que a habita”, por outro, é preciso que “a comunidade internacional e os diversos governos saibam contrastar, de maneira eficaz, as modalidades de utilização do ambiente que sejam danosas para o mesmo” (Bento XVI – Caritas in Veritate, n. 50).
Os bispos da América Latina e Caribe, reunidos em Aparecida em 2007, já denunciavam: “com muita frequência se subordina a preservação da natureza ao desenvolvimento econômico, com danos à biodiversidade, com o esgotamento das reservas de água e de outros recursos naturais, com a contaminação do ar e a mudança climática” (V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe – Documento de Aparecida n. 66).
O cuidado com a natureza e com a vida, que nela brota e dela depende, passa pelo reconhecimento de que é dever de todos, especialmente dos dirigentes das nações, garantir a estas e às futuras gerações a casa comum – o Planeta Terra – livre de toda destruição. Essa meta só se alcançará com a subordinação do desenvolvimento econômico à justiça social, no respeito à pessoa, à natureza e aos povos. Para tanto, é necessário que todos, especialmente os dirigentes mundiais, assumam com coragem e determinação, o compromisso de rever caminhos e decisões que, ao longo da história, só têm excluído e condenado os pobres à miséria e à morte. Para a erradicação da fome e da miséria, "não se trata de diminuir o número dos convidados para o banquete da vida, mas de aumentar a comida na mesa”, como já nos alertou o Papa Paulo VI (cf. Homilia de João Paulo II em Puebla, 1979).
A Cúpula dos Povos, organizada pela sociedade civil e realizada concomitantemente à Rio +20, tem a importante tarefa de reafirmar a responsabilidade dos dirigentes das nações pelas graves consequências de uma opção equivocada, ao subjugar o desenvolvimento econômico ao domínio do mercado e do lucro, desconsiderando tanto a natureza quanto a vida e a cultura dos povos.
A Igreja no Brasil, especialmente através da Campanha da Fraternidade, tem chamado constantemente a atenção para a destruição da natureza provocada por um desenvolvimento econômico predatório, alimentado por um sistema produtivo e um estilo de vida consumista, muitas vezes, também predatórios. As consequências são, dentre outras, o desmatamento, a contaminação e escassez da água e as mudanças climáticas. Os que mais sofrem os impactos de tudo isso são os pobres e excluídos.
É imperioso que nos eduquemos para relações novas e éticas com o meio ambiente. Esta é uma meta imprescindível da Rio +20, que não deve desviar-se de sua real e concreta finalidade.
A Rio +20 indica uma resposta a essas questões com a chamada Economia verde. Se esta, em alguma medida, significa a privatização e a mercantilização dos bens naturais, como a água, os solos, o ar, as energias e a biodiversidade, então ela é eticamente inaceitável. Não podemos nos contentar com uma roupagem nova para proteger o insaciável mercado, que só tem olhos para o lucro, configurando-se como “lobo em pele de cordeiro” ao manter inalteradas as causas estruturais da crise ambiental.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB espera que, da Rio +20,  brote o compromisso  de construção de um “modelo de desenvolvimento alternativo, integral e solidário, baseado em uma ética que inclua a responsabilidade por uma autêntica ecologia natural e humana, que se fundamenta no evangelho da justiça, da solidariedade e do destino universal dos bens e que supere a lógica utilitarista e individualista, que não submete os poderes econômicos e tecnológicos a critérios éticos” (V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe – Documento de Aparecida n. 474c).
Esse compromisso deve ser assumido por todos. Os cristãos, de modo especial, movidos pela solidariedade, que gera fraternidade e comunhão, são convocados a trabalhar pela preservação do meio ambiente e a colaborar na construção de uma sociedade justa, ecologicamente sustentável.
Que Deus, o Criador de todas as coisas, se digne abençoar seus filhos e filhas nesta nobre missão de “cultivar e guardar” a terra, lugar de vida para todos (cf. Gn 2,15).
Brasília, 19 de junho de 2012
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Fonte: Site do SSVPBRASIL.ORG.BR

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cresce o número de sacerdotes no mundo


Em dez anos, de 2000 a 2010, o número dos sacerdotes diocesanos e religiosos no mundo aumentou: passou de 405 mil para 413 mil, informou monsenhor Vittorio Formenti, diretor do Setor Estatístico do Vaticano, neste fim de semana (16 e 17), durante o encontro italiano do Serra Internacional (associação de leigos que apoia as vocações sacerdotais), na cidade de Bari, no sudeste da Itália.
Além deles, em toda a Igreja há mais de 35 mil diáconos permanentes, em sua grande maioria nos EUA, Canadá e América Latina. Com relação ao número dos sacerdotes que deixaram o ministério, este diminuiu para menos de 1000, enquanto 460 foram os sacerdotes que no ano passado pediram para serem reintegrados ao ministério. Mons. Formenti sublinhou que estes números deixam claro um lento, mas constante crescimento.
FONTE: CNBBwww.ssvpbrasil.org.br

terça-feira, 19 de junho de 2012

SSVP participa da campanha para divulgar o Youcat


O jovem ganha cada vez mais espaço na Igreja Católica. A Jornada Mundial da Juventude, por exemplo, foi especificamente para reunir este público que sede do amor de Deus. Também há um documento especial, o Youcat, que é o 'Catecismo para Jovens'. Nas últimas semana, uma ampla divulgação é feita em torno do tema e a Sociedade de São Vicente de Paulo esta inserida nesta promoção. Participe, publicando a imagem oficial nas redes sociais. (BAIXE-A AQUI).
YOUCAT
Youcat é o livro do catecismo traduzido na linguagem do jovem. É um compilado de textos, escritos por bispos do mundo todo, que tentam responder às seguintes questões: o criatianismo como tal não está superado? É possível ainda hoje ser racionalmente crente? A obra foi uma iniciativa do papa João Paulo II.
Em carta oficial, o papa Bento XVI estimula: "Algumas pessoas dizem-me que o catecismo não interessa à juventude moderna, mas não acredito nesta afirmação e estou certo que tenho razão. A juventude não é tão superficial como é acusada de ser; os jovens querem saber no que consiste a vida (...) Exorto-vos: estudai o catecismo. Estes são os meus votos de coração".

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O trem


Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida com uma viagem de
trem.
Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada.
Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e
desembarques,alguns
acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas
em outros.
Quando nascemos, entramos neste trem e nos deparamos com algumas pessoas
que julgamos, estarão sempre nesta viagem conosco.
Nossos pais, infelizmente, em alguma estação descerão e nos deixarão órfãos
de seu carinho, amizade e companhia insubstituível... mas, isso não impede
que durante a viagem pessoas interessantes e que virão a ser super especiais
embarquem, sejam nossos irmãos, amigos, amores maravilhosos.
Muitas pessoas tomaram esses somente a passeio, outras encontrarão nessa
viagem somente tristezas, ainda outras circularão pelo trem prontas a ajudar
a quem precisa.
Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de
uma forma que, quando
desocupam seu acento, ninguém sequer percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se
em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer o trajeto
separados deles, o que não pede, é claro, que durante o trajeto, atravessemos,
com grande dificuldade nosso vagão e chegamos até ele... só que, infelizmente,
jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele
lugar.
Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas,
despedidas... porem jamais retorno.
Façamos essa viagem, então da melhor maneira possível , tentando nos relacionar
bem com todos os passageiro, procurando em cada um deles, o que tiveram
de melhor, lembrando sempre, que em algum momento do trajeto, precisamos
entender isso, porque nós também fraquejamos muitas vezes e, com certeza,
haverá alguém que nos atenderá.
O grande mistério afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos,
muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que esta sentado ao nosso
lado.
Eu fico pensando, se quando descer desse trem, sentirei saudades.
Acredito que sim, me separar de alguns amigos que fiz nele será no mínimo
dolorido, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza
será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei
na estação principal e terei grande emoção de vê-lo chegar com uma bagagem
que não tinham quando embarcaram... e, o que vai me deixar mais feliz, será
pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.
Amigo, façamos com que a nossa estrada, nesse trem, seja tranqüila, que
tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso
lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem
a viagem.
 Fonte: Site catequisar.com.br

sexta-feira, 15 de junho de 2012

SSVP brasileira recebe homenagem pelos trabalhos de promoção e garantia dos direitos relacionados ao idoso


A Presidência da República do Brasil, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, fez homenagem a Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) pelos trabalhos desenvolvidos em prol do bem-estar da pessoa idosa. A homenagem foi no dia14, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). A SSVP brasileira foi representada pelo confrade Robson Gama, coordenador nacional do Departamento de Normatização e Orientação (Denor) e a consócia Emília Jerônimo, presidenta do Conselho Metropolitano de Brasília.
De acordo com Ana Lúcia da Silva, da Coordenação Geral do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI), a Sociedade de São Vicente de Paulo foi escolhida porque os “(...) vicentinos participam ativamente da luta em defesa dos Direitos dos Idosos, cuidado (deles) de forma pioneira e solidária”. Ainda segundo a coordenadora, este prêmio é um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido.

O EVENTO
A homenagem é uma das atividades do seminário ‘Dez anos do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI), que luta pela garantia do direito ao envelhecimento digno e pela construção da cidadania aos idosos. Durante todo o dia, houve palestras, com os seguintes temas: ‘A situação dos idosos no Brasil: avanços e desafios das políticas públicas para o envelhecimento ativo’, ‘O panorama dos 10 anos do CNDI: avanços e desafios’, ‘A realidade do envelhecimento no Brasil a partir dos dados demográficos do IPEA’, ‘Práticas institucionais de cuidado e violência contra idosos’, e o ‘Papel do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso e demais conselhos na elaboração de políticas públicas para o envelhecimento ativo’.
Estavam presentes na solenidade a ministra Maria do Rosário; a presidenta do Conselho Nacional dos Direitos dos Idosos, Karla Cristina Giacomin; o deputado Vitor Paulo; a deputada Flávia Morais, também presidenta da Frente Parlamentar Mista de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; e o secretário do Idoso, Ricardo Quirino.

CNDI

O Conselho Nacional dos Direitos do Idoso foi criado pelo Decreto 4.227, de 13 de maio de 2002, inicialmente com caráter consultivo e sem paridade. A paridade foi dada posteriormente pelo Decreto 4.287, de 27 de junho do mesmo ano.

O CNDI tem por finalidade elaborar as diretrizes para a formulação e implementação da Política Nacional do Idoso, observadas as linhas de ação e as diretrizes conforme dispõe o Estatuto do Idoso, bem como acompanhar e avaliar a sua execução.

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Morada no céu



Um homem rico morreu e foi para o céu.
O anjo guardião levou-o por várias ruas mostrando-lhe as casas.
Passaram por uma linda casa com belos jardins.
Ele perguntou: Quem mora ai?
O anjo disse: Raul, seu motorista que morreu.
Ele ficou pensando: O Raul tem uma casa dessas! Aqui deve ser bom!
Viu outra casa mais bonita. E aqui,quem mora?
O anjo respondeu: Rosa, sua cozinheira.
Ele pensou que, tendo seus empregados lindas casas, a sua deveria ser um palácio.
O anjo parou diante de um barraco de tábuas e disse:
"Esta é a sua casa!"
O homem ficou bravo. Vcs sabem construir coisa melhor.
Sim disse o anjo, apenas construimos.
O material são vcs que enviam lá de baixo.
Vc só enviou isso!
Moral da história
Cada gesto de amor e partilha é um tijolo com o qual construimos a eternidade.
Tudo se decide por aqui mesmo, nas escolhas e atitudes de cada dia.
Pense nisso!
Fonte: Site catequisar.com.br

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Cardeal Scherer será o enviado do Papa para a Conferência Rio+20


O arcebispo metropolitano de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, será o enviado especial do papa Bento XVI e chefe da Delegação da Santa Sé na Conferencia das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustenstável (Rio+20), que será realizada entre os dias 13 e 22 de junho (o arcebispo foi nomeado para os dias 20 a 22, quando acontece o Segmento de Alto Nível da Conferência, com a presença de diversos chefes de Estado), na cidade do Rio de Janeiro. Dom Odilo foi comunicado da nomeação pelo núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D'Aniello, por carta datada de 29 de maio. A carta do Núncio informa, ainda, que "também farão parte da Delegação da Santa Sé o Ex.mo Mons. Francis Chullikatt, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, o Rev.do Philip J.Bené, o Ver.do Justin Wylie e o Advogado Lucas Swanepoel".
A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.A proposta brasileira de sediar a Rio+20 foi aprovada pela Assembléia-Geral das Nações Unidas, em sua 64ª Sessão, em 2009.
O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.
A Conferência terá dois temas principais: "A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza"; e "A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável".
A Rio+20 será composta por três momentos. Nos primeiros dias, de 13 a 15 de junho, está prevista a III Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reunirão representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência. Em seguida, entre 16 e 19 de junho, serão programados os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável. De 20 a 22 de junho, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas.
FONTE: CNBB/ssvpbrasil.org.br

terça-feira, 12 de junho de 2012

Síria: Patriarca propõe um mês de jejum e oração pela paz

Diante dos massacres e da violência vividos no últimos tempos na Síria, o Patriarca greco-católico melquita de Damasco, Gregorios III Laham, lançou um forte apelo a todos os fiéis para que vivam um período de oração, abstinência e jejum pela paz.
Na mensagem, o Patriarca explica que na tradição oriental da Igreja, depois de Pentecostes, no mês de junho se observa o 'jejum dos Doze Apóstolos', entre os quais Pedro e Paulo, que a Igreja no Oriente e Ocidente comemora em 29 de junho. Este jejum começou este ano em 4 de junho e termina no próximo dia 28.
"Depois da escalada de violência, afirma o Patriarca, em especial dos homicídios e sequestros que atingiram um grande número de membros da Igreja greco-melquita católica e os outros, especialmente em Homs, pedimos a todos os filhos da nossa Eparquia patriarcal de Damasco que jejuem e ofereçam orações especiais todos os dias, em casa e na igreja."
"Esta é a nossa resposta aos eventos dolorosos que causaram as lágrimas e o sofrimento, difundindo imagens terrificantes e provocando ódio e vingança", continua.
A iniciativa é dirigida a todos, clero, religiosos, fiéis leigos e famílias, que poderão dirigir a Deus intenções especiais de oração: Por todos os cristãos, que sejam confirmados na verdadeira fé e possam estar unidos na Igreja; pelos líderes e membros do Parlamento, que possam ser iluminados e seguir caminhos de compreensão, compaixão e cooperação; por todos os habitantes da Síria, que seus corações possam ser confirmados na compreensão e na paz.
"Que Deus possa restabelecer a paz, o amor fraterno e a solidariedade recíproca na Síria, em todas as suas regiões e entre todos os seus cidadãos", lê-se na mensagem de Gregorios III Laham.
FONTE: RÁDIO VATICANO/ssvpbrasil.org.br
 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Milhares de pessoas são esperadas na 14ª Torcida de Deus, em Belo Horizonte


As 270 paróquias da arquidiocese de Belo Horizonte (MG), presentes em 28 municípios, estão mobilizadas para a 14ª edição da Torcida de Deus. Realizada de três em três anos, desde 1975, a Torcida de Deus marca a celebração de Corpus Christi na arquidiocese de Belo Horizonte.
Está sendo preparada uma grande festa, que contará com apresentações musicais, manifestações culturais, adoração ao Santíssimo Sacramento, procissão e missa, presidida pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, e concelebrada pelos bispos auxiliares.
A arquidiocese está distribuindo, gratuitamente, convites para essa edição da Torcida de Deus. Aqueles que quiserem participar podem buscar o convite nas paróquias.
Amanhã, 7 de junho, os portões do ginásio Mineirinho serão abertos às 14h. A coletiva de imprensa será às 15h20 (antes da Celebração Eucarística).
Assembleia do Povo de Deus
O evento também terá a abertura da 4ª Assembleia do Povo de Deus. A Assembleia é o momento em que fiéis, padres, bispos e religiosos são ouvidos para definir juntos os caminhos da Evangelização na arquidiocese de Belo Horizonte. Trata-se de um processo que começa na Torcida de Deus e será concluído em outubro.
FONTE: CNBB/site do ssvpbrasil.org.br

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Papa fala de ilações na mídia durante Audiência Geral


Bento XVI recebeu peregrinos de diversas partes do mundo que lotaram a Praça S. Pedro nesta quarta-feira de sol , 30 de maio, para a Audiência Geral. Pela primeira vez em público, ele se referiu às notícias e comentários da mídia internacional sobre fatos ocorridos com um de seus auxiliares e prosseguiu suas catequeses sobre o tema da oração, falando em especial das Cartas de São Paulo.

Para o Apóstolo Paulo, a oração é um reencontro pessoal com o Senhor. As tribulações nada podem contra aquele que é amparado pela graça divina. São Paulo é um exemplo exímio dessa proximidade de Deus, seja nas provas que teve que suportar, seja na força e no valor que o Senhor lhe infundiu para enfrentá-las. “O consolo do qual o Apóstolo nos fala não é um mero lenitivo à dor, mas um estímulo para que não nos deixemos vencer pelas dificuldades.”

Unidos a Cristo nas fadigas que Ele carrega sobre si, não somente somos capazes de enfrentar qualquer prova, mas, inclusive, de consolar os outros em suas lutas. A oração e a fé em Sua presença nos alentam, e no meio das contrariedades, sentimos o consolo de Deus. Assim, a fé se reforça pela experiência concreta do amor fiel de Cristo, que se entregou na Cruz. A esse enorme «sim» que o Espírito Santo faz perene e universal, responde o "amém" da Igreja, que ressoa na liturgia e na oração pessoal. Nele devemos expressar nossa adesão total ao “sim” de Deus, pois unindo-nos ao Senhor, participamos de sua consolação.
RESUMO:

Queridos irmãos e irmãs, a oração é um verdadeiro encontro com Deus Pai, em Jesus Cristo, por meio do Espírito Santo. Assim se encontram o «sim» fiel de Deus, que vem em nosso auxílio e nos conforta, e o «ámen» dos fiéis que, nas provas da vida, se abandonam à vontade divina. A oração perseverante e diária faz-nos sentir, de forma concreta, a consolação do Pai do Céu e a fidelidade do seu amor que foi ao ponto de nos dar o seu Filho na cruz. Por nossa vez, somos chamados a corresponder com o «ámen» duma adesão fiel de toda a nossa vida à sua vontade. Esta fidelidade não se pode alcançar só com as nossas forças, mas vem de Deus e está fundada sobre o «sim» de Cristo, cujo alimento é fazer a vontade do Pai. É neste «sim» que devemos entrar, até podermos repetir, com São Paulo, «já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim». Então o «ámen» da nossa oração pessoal e comunitária envolverá e transformará toda a nossa vida. Amados peregrinos de língua portuguesa, em particular os participantes no curso de formação dos Capuchinhos e demais grupos do Brasil e de Portugal: a todos dou as boas-vindas, encorajando os vossos passos a manterem-se firmes no caminho de Deus. Tomai por modelo a Virgem Mãe! Fez-Se serva do Senhor e tornou-Se a porta da vida, pela qual nos chega o Salvador. Com Ele, desça a minha Bênção sobre vós, vossas famílias e comunidades eclesiais.

No final da Audiência, Bento XVI se pronunciou a respeito dos fatos publicados pela mídia que envolvem seus colaboradores. A seguir, a íntegra das palavras do Papa:

“Os fatos ocorridos nesses dias acerca da Cúria e dos meus colaboradores provocaram tristeza no meu coração, mas jamais se ofuscou a certeza convicta de que, não obstante a fraqueza do homem, as dificuldades e as provações, a Igreja é guiada pelo Espírito Santo e o Senhor nunca deixará de oferecer a sua ajuda para ampará-la no seu caminho. Todavia, multiplicarem-se ilações amplificadas por alguns meios de comunicação completamente gratuitas e que foram para além dos fatos, oferecendo uma imagem da Santa Sé que não corresponde à realidade. Por isso, desejo renovar a minha confiança e o meu encorajamento aos meus mais estreitos colaboradores e a todos aqueles que cotidianamente com fidelidade, com espírito de sacrifício e no silêncio, me ajudam na realização do meu ministério.”

O Santo Padre também deu destaque ainda ao sismo que abalou novamente ontem o centro da Itália. Ele manifestou sua solidariedade às vítimas com essas palavras:

“Expresso meu afeto na oração aos feridos, como também àqueles que sofreram danos, e manifesto meus vivos sentimentos aos familiares daqueles que perderam a vida. Faço votos de que com a ajuda de todos e a solidariedade de toda a nação aquelas terras tão duramente provadas possam retomar o mais rápido possível uma vida normal.”
FONTE: CNBB/site do ssvpbrasil.org.br

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Missa reúne 1 milhão de pessoas no encerramento do 7º Encontro Mundial das Famílias


No último sábado, 2 de junho, foi organizado, no moderno estádio de futebol San Siro, sede de duas importantes equipes da Itália, Milan e Inter de Milão, um grande encontro com aproximadamente 80 mil crismandos. O papa Bento XVI os convidou à perseverança.
No mesmo dia, à noite, aproximadamente 400 mil pessoas se dirigiram pelas ruas de Milão, a pé ou em alguns meios de transporte, para o aeroporto de Bresso, onde houve a Festa dos Testemunhos. Um palco montado para a ocasião, equipado com a tecnologia de TVs locais, animado com a presença de músicos e artistas, foi o local onde Bento XVI se encontrou com alguns casais, de várias partes do mundo, inclusive do Brasil.
No domingo, 3, como era anunciado pelos jornais e pelas autoridades publicas, um milhão de pessoas participou da missa com o papa. A missa de encerramento do 7º Encontro Mundial das Famílias começou as 10h e terminou ao 12h. Como sempre, durante estes grandes eventos com a presença do Sumo Pontífice, havia muita alegria e emoção. O papa, ao atravessar quase todo o aeroporto para chegar no palco principal, onde estava o altar, parou varias vezes para abraçar e abençoar algumas crianças. Já no caminho para o aeroporto, muitas famílias jovens realizavam o trajeto como uma pequena peregrinação.
Os diversos países representados se destacavam ora pela participação direta de um de seus representantes durante a celebração, ora pela agitação das bandeiras, e finalmente, pelas reações à mensagem do papa em varias línguas.
Próximo Encontro
Ao final da missa, o papa Bento XVI anunciou a próxima cidade sede do Encontro Mundial das Famílias, em 2015, e a escolhida foi Filadélfia, nos Estados Unidos. Será a vez de se promover o evento no Continente Americano.
Mensagens
Com o pensamento voltado ao futuro, dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, que participou ativamente do encontro em Milão, lançou uma mensagem de encorajamento. “Bom, eu quero dizer que vivemos numa etapa difícil da vida, mas ao mesmo tempo, fascinante. Há aspectos de dificuldade porque a realidade é complicada, é agressiva, mas é fascinante porque circunstâncias externas nos provocam, então a pessoas tem que estar viva para não ficar perdida, para não ser ‘Maria vai com as outras’. E este é um aspecto que considero interessante. Na época dos meus avós, dos meus pais, era óbvio que um homem se realizasse constituindo sua família, que uma mulher se realizasse constituindo a sua, gerando filhos e dedicando-se para educá-los. Hoje isto não é mais óbvio. E necessário utilizar a cabeça para pensar: que oportunidades de vida existem, quais são mais convenientes, como eu quero ser feliz, de maneira quero realizar a minha humanidade. Acredito que não há caminho melhor do que chegar a conclusão que o melhor modo de realizar a própria humanidade e ser feliz com dignidade é fazer dom da própria vida para o bem de outros, ou na vida de família, ou como Madre Teresa de Calcutá, mas esta ideia de que um individualismo nos oferece mais oportunidades, antes o meu interesse e depois o resto, é na realidade um caminho tão miserável que acaba desaguando em situações desumanas, que não valem a pena. O que desejo para o mundo é que reencontre o caminho de Jesus e do Evangelho para viver com grandeza de coração o grande ideal que permite viver com dignidade e beleza. Na base de tudo está o amor, e não tem outro jeito. Não adianta inventar a roda porque ela já foi inventada”, disse dom Petrini.
Neste momento em que a família está no centro da atenção da Igreja, um pensamento deve ser também dirigido às pessoas sós, que perderam suas famílias, que foram divididas das suas por causa de guerras ou em fuga de situações de conflito. Há também a solidão de quem, por tantas razões, não constituiu uma família. A eles, o cardeal arcebispo de São Paulo (SP), dom Odilo Pedro Scherer, envia a sua mensagem: “Naturalmente existe cada vez mais este fenômeno de pessoas sós, apesar de tão grande ser a multidão e de tantos modos de comunicar. É um fenômeno que merece ser estudado profundamente para ver como se pode superar as causas da solidão. Eu diria às pessoas sós que não se fechem em sua solidão. Existe sempre um modo de continuar em comunhão, em comunidade, e não se sentindo sós, porque a comunidade humana, no conjunto, é também uma grande família, e nela existem muitas agregações, modos de sentir-se em família. Para nós, a Igreja é a grande família, formada de grandes famílias, grupos, onde as pessoas não precisam necessariamente sentir-se sós. a solidão, portanto, pode ser superada através de uma maior participação nas atividades comunitárias, vivendo a vida numa dimensão solidária, ao invés de viver a vida dentro de uma dimensão de solidão”.

FONTE: CNBB/ssvpbrasil.org.br

terça-feira, 5 de junho de 2012

Bispos falam da importância da festa de Corpus Christi


No dia 7 de junho a Igreja celebra a festa do Corpo de Deus, mais conhecida como “Corpus Christi”. É uma festa onde é feita uma procissão pública pelas vias públicas, com o objetivo de pulsar, entre os diocesanos, o espírito de unidade e fraternidade, por meio da celebração solene do mistério da Eucaristia - o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. A celebração, de acordo com o Código de Direito Canônico (cân. 944), é presidida pelo bispo de cada diocese, com a presença real de Cristo na Eucaristia. A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.
No Brasil, a festa acontece sempre em uma quinta-feira, em alusão à quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Na data existe a tradição de enfeitar as ruas com tapetes feitos com serragem colorida, flores, vidro moído, dolomitas, pó de café e outros materiais. Esses tapetes, de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa, possuem longas extensões, e cobrem o trajeto por onde passará a procissão de Corpus Christi. Essa procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto, e hoje, é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.
O cardeal Odilo Pedro Scherer e arcebispo de São Paulo (SP), em artigo publicado no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, afirma que Corpus Christi “destaca o dom da Eucaristia e coloca em evidência os mistérios centrais de nossa fé e da vida cristã”.
“Saímos de nossas igrejas e vamos, com Jesus na Eucaristia, para as ruas e praças de nossas cidades, anunciando que “Ele está no meio de nós” e habita conosco e orienta nossa história; nossas atividades cotidianas, nossas ocupações profissionais e responsabilidades sociais, nosso convívio social, nada disso é indiferente à nossa fé: em tudo somos “testemunhas de Deus”, discípulos missionários de Jesus Cristo”, descreveu o arcebispo de São Paulo.
Em artigo intitulado por ‘Festa do Corpo de Deus’, o bispo de Santa Cruz do Sul (RS), dom Canísio Klaus diz que Corpus Christi é uma “manifestação pública de fé, Corpus Christi é a festa da comunhão e da ação de graças. Por meio dela, enquanto se elevam hinos de ação de graças, se expressa também o desejo de viver uma íntima relação com Deus e uma fraterna comunhão com os irmãos”.
Para o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), dom Orani João Tempesta, a solenidade de corpus Christi traz à tona a reflexão das responsabilidades cristãs, perante à vida e ao evangelho. “É a grande solenidade que nos pergunta sobre o Mistério da presença de Deus na história e em nossa vida. É também uma oportunidade de, nestes tempos de perda de valores, principalmente do esquecimento de Deus, cada um de nós nos recolocarmo a caminho d’Aquele com quem já nos encontramos, mas que necessitamos de continuar buscando-O ainda mais. Esta solenidade coloca-nos no centro e sentido de todas as demais celebrações.”
A festa relembra que durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue. Durante as celebrações, por meio da Eucaristia, Jesus mostra que está presente e se faz alimento para o espírito, o que dá força e resignação aos seus filhos para seguir em frente, tendo atitudes cristãs perante a vida.
A origem da festa
Decretada em 1269 e instituída pelo papa Urbano IV, a festa de Corpus Christi teve sua origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Por meio da da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo", o papa estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), que ainda nos dias atuais é usado e cantado nas liturgias do dia, por mais de 400 mil sacerdotes em todo o mundo.
FONTE: CNBB/ssvpbrasil.org.br

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Site inglês disponibiliza imagens vicentinas


A Universidade 'DePaul', nos Estados Unidos, digitalizou os arquivos com imagens de vicentinos ilustres em todo o mundo. As fotos foram organizadas em uma biblioteca virtual, na página http://stvincentimages.cdm.depaul.edu/?lib=Vincentian%20Persons
Embora o site seja em inglês, a navegação é simples e as imagens estão divididas em pastas. Visite.

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL, com dados do site Vicencianos

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Beata Marta Wieka: ela sofreu perseguição moral, mas não desistiu da caridade


Na Bochnia, Polônia, a Filha da Caridade Marta Wieka enfrentou em 1899 o pior momento da vida dela. Depois de entregar-se inteiramente a serviços aos doentes em um hospital local, um ex-paciente malicioso caluniou-a, espalhando pela cidade que Marta teria engravidado. Mesmo diante da perseguição moral, manteve-se firme no testemunho da fé e caridade. Morreu no dia 30 de maio de 1904.
Confira a história desta beata da Família Vicentina:

Nasceu em 12 de Janeiro de 1874 em Nowy Wiec a noroeste de Polônia. Foi batizada seis dias depois com os nomes de Marta Ana. Era a terceira de 13 filhos de Marcelino e Paulina. Seus pais, donos de um campo de cem hectares, viviam um ambiente de fé profunda. Na casa de Marta se rezava o Rosário em familia todos os dias, se liam as biografias dos santos ou outros livros religiosos, e se compartilhava o conteúdo da homilia dominical.
O Estado polaco havia desaparecido do mapa de Europa no ano 1795 depois das três repartições sucessivas de seu território entre Austria, Prússia e Rússia. Nowy Wiec se achava na região prussiana cujas autoridades, aplicando métodos impositivos e às vezes brutais, submetiam a população a uma germanização forçada. A familia Wiecka, juntamente com outras muitas, constituíram a base de oposição ante a invasão germânica. Na idade de dois anos Marta caiu tão gravemente enferma, que esteve às portas da morte. A melhoria radical sucedeu após uma insistente oração à Virgem em seu santuário de Piaseczno.
A família interpretou este fato como milagre, e impulsionou a Marta a manter sempre uma relação próxima e filial com a santíssima Virgem. Toda sua vida esteve marcada pela devoção mariana. Ela mesma afirmava que recorria à Virgem em todas suas necessidades e María jamais lhe havia negado nada do que pedia. Desde sua infância, Marta ajudava em casa quanto podia. Os vizinhos testemunharam que era uma rapariga piedosa, amável e humilde de coração, de carácter recto; sobretudo, irradiava serenidade e alegria.
Sua familia e seus vizinhos conheciam também sua funda devoção a são João Nepomuceno. Sendo menina encontrou uma estátua deste santo e organizou sua restauração, após a qual foi colocada frente a sua casa. Muitas vezes se a podia ver rezando ante ela; e durante toda a vida conservou a devoção a este santo.
Em 3 de outubro de 1886, aos 12 anos de idade, recebeu a primeira Comunhão. A partir desta data, sua união com Jesus Cristo Eucaristía se fortaleceu e sua vida de oração se centrou totalmente nele. Quando podia, se dirigia à igreja paroquial, a 12 quilómetros de Nowy Wiec, para participar na Eucaristía. Em sua casa dedicava frequentemente seu tempo à oração.
Quando sua mãe se enfermou, substituiu-a em alguns trabalhos da casa, sobretudo no cuidado das crianças mais pequenas. Aos dezasseis anos pediu o ingresso na Companhia das Filhas da Caridade. A visitadora a fez esperar dois anos, até alcançar a idade exigida. No ano 1892, aos 18 anos o solicitou de novo com sua amiga Mónica Gdaniec, mas não foi admitida em Chelmno porque havia excesso de postulantes. Então o número de admissões estava restringido pelas autoridades prussianas.
Ambas amigas, viajaram para Cracóvia, que estava então sob o domínio austríaco, e ali, em 26 de abril de 1892, foram admitidas no postulantado. Depois de quatro meses, em 12 de agosto, entraram no noviciado. Ali, durante oito meses de formação inicial, assimilou o ideal das Filhas da Caridade que ia a desenvolver nos anos posteriores. Depois da tomada de hábito, em 21 de abril de 1893, sor Marta foi destinada ao Hospital geral de Lvov, que se achava na parte austríaca, e pertencia à provincia de Cracóvia.
Muito cedo ganhou a estima de uma irmã por seu amor e serviço aos enfermos com grande entrega e abnegação. A estadia em Lvov durou ano e meio. Logo foi trasladada ao pequeno hospital de Podhajce, onde durante cinco anos também deu testemunho de devoção e carinho no cuidado dos pacientes.
Neste hospital emitiu os primeiros votos, em 15 de agosto de 1897, ratificando sua entrega total a Deus para servir os mais pobres. Em 1899 foi destinada ao hospital de Bochnia, cidade próxima a Cracóvia. Nesse tempo, Marta teve uma visão da cruz, desde a qual lhe falou o Senhor animando-a a suportar todas as contrariedades e lhe prometeu levá-la consigo em breve.. Este acontecimento despertou nela um zelo todavia mais intenso em seu trabalho e uma forte esperança no céu. A prova anunciada não tardou em chegar. Um homem desmoralizado, ao sair do hospital, divulgou pela cidade a falsa notícia de que Marta havia ficado grávida por sua relação amorosa com um paciente jovem, parente do pároco.
A partir de então caiu sobre ela uma onda de afrontas maliciosas de parte dos habitantes da cidade. Ela não deixou de cumprir seus deveres com a pureza e carinho de sempre. Apesar de sofrer perseguição moral, suportava esta calúnia em silêncio abandonando-se nas mãos de Deus. No ano 1902 foi destinada ao hospital de Sniatyn (hoje Ucrânia).
O pároco do lugar cedo se deu conta da profundidade espiritual de sor Marta e de seu dom de discernimento das almas. E começou a enviar-lhe pessoas que não necessitavam cuidados de enfermaria mas de conselho e direção espiritual. Sor Marta não se limitava só a esta tarefa; socorria e servia com fervor a todos os necessitados. Amava muito sua vocação e irradiava alegria e satisfação em sua entrega aos pobres. Sempre tinha um sorriso sincero em seu rosto.
Sabia estabelecer empatia com seus pacientes cujos sofrimentos físicos e morais aliviava. De forma discreta e calada os ajudava na preparação para a confissão, os instruía sobre a doutrina da fé, os ajudava a resolver os problemas em coerência com sua visão cristã da vida. Para a reza da via crucis na capela a acompanhavam habitualmente cerca de quarenta enfermos. Possuía um dom singular para reconciliar as almas com Deus.
Em seu departamento ninguém morria sem se confessar e inclusive, mais de uma vez, alguns pacientes judeus pediram para ser batizados. Sor Marta tratava com a mesma atenção e caridade a todos os enfermos, foram polacos, ucranianos ou judeus, greco-católicos, ortodoxos ou católicos. A força para servir com esta entrega radical lhe vinha da oração. Tanto sua vida como sua morte estiveram seladas pelo amor autêntico a Deus e ao próximo, fonte e centro de sua existência.
Em 1904, consciente do perigo que isto trazia, se ofereceu a substituir a um empregado do hospital na desinfeção de uma habitação onde havia morrido uma enferma de tifo. Sor Marta realizou este trabalho de bom grado. E o fez para que não se contagiasse o operário que o devia fazer, cujo trabalho constituía o sustento de sua mulher e filho. Sor Marta sentiu a febre em seguida, mas se empenhou em terminar todas suas atividades.
Durante a última semana no hospital se fez todo o possível para a curar. A estes esforços acompanhava uma contínua oração de pacientes e empregados do hospital e pessoas boas de toda a cidade. Os judeus acendiam velas na sinagoga por suas intenções. Grande número de pessoas esperava frente ao hospital interessando-se por sua saúde. Depois de receber o santo Viático, sor Marta realizou uma oração intensa e profunda, considerada pelas testemunhas como um verdadeiro êxtases.
Morreu serenamente, em Sniatyn, el 30 de maio de 1904. Os fieis do lugar cuidaram e veneraram a tumba de sor Marta. Durante mais de cem anos esteve continuamente coberta de flores, velas e uma espécie de tapetes bordados, muito tradicionais nessa região. Ainda nos anos do regime soviético acudiam a ela, e assim o seguem fazendo na atualidade os peregrinos e habitantes do lugar. Foi beatificada pelo Cardeal Bertone, em representação de S.S. Bento XVI, em 24 de maio de 2008.

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL/BIOGRAFIA: FRATERNIDADE DE SÃO GILBERTO