terça-feira, 2 de outubro de 2012

HOMILIAS DE OUTUBRO: confira reflexões


Iniciado mais um mês e a Congregação da Missão - Ramo dos padres vicentinos - con tinua o trabalho de divulgar a reflexão dos Evangelhos dominicais. As explicações são pistas que facilitam a compreensão das M issas. Confira:

VIGÉSIMO SÉTIMO DOMINGO COMUM (07.10.12)
Mc 10, 2-16
“O que Deus uniu, o homem não deve separar”

Continuando a caminhada d’Ele rumo a Jerusalém, onde o poder central religioso-político vai condená-Lo à morte, no intuito de acabar não somente com a pessoa d’Ele, mas, com o seu ensinamento d’Ele, Jesus, no texto de hoje, entra primeiro em controvérsia com os fariseus, os guardiães da prática fiel da Lei. Esses, que gozavam de prestígio diante da população mais simples, se auto-outorgavam o direito de serem os únicos intérpretes autênticos da vontade de Deus. Por isso, entram em conflito com Jesus, não na busca de conhecer melhor a vontade do Pai, mas, como ressalta o texto “para tentá-lo” (v. 2). O campo de batalha escolhido era o debate sobre o divórcio. O texto de referência para eles era Dt 24, 1-4, onde não se trata da legitimidade do divórcio, mas, dos critérios para que possa acontecer.
O evangelho de Mateus, no Capítulo 19, deixa mais claro do que Marcos o sentido do debate (Mt 19, 1-9). O pano de fundo eram os critérios necessários para que um homem pudesse divorciar a sua mulher (nem se cogitava a mulher pudesse divorciar o marido, pois a mulher era considerada “objeto” que pertencia ao homem!). No tempo de Jesus havia duas tendências, simbolizadas pelas escolas rabínicas dos grandes fariseus Hillel e Shammai. Uma escola, mais laxista (Hillel), ensinava que se podia divorciar a mulher por qualquer motivo, mesmo dos mais banais. A escola mais rigorosa - do Shammai - só permitia o divórcio por motivos muito sérios. Por isso, em Mateus a pergunta se define melhor: “é permitido divorciar a mulher por qualquer motivo que seja?” (Mt 19, 4).
Em ambos os evangelhos, Jesus se recusa a entrar no debate de casuística que cercava a questão e se limitava a reafirmar o projeto do Pai para o casamento: “Portanto, o que Deus uniu, o homem não deve separar”. Aqui, Jesus reafirma com toda firmeza o ideal do casamento cristão - uma união permanente, baseada no amor, e fortalecida pela graça do sacramento. Seria inútil buscar nesse trecho uma teologia mais desenvolvida do casamento, muito menos orientações pastorais para os problemas práticos de casamentos malsucedidos, pois, isso não foi a intenção do autor. Marcos simplesmente reafirma o princípio de que “o que Deus uniu, o homem não deve separar”. Deixa em aberto a questão de quando é que Deus realmente uniu o casal! Será que, só porque passaram por uma cerimônia validamente celebrada na igreja, um casal é necessariamente unido por Deus? Os problemas reais são muito mais complexos, angustiantes e difíceis de serem solucionados.
O trecho continua com a questão das crianças. A questão aqui não é a criança como símbolo da inocência; mas, de dependência. As crianças e os que se assemelham com elas vivem essa situação de dependência, de “sem-poder”. Quem quer entrar no Reino de Deus terá que abrogar-se de todo poder dominador, tornando-se como criança.
Negando de aceitar a situação em que a mulher era simples objeto de posse do homem e assim passível de ser divorciada, e propondo o fraco e dependente como modelo, em uma sociedade que valorizava o prepotente, Jesus mostra que os valores do Reino de Deus estão na contra-mão dos valores da sociedade do seu tempo - e de hoje. Propõe uma igualdade de dignidade entre homem e mulher, uma fidelidade e compromisso permanentes, e a busca de uma vida de serviço e não de dominação! Realmente, uma proposta no contra-fluxo da sociedade pós-moderna que nega o permanente, perpetua o machismo e admira o poderoso e dominador! O texto de hoje nos convida para que, entremos “com Jesus, na contra-mão” e para que criemos uma sociedade baseada em outros valores do que os hoje em vigor, às vezes até no seio das próprias igrejas.

FESTA DA NOSSA SENHORA APARECIDA (12.10.12)
Jo 2, 1-12
“Façam tudo o que ele lhes disser”

A primeira parte do Quarto Evangelho é comumente chamada “O Livro dos Sinais”, pois, o evangelista relata uma série de sete sinais que, passo por passo, revelam quem é Jesus, e qual é a missão d’Ele (embora algumas bíblias traduzam o termo grego por “milagre”, a tradução mais correta é: “Sinal”). O primeiro desses sinais aconteceu no contexto das bodas de Caná, o nosso texto de hoje. Como quase todo o Evangelho de João, o relato está carregado de simbolismos, onde pessoas, números e eventos funcionam simbolicamente, para nos levar além da superfície das coisas, em uma caminhada de descoberta sobre a pessoa de Jesus.
Um dos temas centrais do quarto evangelho é o da “hora” de Jesus. A “hora” não se refere à cronometria, mas à hora de glorificação de Jesus, por sua morte e ressurreição. Em resposta ao pedido feito por Maria (note que João nunca se refere a Ela pelo nome, mas pelo título “mulher”), usando de uma maneira um tanto estranha este termo para a mãe d’Ele, João quer indicar que Jesus rejeita uma esfera meramente humana de ação para Maria, para reservar para Ela um papel muito mais rico, ou seja, o da mãe dos seus discípulos. Maria somente vai aparecer mais uma vez neste evangelho - ao pé da cruz, onde Ela e o Discípulo Amado assumem um relacionamento de Filho e Mãe. Devemos lembrar que o Discípulo Amado simboliza a comunidade dos discípulos/as do Senhor.
Não devemos reduzir a ação da Maria no texto à de uma incomparável intercessora. Embora seja comum esta interpretação na devoção popular, não se sustenta do ponto de vista exegético. É melhor ver Maria aqui como discípula exemplar, pois embora a resposta de Jesus indique um distanciamento entre a sua expectativa e a visão d’Ele, Ela continua com confiança n’Ele e leva outros a acreditar nele: “Façam tudo o que Ele lhes disser”.
O simbolismo da água tornada vinho é também importante. Não era qualquer água - era a água da purificação dos judeus. Com essa história, João quer mostrar que doravante os ritos judaicos de purificação estão superados, pois a verdadeira purificação vem através de Jesus. Podemos entender isso como a mudança de uma prática religiosa baseada no medo do pecado, uma prática que excluía muita gente considerada impura, para uma nova relação entre Deus e a humanidade, a partir de Jesus. Assim, em Caná Jesus começa a substituir as práticas do judaísmo do Templo, o que vai continuar ao longo do Evangelho de João.
A quantia do vinho chama a atenção - 600 litros! O vinho em abundância era símbolo dos tempos messiânicos, e na tradição rabínica, a chegada do Messias seria marcada por uma colheita abundante de uvas. Assim João quer dizer que a expectativa messiânica se realiza em Jesus. E as talhas transbordantes simbolizam a graça abundante que Jesus traz.
A figura do mestre-sala é também simbólica, bem como a dos serventes. Aquele que devia saber a origem do vinho da festa, não o sabia, enquanto estes, sabiam. Assim, o mestre-sala representa os chefes do Templo que não sabiam a origem de Jesus enquanto os servos representam os discípulos que acreditaram n’Ele.
Fazendo comparação entre o vinho antigo e o novo, João quer reconhecer que a Antiga Aliança era boa, mas a Nova a superou. Os ritos e práticas judaicos, ligados à purificação e ao sacrifício, não têm mais sentido, pois uma nova era de relacionamento entre a humanidade e Deus começou em Jesus.
O ponto culminante do relato está em v. 11: “Foi em Caná que Jesus começou os seus sinais, e os seus discípulo acreditaram n’Ele”. A fé deles não é intelectual ou teórica, mas o seguimento concreto do Mestre, na formação de novos relacionamentos de amor. Passo por passo, o autor vai revelando Jesus através de sinais para que nós, os leitores, possamos “acreditar que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, acreditando, tenhamos a vida em seu nome” (Jo 20, 31).

VIGÉSIMO OITAVO DOMINGO COMUM (14.10.12)
Mc 10, 17-30
“Como é difícil entrar no Reino de Deus”

O nosso texto inicia-se com a frase: “Quando Jesus saiu de novo a caminhar”. Mais uma vez, estamos na caminhada com Jesus, na caminhada que é uma aprendizagem para o discipulado, uma caminhada que o leva cada vez mais perto a Jerusalém, lugar da crise definitiva da sua vida. Ao longo dessa caminhada, Jesus luta com a incompreensão dos seus discípulos, até dos mais chegados a Ele, pois a mentalidade deles era formada pela ideologia dominante, e assim tinham a maior dificuldade em apreciar a reviravolta de valores que Jesus e a sua mensagem significavam. Nos domingos anteriores, vimos essa tensão no trato das questões do poder, do divórcio, das crianças. No nosso texto de hoje, Jesus põe em cheque o ensinamento comum sobre a riqueza e a pobreza.
A cena é muito conhecida - um homem pede orientação sobre como entrar na vida eterna. Em um primeiro momento, Jesus coloca diante dele a exigência conhecida por todo judeu piedoso e ensinada pelas escolas rabínicas - o cumprimento dos mandamentos. Mas o homem - sem dúvida um praticante piedoso da Lei - sente que isso não é o suficiente, antes, é o mínimo. Assim, Jesus põe diante dele as exigências do Reino - o seguimento d’Ele, o despojamento dos bens, a partilha e a solidariedade. Isso o homem é incapaz de aceitar. Estava amarrado aos seus bens, pois era muito rico (v. 22). Fez a sua opção - optou por uma vida “regular” que não exigisse partilha nem despojamento, e como consequência foi embora “muito abatido” - pois tinha colocado bens secundários acima do bem maior.
Porém, o centro do relato está no debate entre Jesus e os discípulos d’Ele. O Mestre afirma que “é mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus!” (v. 25). Muitas vezes gastamos tanta energia em debater o que significa “o buraco da agulha” (quase sempre tentando diminuir o seu impacto!) e deixamos de lado o aspecto mais importante - a reação dos discípulos! Eles ficaram “muito espantados” quando ouviram isso e se perguntaram “então quem pode ser salvo?”. Por que ficaram espantados? O que houve de espantoso na colocação de Jesus? Aqui está o âmago da questão.
O espanto dos discípulos - também todos judeus praticantes e piedosos - era causado pelo fato de que, na ideologia religiosa vigente, a riqueza era considerada sinal da bênção de Deus, e a pobreza como sinal da maldição (uma ideia presente em certas seitas hoje e que às vezes infiltra certas pregações sobre o dízimo na própria Igreja Católica!). Para eles, quem não iria se salvar era o pobre, pois o rico era abençoado. Aqui é bom lembrar que se trata de “entrar no Reino de Deus”, o que não é sinônimo de salvação eterna. A salvação depende da gratuidade e misericórdia de Deus, e diante de tal mistério só cabe à gente calar-se. Mas, o Reino de Deus deve ser uma experiência já existente entre nós, mesmo que não em plenitude, e que significa experimentar na vida os valores do Reino. O rico dificilmente entra nesta dinâmica porque normalmente é auto-suficiente, atrelado a um sistema classista e injusto, e com grande dificuldade tanto de repartir como de sentir a sua dependência de Deus.
A proposta de Jesus desafia as ideologias que veem a riqueza como sinal da bênção de Deus. A proposta d’Ele não é a riqueza, mas a partilha; não é a acumulação, mas a solidariedade e a justiça, para que todos possam ter o suficiente. O texto deixa claro que quem quer viver esta proposta vai sofrer, pois o mundo não vai aceitá-la. Quem segue Jesus na prática da solidariedade, encontra uma felicidade mais duradoura, mas com perseguição; porém, já vive a certeza da plenitude do Reino que virá (v. 29-31).

VIGÉSIMO NONO DOMINGO COMUM (21.10.12)
Mc 10, 35-45
“Quem de vocês quiser ser o primeiro, deverá tornar-se o servo de todos.”

No esquema do Evangelho de Marcos, o texto de hoje situa-se quase no fim da caminhada de Jesus com os seus discípulos para Jerusalém, o lugar do desfecho de toda a missão d’Ele. Pela terceira vez, Ele tem dado aos seus mais íntimos colaboradores o anúncio sobre a sua paixão e morte: “Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem vai ser entregue aos chefes dos sacerdotes e aos doutores da Lei. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos. Vão caçoar d’Ele, cuspir n’Ele, vão torturá-lo e matá-lo”. De novo, uma colocação mais do que clara sobre o que significa ser o messias de Deus que não surte efeito - os discípulos, cegados pela ideologia dominante, não são capazes de entender o sentido da vida de Jesus, e, por conseguinte, o sentido de ser discípulo d’Ele. Como Pedro, depois do primeiro anúncio, e todos os Doze depois do segundo, João e Tiago conseguem resistir ao ensinamento de Jesus, numa tentativa de impor a sua própria agenda!
Apesar de ouvirem que Jesus veio para dar a sua vida em serviço de todos, os irmãos pedem os primeiros lugares quando Jesus entrasse na sua glória. O desejo de dominar estava muito enraizado neles. É tão gritante o descompasso entre o ensinamento de Jesus e os desejos dos dois irmãos, que, Mateus, relatando a mesma historia, suaviza o texto de Marcos, fazendo com que a mãe deles fizesse o pedido! (Mt 10, 20). A queixa de Deus no Antigo Testamento de que o seu povo era um povo de “cabeça dura” se atualiza nos Doze!
Mas, não podemos pensar que eram só os dois filhos de Zebedeu que sentiram o gosto pela dominação. É interessante notar a reação dos outros dez diante do pedido feito: “Quando os outros dez discípulos ouviram isso, começaram a ficar com raiva de Tiago e João” (v. 41). Por que ficaram com raiva? Não porque achavam sem sentido o pedido dos dois, mas porque, no fundo, cada um deles queria ter o lugar de honra e poder! O vírus de dominação é mais do que contagioso!
Mais uma vez, Jesus demonstra paciência histórica com os seus seguidores. Contrasta o sistema de organização da sociedade com aquele que queria para a comunidade dos seus discípulos: “entre vocês não deve ser assim: quem de vocês quiser ser grande, deve tornar-se o servo de vocês; e quem de vocês quiser ser o primeiro, deverá tornar-se o servo de todos” (vv. 43-44). E deixa bem claro o motivo - não por causa de uma humildade qualquer, mas porque Ele nos deu o exemplo: “porque o Filho do Homem não veio para ser servido. Ele veio para servir e para dar a sua vida como resgate em favor de muitos” (v. 45). Ser discípulo de Jesus é ter o mesmo ideal, a mesma prática que Ele!
O texto torna-se muito atual para os dias de hoje. Infelizmente, o contraste feito por Jesus entre os seus seguidores e o sistema da sociedade secular nem sempre se verifica. Existe, nos últimos anos de forma mais acentuada, uma busca de status e do poder dentro do seio das igrejas, talvez especialmente entre o clero mais jovem. Mas, ninguém pode se achar imune diante desta tentação, pois está bem enraizada dentro de todos nós. Somente uma mística bem cultivada do seguimento de Jesus, fundamentada na Palavra da Escritura, poderá nos ajudar para que realmente construamos uma Igreja onde se demonstre que “entre vocês não deve ser assim”.

TRIGÉSIMO DOMINGO COMUM (28.10.12)
Mc 10, 46-52
“E seguia Jesus pelo caminho”

Estamos no fim da caminhada de Jesus, de Cesaréia de Felipe até a sua morte e ressurreição em Jerusalém. No texto de hoje, Marcos encerra o bloco todo da caminhada com o último milagre de Jesus que ele relata - a cura do cego Bartimeu.
O texto começa com um senso de urgência - chegaram a Jericó e logo saíram. Parece que Jesus têm pressa para caminhar até Jerusalém. E lá está o cego Bartimeu. Onde? Sentado à beira do caminho! Enquanto Jesus está “a caminho” com os discípulos d’Ele, o cego está à beira do caminho! Simboliza todos os que não conseguem caminhar no discipulado, e estão parados, à beira do caminho do seguimento de Jesus.
Este texto está bem carregado de sentido. Logo que Bartimeu ouve que é Jesus que passa, ele grita fortemente! “Filho de Davi, tem piedade de mim!” É de novo um dos temas centrais da Bíblia - o grito do pobre e sofrido! Desde o grito do sangue de Abel, passando pelo grito do Êxodo, de Jó, dos pobres nos Salmos, de Bartimeu, de Jesus na Cruz, dos martirizados do Apocalipse, o tema do grito do sofrido perpassa toda a Escritura, com a garantia de que Deus ouve esse grito. Mas, a reação dos transeuntes é típica - mandam que Bartimeu se cale! O poder dominante sempre quer abafar o grito do excluído! Isso não mudou até os dias de hoje! Até nas Igrejas existe quem não queira ouvir o grito, e faz de tudo para abafar qualquer iniciativa popular. Mas, Deus ouve!
Com um fino toque de ironia, o texto mostra como, por causa da atitude de Jesus, os mesmos que o mandaram calar, agora têm que convidá-lo para falar com Jesus. Porém, para isso, Bartimeu tem que lançar fora o manto - a única coisa que ele possuía, a sua única segurança. É a sua roupa, o seu cobertor à noite, o que ele usa para recolher as esmolas. Ele o joga fora, embora seja cego, e não tem certeza que vai ser curado. Como os primeiros discípulos no lago (Mc 1, 18.20), ele aprende que não é possível seguir Jesus sem deixar algo, sem arriscar a segurança humana para experimentar a mão de Deus.
É bom notar que Jesus não parte imediatamente para a ação. Ele respeita a liberdade do cego e pergunta “o que quer que eu faça por você?” (v. 51). Pois, Jesus não obriga ninguém a se libertar - há quem prefira ficar sentado à beira do caminho, no seu comodismo e não opte pela libertação. Mas, Bartimeu quer ver de novo - diferente do cego de Jo 9 - cego de nascença - ele via anteriormente e tinha perdido a visão. Aqui ele simboliza a comunidade marcana pelo ano 70, que tinha perdido a clareza da fé, e que precisava o toque de Jesus para que voltasse a ver claramente.
Curado, Bartimeu recebe licença para ir, para seguir a sua vida. Mas, ele faz uma outra opção: “no mesmo instante o cego começou a ver de novo e seguia Jesus pelo caminho” (v. 52). Ele usava para Jesus um titulo não muito adequado “filho de Davi”, pois em Mc 12, 35-37, Jesus fez muitas restrições a este título messiânico, mas ele tem a prática certa - segue Jesus pelo caminho. Aqui Marcos faz contraste com a figura de Pedro, que tinha o título certo “Tu és o Messias” (Mc 8, 29), mas a prática errada! Não quis que Jesus caminhasse para a morte! Assim, aqui, o modelo de discípulo não é Pedro; mas, Bartimeu! Pois, mais importante do que os títulos e expressões teológicas, sem negar a sua importância relativa, é a prática do seguimento de Jesus! Um alerta para todos nós, para que a nossa prática seja coerente com a nossa fé, no seguimento de Jesus, em favor do Reino de Deus!

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL

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