sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Bispos aprovam novo cronograma de preparação da CF


Os membros do Conselho Episcopal de Pastoral, Consep, reunidos na tarde dessa quarta-feira, 26 de setembro, discutiram o processo de elaboração dos subsídios da Campanha da Fraternidade (CF), realizada pela CNBB anualmente, no período da quaresma.
O assessor da CF, padre Luiz Carlos Dias, apresentou uma proposta de cronograma. Com duração de 1 ano e meio, a proposta deverá promover uma melhor colaboração dos Regionais, assessores e pastorais e organismos afins com o tema de cada edição. Desta forma, todos os subsídios já poderão ser apresentados no mês de julho do ano anterior da Campanha.
A proposta foi aprovada pelos bispos. Em relação à escolha do hino e do cartaz, serão realizados dois concursos simultâneos, com a colaboração de comissões julgadoras específicas, mas com a decisão final do Consep. Pelo novo cronograma, os interessados em participar destes concursos receberão mais subsídios para poder a elaboração das propostas de música e cartaz.
FONTE: CNBB/ssvpbrasil.org.br

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

CNBB apresenta mensagem sobre as Eleições Municipais e lança Campanha Missionária

Nessa quinta-feira, 27 de setembro, após a conclusão da reunião ordinária do Conselho Episcopal Pastoral, o Consep, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a presidência da entidade fará a apresentação de uma mensagem sobre as eleições municipais. Na ocasião será realizada uma entrevista coletiva, no auditório dom Hélder Câmara, na sede da entidade em Brasília (DF), às 14h30.
Durante a reunião do Consep, que teve início na terça-feira (25), os bispos acompanharam a apresentação da análise da conjuntura política e social do momento atual vivido pelo Brasil, com destaque para o processo da campanha eleitoral. Neste tema, a CNBB tem desenvolvido a campanha “Voto Consciente”, que incentiva a reflexão e o debate sobre a valorização da escolha dos candidatos que respeitem a inspiração e as exigências da lei da Ficha Limpa.
Também durante a entrevista coletiva será realizado o lançamento da Campanha Missionária 2012, organizada pelas Pontifícias Obras Missionárias. O tema desta edição será “Brasil missionário partilha a tua fé”, e busca despertar a atenção dos cristãos para o seu compromisso com a missão universal da Igreja.
Participam da coletiva o presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis; o vice-presidente da CNBB, dom José Belisário da Silva; o secretário-geral da Conferência, dom Leonardo Ulrich Steiner. Também participam da entrevista o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária, dom Sérgio Braschi; e o presidente das Pontifícias Obras Missionárias, padre Camilo Pauletti.
Assunto: Coletiva de imprensa da CNBB – Mensagem sobre eleições municipais e lançamento da Campanha Missionária 2012
Data: 27 de setembro (quinta-feira)
Local: Sede da CNBB, em Brasília (DF), às 14h30
Contato: Pe. Rafael Vieira (61) 2103-8313 / 8119-3762
FONTE: CNBB/ssvpbrasil.org.br
 
 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

EM SINTONIA COM A IGREJA Padre vicentino explica 'Ano da Fé'


Entre 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013, a Igreja Católica celebrará o 'Ano da Fé'. Ele foi instituído pelo papa Bento XVI, como forma de relembrar os 50 anos da abertura do Concílio Ecumênico e 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja.
A importância desta comemoração e o significado dela são explicados pelo padre Euzébio Spila, da Congregação da Missão - Ramo da Família Vicentina. Ele é o diretor das Filhas da Caridade, na Província de Curitiba.

Porta da fé

Diz o Papa Bento XVI: “Decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de outubro de 2012, no Cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de novembro de 2013. Na referida data de 11 de outubro de 2012, contemplar-se-ão também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo meu predecessor, Beato Papa João Paulo II, com o objetivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé. Esta obra, verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II, foi desejada pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985, como instrumento a serviço da catequese e foi realizada com a colaboração de todo o episcopado da Igreja Católica. E uma Assembleia Geral do Sínodo dos bispos foi convocada por mim, precisamente para o mês de outubro de 2012, tendo por tema: A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.
O Documento Porta da Fé não é uma Encíclica, nem Exortação Apostólica, mas uma simples carta dirigida a todo o povo cristão com a qual o Papa proclama o Ano da Fé.
A decisão do Papa de proclamar o Ano da Fé está, portanto, ligada aos dois grandes acontecimentos: os 50 anos da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II feita pelo Papa João XXIII e os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica.
Na primeira sessão o Papa João XXIII condensou o espírito do Concílio nessa declaração: “Sempre a Igreja se opôs aos erros; muitas vezes até os condenou com a maior severidade. Nos nossos dias, porém, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que o da severidade”. Está claro que a prioridade do Vaticano II não foi doutrinária, mas preferentemente pastoral. Aggiornamento, isto é, atualização, foi a palavra chave e fundamental do Concílio. Os objetivos do Vaticano II foram: apresentar uma noção clara da Igreja, renová-la, restaurar a unidade dos cristãos e tratar da presença da Igreja no mundo. Acerca desta última meta, Dom Aloísio Lorscheider assim se pronunciou: “A inserção no mundo não é para dominá-lo, mas para servi-lo. O que nos apresenta do mundo não é a busca de privilégios ou de poder, mas o zelo apostólico que deseja ver a todos saudáveis no corpo e na alma. Trata-se de esquecer a si mesmo para tornar felizes os outros”.
Proclamar o Ano da Fé, pode então significar uma redescoberta da Fé, para reavivar, confirmar os conteúdos essenciais do ensinamento do Vaticano II e do Catecismo Católico. O Papa começa convidando os fiéis, “a pôr-se a caminho, procurando sobretudo readquirir o gosto de alimentar-se da Palavra de Deus”.
É oportuno lembrar a Exortação Apostólica Verbum Domini publicada em 2010, que é o fruto do Sínodo que teve como tema: “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”. Disse Bento XVI na homilia: “Todos nós, que participamos nos trabalhos sinodais, levamos conosco consciência renovada que a tarefa prioritária da Igreja, no início deste novo milênio, é antes de tudo alimentar-se da Palavra de Deus, para tornar eficaz o compromisso da nova evangelização, do anúncio nos nossos tempos”.
Portanto, temos que primeiro nos alimentar da Palavra de Deus para depois anunciá-la. É conhecido o ditado popular que afirma: “ninguém dá o que não tem”. Não podemos anunciar a Palavra de Deus se não a conhecemos e se não buscamos viver conforme o que ela nos ensina. Daí a importância e a necessidade de homilias bem preparadas, da leitura orante da Bíblia, e das escolas de formação bíblica nas comunidades, paróquias e dioceses. O Papa diz ainda: “Torna-se indispensável uma promoção pastoral robusta e crível do conhecimento da Sagrada Escritura, para anunciar, celebrar e viver a Palavra na comunidade cristã, dialogando com as culturas do nosso tempo, pondo-se ao serviço da verdade”.
O documento Porta da Fé diz ainda que este ano da fé será uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade. “A fé sem a caridade não dá fruto. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra de realizar o seu caminho”.
A palavra de Deus, portanto, deve ser prioridade para cada cristão e para os planos da ação evangelizadora em todos os níveis. E nós, membros da Família Vicentina, somos convidados a avaliar com profundidade e coerência nossa caminhada de fidelidade ao carisma, analisando a qualidade, o dinamismo da missão que realizamos. Fortalecidos pela Palavra e pela Fé, somos convidados a pôr-nos a caminho afirmando os valores da consagração a Cristo para servi-lo nos Pobres.
O Documento termina confiando à Maria, Mãe de Deus, este ano da fé como um tempo de graça porque ela foi proclamada “Feliz porque acreditou”.
Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (Lc 1,38).
Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a ele se confiavam (Lc 1,46-55).
Com alegria deu à luz o seu Filho, unigênito, mantendo a sua virgindade (Lc 2,6-7).
Confiando em José, seu esposo, levou Jesus para o Egito, a fim de o salvar da perseguição de Herodes (Lc 2,13-15).
Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação, e permaneceu ao seu lado, no Gólgota (Jo 19,25-27).
Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo, transmitiu-a aos doze reunidos com ela no Cenáculo que receberam o Espírito Santo (At 2,1-4).

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

terça-feira, 25 de setembro de 2012

INTERNACIONAL CGI amplia ações pela canonização de Ozanam


FOTO:
O Conselho Geral Internacional da Sociedade de São Vicente de Paulo (CGI/SSVP) quer, muito em breve, transformar o beato Antonio Frederico Ozanam em santo. Para isso, é necessário atribuir a ele mais um milagre devidamente comprovado, como aconteceu com o menino brasileiro Fernando Ottoni, em 1926 (este caso serviu para a canonização de Ozanam).
Recentemente, foi lançada uma nova oração que pede o aparecimento de um milagre comprovado. O CGI também elaborou um roteiro em espanhol, que orienta os vicentinos sobre como proceder caso conheçam algum miraculado (pessoa curada por milagre. Leia a Circular AQUI!
O documento foi elaborado pelo confrade Amin de Tarrazi, membro da Comissão pela Canonização de Ozanam.
No Brasil, informações sobre milagres devem ser repassadas ao padre Alexandre Nahass - assessor Espiritual do CNB - pelo seguinte e-mail: assessoriaespiritual@ssvpbrasil.org.br

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O Prego


Certo feirante, depois de um dia muito proveitoso com excelentes resultados no negócio, se dispôs a voltar para casa antes do entardecer. Montou seu cavalo e, prendendo muito bem à cintura a bolsa com seu dinheiro, deu início à jornada de volta. Lá pelas tantas, parou em um pequeno povoado para uma rápida refeição. Quando já se preparava para prosseguir na caminhada, o moço da cachoeira o avisou:

- Senhor, está faltando um prego na ferradura da pata esquerda do seu animal. Não seria melhor providenciar outro?

- Deixa faltar... - respondeu o feirante - Estou com muita pressa; sem dúvida a ferradura agüentará bem as horas que ainda restam a percorrer E lá se foi ele. À tardinha, quando parou para dar ração pro cavalo, o encarregado da cavalaria também foi ter com ele, dizendo:

- Olha, está faltando a ferradura da pata esquerda do seu animal. Quer que o nosso ferreiro veja isto?

- Deixa faltar. Estou com muita pressa e restam poucas horas para que cheguemos ao nosso destino. Por certo o cavalo resistirá - respondeu ele.

Continuou a cavalgar, mas já não conseguira andar muito, quando notou que o cavalo estava manquejando. Tentou continuar na esperança de chegar em casa; entretanto, depois de poucos metros o animal passou a tropeçar e, com pouco mais de tempo, numa queda mais forte, o cavalo fraturou a perna e já não pôde mais sair do lugar.

Era noite e o feirante viu-se obrigado a deixar o pobre animal caído, sem qualquer atendimento. Desprendendo a caixa onde carregava uma série de apetrechos para seu uso na feira, pô-la às costas e foi caminhando. A distância que parecia curta tornou-se longa e penosa. Só muito tarde chegou ele cansado, faminto e preocupado com a possível perda do animal. Foi então que começou a raciocinar: Tudo por causa de um simples prego que não foi substituído no momento que se fez necessário.

Entendeu tarde demais o fato de que a pressa exige calma.

Pequenas omissões podem resultar numa perda irreparável...

Entendeu?


Autor Desconhecido
Fonte: Site Catequisar.com.br

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O Barbeiro


Um homem como de costume foi ao barbeiro cortar o cabelo e fazer a barba.

Como eram conhecidos, o barbeiro e o cliente, enquanto o serviço era executado conversavam sobre diversos assuntos ate que o barbeiro comentou:

- Deus não existe!

O cliente surpreso, perguntou:

- Como e que e? Deus não existe?

E o barbeiro argumentou:

- Isso mesmo que você ouviu. Deus não existe! Vejo todos os dias na televisão crianças passando fome, vivendo na miséria, políticos roubando impunemente, inocentes morrendo de maneira bárbara e tantas outras coisas revoltantes.

Você acha que se Deus existisse Ele permitiria tanta injustiça?

- Deus não existe!

O cliente ouviu tudo muito atento.

Enfim o corte ficou pronto e a barba estava feita, o cliente levantou-se, pagou a conta e saiu refletindo sobre tudo o que houvera escutado do barbeiro até que se deparou com um mendigo na esquina, sentado no chão com os cabelos embaraçados, batendo nos ombros e com a barba enorme ainda por fazer. Vendo isso voltou na mesma hora a barbearia e chegando afirmou:

- Barbeiros não existem!

O barbeiro ouvindo isso, não entendeu, mas o cliente reafirmou:

- Barbeiros não existem!

- Como não existem? Eu estou aqui, sou barbeiro. Você deve estar ficando doido, como você diz pra mim que eu não existo. Sou um barbeiro. Então o cliente explicou:

- Chegando à esquina vi um homem com os cabelos grandes e embaraçados e com a
barba por fazer. Se barbeiro existisse ele não estaria assim.

- Ah, eu existo, sim! O problema e que ele nunca veio ate aqui cortar o cabelo e fazer a barba.

- Pois e, disse então o cliente, Deus também existe, o problema e que as pessoas não vão ate Ele, por isso sofrem. Deus esta sempre de portas abertas todos os dias aguardando que a gente resolva arrumar nossas vidas.

Fonte: Site catequisar.com.br

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Denor compila documentos pelo bom desempenho das Unidades Vicentinas

Vicentinas
FOTO: PARTICIPANTES DO ENCONTRO NACIONAL DO DENOR, EM BRASÍLIA (DF)
Após o Encontro Nacional do Departamento de Normatização e Orientação (Denor), realizado entre 24 e 26 de agosto (em Brasília-DF), é o momento dos dirigentes vicentinos colocarem em prática os conhecimentos adquiridos. Para nortear os trabalhos, o confrade Robson Gama, responsável por esta pasta do CNB, organizou uma coletânea de documentos importantes, que devem sempre estar às mãos de uma liderança servidora.
Os materiais podem ser baixados aqui no site SSVPBRASIL. Acompanhe:

Instrução Normativa 01-2009 - Auditoria Interna. BAIXE AQUI!
Instrução Normativa 01-2010 - Eleição SSVP 01. BAIXE AQUI!
Instrução Normativa 02-2009 - Uso frotas de veículos. BAIXE AQUI!
Instrução Normativa 02-2010 - Encontros Regionais e Nacional. BAIXE AQUI!
Instrução Normativa 03-2009 - de CCA. BAIXE AQUI!
Instrução Normativa 03-2010 - Alienação revisada. BAIXE AQUI!
Instrução Normativa 04-2009 - Funcionamento do Denor. BAIXE AQUI!
Instrução Normativa 06-2009 - Telemarketing. BAIXE AQUI!
Instrução Normativa 07-2009 - Carta de União de Obra Unida. BAIXE AQUI!
Instrução Normativa 08-2009 - Altera a 04-2009-Denor. BAIXE AQUI!
Instrução Normativa 05-2009 - Comitê de Reconciliação. BAIXE AQUI!

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

FÓRUM NACIONAL Grito de guerra: 'Viva, viva, viva a juventude vicentina'


É inspirada na música 'Sociedade Alternativa', do cantor Raul Seixas, que surgiu uma paródia para ser o grito de guerra do Fórum Nacional da Juventude Vicentina. A letra ficou assim formada: 'Viva, viva, viva a juventude vicentina'.
Este grito será ecoado durante toda a programação do Fórum, realizado entre os dias 12 a 14 de outubro, na Cidade dos Meninos, em Belo Horizonte. Podem participar jovens com mais de 15 anos e o tema será: 'Somos nós que teremos de recomeçar a grande obra de regeneração, nem que recomece a era dos mártires'.
O público estimado é de 2 mil pessoas. A inscrição custa R$50 e pode ser feita pelo site www.ssvpbrasil.org.br

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Falta menos de um mês para o Fórum Nacional da Juventude Vicentina


Daqui alguns dias, vicentinos de todo país estarão reunidos em Belo Horizonte (MG), para o Fórum Nacional da Juventude Vicentina. E nas redes sociais, muitos jovens estão fazendo contagem regressiva para o evento, realizado entre 12 a 14 de outubro.
As inscrições custam R$50 e podem ser feitas pelo site SSVPBRASIL. Quem  se inscrever até quinta (20) concorre a uma agenda personalizada da SSVP.

Fonte: da redação do SSVPBRASIL

terça-feira, 18 de setembro de 2012

PARA LEITURA ESPIRITUAL Confira uma reflexão vicentina sobre a 'Parábola dos Talentos'


Está sem ideia sobre qual texto apresentar durante a Leitura Espiritual de sua Conferência? O site SSVPBRASIL sugere a Parábola dos Talentos, no Evangelho de Mateus, capítulo 25, versículos de 14 a 30. Para facilitar a compreensão, o padre Alexandre Nahass Franco - assessor Espiritual do Conselho Nacional do Brasil (CNB) - divulga uma reflexão sobre a passagem bíblica. Confira:
Seja fiel no pouco e Deus lhe confiará mais
O evangelho nos coloca a Parábola dos Talentos, que poderá ser mal compreendida, se não aprofundarmos a reflexão, pois não estamos diante de um simples acerto de contas entre um patrão e seus servos, mas diante de algo muito mais profundo que é o sentido da nossa vida.
A grande pergunta que estará em nosso coração, em nossa mente, quando esta vida estiver se esmorecendo, indo..., é exatamente essa:
Investimos a nossa existência em quê? A vida vale a pena?
Na contabilidade há um demonstrativo em cada final de exercício, que mostra aos investidores e acionistas de que modo foi investido o capital por eles disponibilizado, esse balanço final mostra o Ativo e o Passivo, os ganhos e perdas da empresa, seus direitos e obrigações, seus valores a receber e suas contas a pagar, seu acréscimo patrimonial ou suas perdas, caso houver.
Esta visão permite ao acionista decidir se continuará investindo ou se vai procurar outro negócio mais rentável.
Ora minha gente, Deus Pai investiu muito em cada um de nós... portanto, querer saber no final de nossa vida o que foi que fizemos com o nosso viver, com a sua graça, com esta vida nova, com a obra da salvação... tem até algum sentido!
Só que uma pessoa extremamente bondosa e amorosa para conosco nunca nos cobra nada, pois o seu amor é incondicional e gratuito.
Mas a gente se sente na obrigação de dar um retorno.
Este retorno pode ser uma grande alegria, como a dos dois primeiros servos, que duplicaram os talentos que lhes foram confiados, ou então será um momento de grande tensão e angústia, marcado pelo medo, por causa de uma relação distorcida com o Patrão.
Podemos perceber que os outros dois servos não tiveram a preocupação de justificar o porquê aplicaram bem o talento recebido, pois independente do rigorismo e da exigência do Patrão, sentiram-se no dever de corresponder à confiança neles depositada.
Deus reconhece as nossas limitações, ele sabe muito bem que nem todos irão viver bem, descobrindo o sentido da vida e vivendo na essência do seu amor, e por isso, diante dele é válido todo e qualquer esforço.
E podemos até dizer, que o talento dado, é a própria existência, visível aos nossos olhos, e que os talentos adquiridos com um bom investimento é o nosso esforço de fazer o bem aos outros. E no nosso caso: o bem para os Pobres!
Na hora certa, esta vida poderá nos ser tirada, mas se vivemos bem e fizemos o bem teremos paz!
Porém, aquele que se apegou a esta simples existência, limitando-se a viver com uma curta visão, alimentando sua esperança apenas com aquilo que esta vida terrena pode dar (materialismo, egoísmo,etc) este é o servo Mal e preguiçoso, que investiu mal a sua vida, e que no balanço final da sua existência, já diante de Deus, irá constatar horrorizado, que não auferiu nenhum lucro, e que o que pensava ser um grande lucro, foi na verdade uma grande e terrível perda, e que terminou o seu exercício terreno com um saldo negativo... complicado esta leitura...
Há uma música que eu gosto muito, cujo refrão diz “tudo vale a pena, quando a alma não é pequena!”
Eis o grande segredo precisamos descobrir (e se já descobrirmos é necessário aprofundar), que o viver não se restringe aos limites do corpo, mas que o homem traz em si as sementes da eternidade, de uma Vida renovada pela qual vale a pena lutar para buscá-la e mantê-la a cada dia, porque os nossos horizontes são muito mais amplos do que nossos olhos podem vislumbrar, e esta descoberta que muda tudo em nossa vida, só ocorre na vida de quem vive na Fé.
Nesta Eucaristia nos coloquemos mais uma vez diante de Deus no sentido de saber com clareza e sinceridade, o que é que estamos fazendo da nossa vida, que são os talentos que Deus nos confiou, sempre é tempo de nos converter, de acertar as contas negativas e fazer novos investimentos na caridade, no amor, na solidariedade como Vicentinos!
A grande diferença da nossa vida de fé e de um controle contábil (que falávamos no início desta celebração), é que o nosso Deus não é avarento nem egoísta, e o pouco que conseguirmos lucrar com a prática do amor cristão, já será suficiente para ouvirmos dele a palavra que o nosso coração anseia: “Porque foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!” Alegria que já experimentamos ainda nesta vida, quando colocamos todos os nossos talentos para servir os Pobres!

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Dom Joaquim Giovani Mol convida os jovens a participar do 2º EBRUC

Nos dia 12, 13 e 14 de outubro acontece no colégio marista Santa Maria, em Curitiba, Paraná, o 2º Encontro Brasileiro de Universitários Cristãos, o EBRUC. Com um tema “Educação e cultura, areópagos da missão” e o lema “Falamos daquilo que sabemos, testemunhamos o que vimos”, o segundo encontro brasileiro de universitários cristãos pretende conectar as diversas juventudes e expressões cristãs, presentes no meio universitário, para refletir sobre a missão evangelizadora nos espaços da educação e cultura.
Organizado pelo Setor Universidades da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação e Cultura da CNBB, o evento pretende reunir alunos, professores e educadores de diversas partes do pais, é o que afirma o presidente da Comissão, dom Joaquim Giovani Mol.
FONTE: CNBB/www.ssvpbrasil.org.br
 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Papa vai visitar Loreto no início de outubro


Foi apresentado, nesta quarta-feira, 12 de setembro, o programa da visita de Bento XVI a Loreto, em 4 de outubro próximo, a fim de confiar a Nossa Senhora o Sínodo dos Bispos, que se abrirá em 11 de outubro, e o Ano da Fé. "Repetindo o gesto feito por João XXIII, o Santo Padre levará consigo, a Loreto, a oração de toda a Igreja. Essa peregrinação quer renovar o compromisso de refletir sobre a nova evangelização" - disse o Delegado Pontifício de Loreto, Dom Giovanni Tonucci.

"Forte será também o valor histórico desse evento: A viagem de João XXIII às Marcas. Pela primeira vez um pontífice foi além dos confins da Região do Lácio depois da Unificação da Itália e ao fazê-lo inaugurou uma nova temporada e um novo estilo dos sucessores de Pedro. É uma ocasião simbólica para reiterar a vontade de manter relações fecundas e a plena colaboração entre as instituições seculares e religiosas" – sublinhou o arcebispo.

O prefeito da cidade mariana, Paolo Nicoletti, lembrou que a próxima visita reconfirmará a ligação íntima de Loreto com o Santo Padre. Estão sendo esperadas cerca de cinco mil pessoas.

No dia 4 de outubro, o Papa chegará de helicóptero ao Centro João Paulo II, na localidade de Montoso, por volta das 10h. De lá, se transferirá no papamóvel ao Santuário de Loreto. Às 11h celebrará a Santa Missa na Praça da Igreja de Nossa Senhora.

No final da celebração eucarística, o Papa retornará ao Centro João Paulo II onde se encontrará com os cardeais e bispos presentes. Por volta das 17h, Bento XVI retornará ao Vaticano

FONTE:CNBB/ssvpbrasil.org.br

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sucessor de São Vicente visita o Equador

De volta às Américas, o padre Gregory Gay (Superior Geral da Congregação da Missão) esteve no mês passado ao Equador, onde fez visitas aos Ramos da Família Vicentina: padres, Irmãs e leigos. Ele, que atualmente está no lugar de São Vicente de Paulo, visitou o Brasil no início deste ano.
No Equador, padre Gregory foi até Imantag conhecer comunidades indígenas atendidas pelos missionários vicentinos. Também esteve em Santo Antonio de Pichincha e São Domingos do Colorado. Para a juventude, ministrou formações.

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL, com dados do informativo Nuntia

 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Irmã afirma que 'suposto sangramento em coração de São Vicente' não passa de boato


Um boato tem envolvido o nome de São Vicente de Paulo - patrono da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) e todas as obras de caridade do mundo. Segundo informações obtidas pela equipe de jornalismo do site SSVPBRASIL, pessoas repassavam a notícia de que o coração do santo, morto em 1660, ainda sangrava. Mas uma Filha da Caridade (Ramo da Família Vicentina) desmente as especulações. Ela trabalha na Casa Mãe de Nossa Senhora da Medalha MIlagrosa, em Paris (França), onde está o coração de São Vicente. "(...) a informação não procede".

UM MISTÉRIO DE VERDADE

O único mistério envolvendo a morte de São Vicente de Paulo, e que ainda intriga pesquisadores, ocorreu 50 anos após a morte dele.  O corpo foi exumado pela primeira vez diante de dois médicos, autoridades da Igreja e outras testemunhas e estava incorrupto, com sinais de deterioração apenas no nariz e nos olhos. Os médicos atestaram que esta preservação não poderia ocorrer por meios naturais.
Vinte anos mais tarde, por ocasião da canonização, o corpo já estava em estado de decomposição devido a inúmeras inundações no terreno.
O corpo de São Vicente de Paulo, reconstituído em cera, fica atualmente exposto à visitação pública na Capela de São Vicente de Paulo, na Rua de Sèvres, Métro Vaneau, em Paris.

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Cavalgada, almoço beneficente em Paineiras - MG

Aconteceu neste sexta dia 07 de setembro o almoço beneficente no salão da Vila Vicentina de Paineiras MG, da III Cavalgada dos Painerenses Amigos. Tudo muito bem organizado, cavalgada muito bonita e animada.


















Parabéns aos organizadores!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012


1 - Simplifique a vida: tente resolver seus problemas com a simplicidade das crianças. Quando crescemos, adquirimos um péssimo hábito de querer sempre complicar as coisas. Ao enxergá-las como realmente são, veremos que é mais fácil lidar com elas.

2 - Planeje o futuro:
a vida só tem sentido quando definimos metas positivas, sejam elas emagrecer, parar de fumar, conquistar uma promoção no trabalho ou comprar uma casa!

3 - Desenvolva outras habilidades
: velhos hábitos não mudam de uma hora para outra. Mas com disciplina e perseverança, você pode transformar a sua vida e obter o sucesso.

4 - Defina seus valores: seja verdadeiro com você. O que pesa mais: a sua carreira ou a sua vida amorosa? Reflita sobre estes e outros aspectos da sua vida, e caminhe rumo ao equilíbrio.

5 - Identifique as prioridades: aquilo que é urgente, nem sempre é importante e vice-versa. Ajuda a manter o seu foco afinado com seus objetivos.

6 - Aprenda a perdoar: ao perdoar, você purifica a alma, tornando-a mais leve, afinal, abrindo mão de sentimentos negativos, como a raiva, o ódio, o desprezo, e permitindo que a sua energia flua positivamente, trazendo mais alegria e bem-estar!

7 - Reorganize o seu tempo: o resultado será um dia a dia menos estressante e mais produtivo.

8 - Seja realista: não se proponha a fazer o que, lá no fundo, já sabe que não irá conseguir. Dê um passo de cada vez. Acumular várias pequenas vitórias ao longo do processo aumenta a auto-estima, a autoconfiança e mantém a motivação necessária para continuar a jornada.

9 - Não desperdice sua energia vital: conserve a saúde e o bem-estar, mantenha a auto-estima positiva. Assim, quando as páginas da agenda anunciarem que o fim do ano está próximo, você não se sentirá em débito consigo mesmo. Pelo contrário, estará mais confiante e pleno de sua capacidade, impedindo que o estresse e a ansiedade dominem a sua vida.

10 - Agradeça!: a qualquer momento, por qualquer coisa. Ao agradecer, relaxamos, dormimos melhor ficamos livres das tensões.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

CARIDADE E EVANGELIZAÇÃO DE SETEMBRO Projeto de orações jovem reflete sobre missões


A juventude vicentina brasileira conta, a cada dois meses, com um roteiro de orações para ser feito junto com os assistidos da Conferência. Este é o projeto 'Caridade e Evangelização' da Comissão de Jovens do Conselho Nacional do Brasil (CNB), em parceria com o assessor Espiritual, padre Alexandre Nahass.
Para o mês de setembro, o projeto contempla o tema 'Missão'. BAIXE-O AQUI!

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Tema da SSVP para 2013 será 'Amor, Caridade e Justiça'


Em consonância com o Conselho Geral Internacional (CGI), o Conselho Nacional do Brasil da Sociedade de São Vicente de Paulo (CNB/CGI) adotará como tema para os trabalhos vicentinos em 2013, a seguinte premissa: 'Amor, Caridade e Justiça'.
O anúncio foi feito no dia 03, pela consócia Ada Ferreira (presidenta da SSVP no país) e o padre Alexandre Nahass (assessor Espiritual do CNB), por meio da Circular 020. Na carta, eles pedem: "Que o mesmo Deus dos Pobres que inspirou o coração amoroso, caritativo e justo de Antonio Frederico Ozanam, também seja a força e o ânimo em nossa caminhada vicentina".
No documento também são relembradas as comemorações litúrgicas de setembro e os preparativos para os 200 anos do principal fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo. Para ler a Circular, CLIQUE AQUI!

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Vice-presidenta do CNB lança desafio: quer levar mil jovens da Região I para o 'Fórum'

Dois membros da diretoria do Conselho Nacional do Brasil (CNB) participaram, nesse fim de semana, do I Encontro de Comissão de Jovens na área do Conselho Metropolitano de Formiga (MG). O confrade Bailly e a consócia Neusa Araújo, respectivamente, coordenador de Jovens e vice-presidenta para Região I, levaram mensagens de motivação aos cerca de 80 vicentinos que participaram do evento.
Na oportunidade, a consócia Neusa Araújo fez a divulgação do Fórum Nacional da Juventude VIcentina e lançou um desafio: "Quero quem mil jovens sejam da Região I, que engloba os Conselhos Metropolitanos de Montes Claros, Diamantina, Belo Horizonte, Contagem, Divinópolis e Formiga". A expectativa deb público do evento é de 2 mil pessoas. Com esta proposta, Neusa Araújo visa garantir 50% das vagas.
O Fórum será realizado entre 12 a 14 de outubro, em Belo Horizonte. As inscrições já podem ser feitas pelo site www.ssvpbrasil.org.br

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Conheça as reflexões de homilias para setembro


Conheça as reflexões de homilias para setembro
A Família Vicentina, dentro do projeto de evangelização, divulga mensalmente uma reflexão sobre os Evangelhos de cada omingo. O Ramo responsável por este projeto é a Congregação da Missão - dos padres vicentinos.
Confira as reflexões homiléticas de setembro:

VIGÉSIMO SEGUNDO DOMINGO COMUM (02.09.12)
Mc 7, 1-8.14-15.21-23
“Este povo me honra com os lábios, mas o coração deles está longe de mim”

Para que entendamos o alcance do nosso texto de hoje, é necessário entender o contexto religioso do tempo de Jesus. Entre os elementos chaves na prática religiosa do judaísmo daquela época, estavam os conceitos de “puro” e “impuro”. Na nossa teologia, não é possível cometer um pecado inconscientemente; mas, para o povo do tempo de Jesus, o pecado tinha uma existência quase independente das pessoas. Certos atos, certos lugares, certas profissões tornavam as pessoas impuras, isso é, não aptas para participar do culto, sem primeiro passar pelos ritos de purificação. A seita dos Essênios levava a preocupação com a pureza ritual aos extremos; também os fariseus - cujo nome vem de uma palavra que significa “separados” - davam suma importância à pureza ritual, assim, muitas vezes, impossibilitando o acesso do povo comum ao culto do Deus da vida.
Diante dessa situação, a prática de Jesus era altamente libertadora. Sem recusar-se a participar nos ritos tradicionais, pois era judeu piedoso e praticante, Ele entendeu que nada que vem de fora da pessoa é capaz de deixá-la impura! Jesus recuperava a visão dos profetas, que tradicionalmente tinham conclamado o povo para que vivesse a justiça e a prática da vontade de Deus, em lugar de se preocupar primariamente com rituais externos. Jesus reintegrava as massas pobres, excluídas da vivência comunitária pelas exigências de pureza, impossíveis de serem seguidas na prática pela maioria. Ele voltava a atenção às disposições internas das pessoas, que realmente podiam deixar as pessoas “impuras” diante de Deus: “as más intenções, a imoralidade, os roubos, crimes, adultérios, ambições sem limite, maldade, malícia, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo” (v. 21-22).
Assim Jesus recupera o ensinamento de profetas como o Terceiro Isaías (Is 56-66), que diante das injustiças cometidas por pessoas que viviam na pureza ritual enquanto oprimiam os seus irmãos e ainda esperavam a proteção de Deus, denunciava: “O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e despedaçar qualquer jugo; repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu, e não se fechar à sua própria gente” (Is 58, 6-7).
Também é um desafio hoje examinarmos a realidade de nossa prática religiosa. Sem negar a importância e o papel de celebrações, ritos, rituais e devoções, o nosso texto exige de nós seguidores de Jesus um sério exame de consciência, para que verifiquemos se a nossa religião não está frequentemente semelhante à dos fariseus - perfeita nas expressões externas, mas vazia por dentro - ou se é como aquela que os profetas e Jesus propõem, uma religião de prática de solidariedade e justiça, brotando da fé, e coerente com a nossa fé no Deus da vida, onde os ritos têm o seu lugar, mas como expressão de um verdadeiro compromisso com o Reino de Deus. Que não se torne realidade nossa a denúncia de Jesus diante do legalismo farisaico: “este povo me honra com os lábios, mas o coração deles está longe de mim” (v. 6).

VIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO COMUM (09.09.12)
Mc 7, 31-37
“Jesus faz bem todas as coisas”

Os eventos relatados no texto de hoje situam-se no território pagão de Tiro e Sidônia (hoje, Líbano). Marcos faz questão de sublinhar o contexto geográfico - talvez uma referência à missão aos gentios (pagãos) que marcava a sua Igreja. Mais uma vez estamos diante de um milagre de Jesus que manifesta o poder de Deus que age n’Ele, que causa espanto e alegria entre as testemunhas, e que leva Jesus a proibir que a notícia se espalhe no território.
Em si, o relato segue o roteiro de tantos outros - uma pessoa sofrendo (neste caso de surdez e incapacidade de falar corretamente), a compaixão da parte de Jesus que o leva a atender o pedido de uma cura, a cura em si, a proibição de espalhar a notícia (o chamado “Segredo Messiânico) e a incapacidade das testemunhas de guardar o segredo.
A violação da proibição por parte da multidão traz à tona a questão da verdadeira identidade de Jesus, dando a impressão de que Ele é muito mais do que um simples curador! As palavras que expressam o entusiasmo da multidão diante d’Ele (7, 37) são tiradas de uma seção apocalíptica de Isaías, sugerindo que, nas atividades de Jesus, o Reino de Deus se faz presente.
Mais uma vez o Segredo Messiânico em Marcos nos faz perguntar sobe o seu sentido. Provavelmente faz parte da insistência de Marcos de que Jesus é mais do que um taumaturgo ou milagreiro, e que a sua verdadeira identidade só se revelará na sua Cruz e Ressurreição. Pois é somente lá, e não diante dos milagres, que Jesus é proclamado “Filho de Deus” por uma pessoa humana - o oficial que exclamou ao pé da Cruz, vendo como Jesus havia expirado: “De fato, esse homem era mesmo Filho de Deus” (Mc 15, 39). Para Marcos, uma fé baseada nos milagres é sempre ambígua, pois pode levar ao seguimento de Jesus por motivos errôneos e duvidosos. Para corrigir essa tendência na sua comunidade, ele insiste que só se pode proclamar Jesus com o título messiânico “Filho de Deus” ao pé da Cruz, onde não há lugar para dúvidas, pois só se pode crer na fraqueza de Deus, como diria Paulo, que é mais forte do que a força humana (1Cor 1, 25).
A proclamação das testemunhas que Jesus “fez os surdos ouvir e os mudos falar” alude a Is 35, 5-6, que faz parte da visão apocalíptica do futuro glorioso de Israel (Is 34-35, relacionado com Is 40-66). O uso aqui deste texto vétero-testamentário indica que o futuro glorioso do novo Israel já está presente no ministério de Jesus.
Podemos ver um sentido mais simbólico, para os nossos dias, na cura relatada - o de abrir os ouvidos e soltar as línguas. Pois, o sistema hegemônico de hoje, e os meios de comunicação, frequentemente atrelados e coniventes, procuram em geral tapar os ouvidos do povo diante dos gritos dos sofridos; pois, fazem questão de camuflar a realidade sofrida de milhões, escondendo a realidade ou banalizando-a, como fica claro na maioria dos noticiários de televisão. Também as forças dominantes deixam cada vez mais os excluídos sem voz - só pode ter voz ativa quem produz e consome, na nossa sociedade materialista e consumista. Diante da surdez e mudez físicas, Jesus cura! O evangelho e a atividade evangelizadora das igrejas devem ajudar as pessoas para que ouçam o grito dos oprimidos e para que ajudem a devolver a voz àqueles a quem lhes foi tirada. Dia 7 de setembro é o dia do Grito dos Excluídos - uma maneira de as Igrejas e todas as pessoas de boa vontade assinalarem que a nossa luta está em favor dos excluídos e menos favorecidos, e que essa atividade não se limita a um passeata neste dia somente, mas que é a tônica da nossa ação evangelizadora, retomada com muita força no Documento de Aparecida e em tantos outros documentos do Magistério e da CNBB.
“Jesus fez bem todas as coisas - fez os surdos ouvir e os mudos falar!” Que se possa dizer isso de todas as Igrejas e pastorais - que ajudamos a devolver a capacidade de ouvir os gemidos dos sofredores a tantas pessoas ensurdecidas pela ideologia dominante, e que ajudamos os sem-voz a recuperar a voz ativa, nas decisões das Igrejas e da sociedade em geral.

VIGÉSIMO QUARTO DOMINGO COMUM (16.09.12)
Mc 8, 27-35
“Se alguém quer me seguir, tome a sua cruz, renuncie a si mesmo e me siga”

Como evangelho de hoje, temos a história do caminho de Cesaréia de Felipe. Embora de grande importância também em Mateus e Lucas, o relato mais original está no evangelho de Marcos, Cap. 8, o qual se torna o pivô de todo o Evangelho.
A pedagogia do relato é interessante. Primeiro, Jesus faz uma pergunta bastante inócua: “quem dizem os homens que eu sou?” Assim, chovem respostas, pois esta pergunta não compromete - é o “diz que...” Mas a segunda pergunta traz a “facada”: “E vocês, quem dizem que eu sou?” Agora não vêm muitas respostas, pois quem responde em nome pessoal, e não dos outros, se compromete! Somente Pedro se arrisca e proclama a verdade sobre Jesus: “Tu és o Messias”. Aparentemente, Pedro acertou, e realmente, na versão mateana, Jesus confirma a verdade do que proclamou! Afirmou que foi através de uma revelação do Pai que Pedro fez a sua profissão de fé. Mas, para que entendamos bem o trecho, é importante que continuemos a leitura pelo menos até o v. 35, porque o assunto é mais complicado do que possa parecer.
Jesus logo explica o que quer dizer ser o Messias. Não era ser glorioso, triunfante e poderoso, conforme os critérios deste mundo. Muito pelo contrário, era ser fiel à sua vocação como Servo de Javé, era ser preso, torturado e assassinado, era dar a vida em favor de muitos. Usando o título messiânico “Filho de Deus” - que vem de Daniel 7, 13ss - Jesus confirmou que era o Messias, mas não o Messias que Pedro quis. Este, conforme as expectativas do povo do seu tempo, quis um Messias forte e dominador, não um que pudesse ir, e levar os seus seguidores, até a Cruz. Por isso, Pedro contesta Jesus, pedindo que nada disso acontecesse. E como recompensa ganha uma das frases mais duras da Bíblia: “Afasta-se de mim, satanás! Você não pensa as coisas de Deus, mas as coisas dos homens” (v. 33). Pedro, cuja proclamação de fé parecia ser tão acertada, é agora chamado de Satanás - o Tentador por excelência! Pedro tinha os títulos certos, mas a prática errada! Usando os nossos termos de hoje, de uma forma um tanto anacrônica, podemos dizer que ele tinha ortodoxia mas não ortopraxis!
E assim, Jesus usa o equívoco de Pedro para explicar o que significa ser seguidor d’Ele: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (v. 34). Ter fé em Jesus não é em primeiro lugar um exercício intelectual ou teológico, mas uma prática, o seguimento d’Ele na construção do seu projeto, até às últimas consequências.
Hoje, dois mil anos depois, a pergunta de Jesus ressoa forte - a segunda pergunta. Para nós, quem é Jesus? Não para o catecismo, não para o Papa ou o Bispo, mas para cada um de nós pessoalmente? No fundo a resposta se dá, não com palavras, mas pela maneira em que vivemos e nos comprometemos com o projeto de Jesus - Ele que veio para que todos tivessem a vida e a vida plenamente (Jo 10, 10). Cuidemos para que não caiamos na tentação do equívoco de Pedro, a de termos a doutrina e a teoria certas, mas a prática errada!

VIGÉSIMO QUINTO DOMINGO COMUM (23.09.12)
Mc 9, 30-37
“Se alguém quer ser o primeiro deve ser o último, aquele que serve a todos”

Na estrutura do Marcos, depois da chamada “Crise Galilaica”, manifestada no episódio da Estada de Cesaréia de Felipe, Jesus muda totalmente de tática e estratégia. Ele não anda mais com as multidões, quase não faz mais milagres - dos 19 milagres em Marcos, somente dois acontecem depois do acontecimento de Cesaréia. Em lugar disso, Ele se dedica quase totalmente à formação dos seus discípulos, tentando inculcar neles as atitudes de verdadeiros discípulos, ensinando-os que o Caminho d’Ele é o caminho da Cruz, da entrega, da doação, e não da busca do poder, da glória ou da fama. Marcos faz isso de uma maneira bem planejada. Em três ocasiões, Jesus anuncia a sua futura paixão (8, 81; 9, 31; 10, 33-34). Em cada ocasião os discípulos não compreendem (8, 32; 8, 34; 10, 35-37). E, a partir dessas incompreensões, Jesus torna a dar um ensinamento, aprofundando vários aspectos do verdadeiro seguimento d’Ele (8, 34-38; 9, 35-37; 10, 38-45).
O trecho de hoje trata do segundo desses três acontecimentos. A causa da dificuldade é a tentação do poder. Embora Jesus tenha deixado bem claro, pela segunda vez, que o seguimento d’Ele é uma vida de entrega, até à morte, em favor dos outros, os Doze discutem entre si qual deles era a maior! O poder é tentação permanente em todas as comunidades, não isentando as Igrejas! Podemos até dizer, com certa dose de humor, que a busca de poder está no DNA das pessoas humanas! Talvez mais do que outro motivo, a sede do poder tem sido o que mais tem corrompido nas Igrejas - mais ainda do que a imoralidade ou a ganância financeira. No século dezenove, o estadista e historiador católico inglês Lord Acton falou que “todo poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente”. E não há poder mais perigoso do que o religioso, que fala em nome de Deus!
Quantos sofrimentos e males causados por essa sede do poder, disfarçada como mandato de Deus! Desde o fundamentalismo fanático do Talibã no Afeganistão, até a ufania de certos padres - mormente recém ordenados - que se ostentam com roupas finas e carros do ano, e dominam, de uma maneira opressora, religiosas e leigos de muito mais experiência e sabedoria do que eles... a sede do poder e da dominação, sempre em nome de Deus ou de Jesus, continua a distorcer a vida de muitas comunidades religiosas, dentro e fora do Cristianismo. Como escreveu o teólogo dominicano sul-africano Alberto Nolan OP, “Jesus tem sido mais frequentemente honrado e venerado por aquilo que ele não significou, do que por aquilo que ele realmente significou. A suprema ironia é que algumas das coisas, às quais Ele mais fortemente se opôs na sua época, foram ressuscitadas, pregadas e difundidas mais amplamente através do mundo – em seu nome.” O poder-dominação é frequentemente um desses elementos.
Diante da recusa dos seus discípulos em entender o seu ensinamento, Jesus, o Servo de Javé, pega uma criança como símbolo de quem deve segui-Lo. Não porque criança é sempre santa nem inocente! Mas porque é sem-poder, dependente dos adultos de tudo. No tempo de Jesus, criança não tinha direitos, e era entre os últimos da sociedade. Os seus discípulos são convidados a despojar-se do poder para serem servos, da mesma maneira do que o Mestre, Ele que “não se apegou à sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte da cruz” (Fl 2, 6-8).
O poder em si é um bem - para ser usado a serviço dos outros! Todos nós - clero, religiosos, leigos - somos vulneráveis diante da tentação do poder. Levemos a sério o ensinamento de hoje, pois só pode ser discípulo de Jesus quem procura ser o servo de todos! Evitemos títulos, privilégios, e comportamentos que tão facilmente poderão nos afastar do seguimento do Senhor. Que o nosso modelo seja sempre Ele - e não os critérios da sociedade vigente, onde é o poder que manda. A nossa força vem da Cruz de Jesus, a fraqueza do Deus “que escolheu o que o mundo despreza, acha vil e sem valor, para destruir o que o mundo pensa que é importante” (1Cor 1, 28).

VIGÉSIMO SEXTO DOMINGO COMUM (30.09.12)
Mc 9, 38-43.45.47-48
“Quem não está contra nós está a nosso favor”

O texto de hoje nos coloca mais uma vez no contexto do ensinamento de Jesus aos seus discípulos, enquanto caminhavam para Jerusalém. Já vimos que a partir da “crise galilaica”, Jesus mudou a sua estratégia, afastou-se das multidões e dedicou-se à formação mais intensa dos seus discípulos, pois estes se mostravam incapazes de acolher a novidade do Evangelho, com a mudança radical de atitudes que ele implicava.
A primeira atitude a ser corrigida, nos versículos de hoje, é a de querer reservar o Espírito de Jesus como propriedade da comunidade. João se queixa que um homem que não os seguia estava expulsando demônios em nome de Jesus. Atitude mesquinha, de querer dominar o Espírito de Deus, sequestrar o poder divino! Mas, infelizmente, uma atitude bastante prevalecente em certos setores mais retrógrados das Igrejas ainda hoje, que acham que toda a riqueza do mistério de Deus possa caber dentro das margens estreitas das suas definições dogmáticas! Hoje, Jesus nos ensina a verdadeira atitude de um discípulo: “Não lhe proíbam, pois... quem não está contra nós, está a nosso favor” (v. 40). Temos que aprender a acolher as manifestações verdadeiras do Espírito de Deus em todas as religiões e culturas, e estar alertas para que nós mesmos não O escondamos ou deturpemos!
A segunda parte do trecho nos coloca diante do problema do escândalo dos pequenos na comunidade. Aqui cumpre ressaltar que “os pequenos” neste texto não são as crianças, mas os humildes e pobres da comunidade cristã. E é bom lembrar o sentido original da palavra “escândalo”. Vem de um termo grego que significa “pedra de tropeço”. Então se trata de uma situação em que os pequenos da comunidade “tropeçam”, isso é, não conseguem manter-se em pé ou se afastam, por causa de certas atitudes dos dirigentes comunitários (é bom notar que o discurso e as advertências se dirigem aos discípulos, e não aos de fora). Deve ter sido um problema comum, pois o Discurso Eclesiológico (isto é, da Igreja) no Evangelho de Mateus trata do mesmo assunto (Mt 18, 6-14). Usando imagens e linguagem tipicamente semitas: Jesus manda cortar e jogar fora “a mão, o pé, e o olho”, que causam escândalos aos pequenos. Obviamente não se propõe aqui uma mutilação física, mesmo se, ao longo da história, houvesse quem assim o entendesse - por exemplo, Orígenes. “Mão” significa a nossa maneira de agir, “pé” o modo de caminhar na vida e “olho” o jeito de ver e julgar as coisas, ou até, a nossa ideologia. Então o texto convida os dirigentes das comunidades cristãs (hoje bispos, padres, pastores, irmãs, ministros etc) a reverem o seu modo de agir, pensar e julgar, para averiguar se não estamos causando a queda dos pequenos e humildes. Se descobrirmos que assim esteja acontecendo, então devemos “cortar e jogar fora” - ou seja, mudar o que causa o problema. Caso contrário, não experimentaremos na comunidade a presença do Reino de Deus - a vivência dos valores do Evangelho, que Jesus deu a vida para estabelecer.
A caminhada para Jerusalém, no Evangelho de Marcos, é um grande ensinamento de Jesus para quem quer segui-Lo como discípulo. Trecho por trecho, ele vai desafiando a mentalidade dos discípulos, tão marcada pelos valores da sociedade vigente, e semeando os valores do Reino. Hoje, Ele nos desafia a praticarmos um verdadeiro ecumenismo e diálogo inter-religioso, e a revermos os nossos modos de agir e pensar, para que a experiência cristã de comunidade seja uma amostra real dos valores do Reino de Deus.

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL