terça-feira, 23 de outubro de 2012

Congregação da Missão - Ramo da Família Vicentina - celebra centenário de chegada ao Brasil


A presença dos padres vicentinos (da Congregação da Missão) no Brasil tornou-se realidade a partir de 1903. Eles vieram da Polônia e chegaram ao Paraná, onde fundaram a atual Província de Curitiba. Os padres lazaristas, como eles são mais conhecidos, trabalham em solos brasileiros há quase cem anos, difundindo a fé, inspirada na caridade de São Vicente de Paulo.
Para celebrar o centenário de presença missionário no Brasil, a Congregação da Missão divulga um estudo histórico que retrata detalhadamente o percurso da ordem no país, além de fotos dos fundadores. Confira:




















NOSSAS ORIGENS
Nossas raízes remontam a nosso fundador S.Vicente de Paulo (1581-1660) que, aos 25 de janeiro de 1617, depois de um sermão sobre o sacramento da confissão na igreja de Foleville, inspirado por Deus teve a idéia de formar um grupo de padres que percorresse o interior da França pregando missões aos pobres camponeses. Sua idéia se concretizou quando, aos 17 de abril de 1625 assinou com outros três padres o contrato de fundação da “Congregação da Missão”. Em 1633 a Congregação da Missão foi reconhecida pela Igreja.
A Vicente de Paulo e seus companheiros logo se uniram outros padres e a “Pequena Companhia”, como ele costumava chamar, cresceu. Em 1646 os padres lazaristas, como eram conhecidos porque habitavam a casa de S. Lázaro em Paris, partiram para as missões na Itália (Gênova e Turim), na Argélia, na Irlanda e na Escócia. Em 1648 chegaram a Mandagascar. Em 1651 atendendo o pedido da rainha Maria Luiza da Gonzaga, esposa do rei Casemiro, Vicente de Paulo enviou os cinco primeiros missionários para a Polônia.
Em 1660 quando S. Vicente de Paulo morreu, aos 79 anos de idade, a Congregação da Missão constava de 622 membros que exerciam seus ministérios em oito países diferentes.
Aos 15 de abril de 1820 chegaram ao Brasil, vindos de Portugal, os dois primeiros lazaristas: P. Leandro R. P. de Castro e Antonio Ferreira Viscoso. Estabeleceram-se em Caraça MG. Eles são as raízes da Província Brasileira da Congregação da Missão (Província do Rio de Janeiro).
Em 1875 Adolfo Lamenha Lins, presidente da Província do Paraná, incentivou a imigração de colonos europeus. A primeira leva de imigrantes poloneses chegara alguns anos antes, em 1869. Seu objetivo era fixa-los como legítimos proprietários das terras e não como operários de grandes latifúndios como acontecia em outros estados. Assim, em 1875 nasceram as Colônias Santa Cândida e Órleans.
Em 1876 chegaram da Polônia mais 182 famílias que foram assentadas em terras adquiridas pelo governo na localidade denominada Campina dos Ausentes a 17 km. de Curitiba. A nova colônia recebeu o nome de Tomás Coelho em homenagem a Tomás José de Almeida Coelho, Ministro da Agricultura de Sua Majestade o Imperador D.Pedro II.
Os imigrantes poloneses se dedicaram ao plantio de milho, cevada, batata e outros cereais. Logo construíram uma pequena igreja dedicada a S. Miguel Arcanjo, padroeiro das colheitas. A princípio foram atendidos espiritualmente pelo P. Francisco Gurowski e por outros padres poloneses que se deslocavam da Colônia Órleans e até da Colônia Murici.
Aos 27 de abril de 1892, o papa Leão XIII criou o Bispado de Curitiba separando-a eclesiasticamente do bispado de S.Paulo. Na época Curitiba possuía 30 mil habitantes. O território da diocese compreendia as Províncias do Paraná e Santa Catarina. Seu primeiro bispo D. José de Camargo Barros tomou posse aos 30 de setembro de 1894. Em 1896, D. José trouxe do Rio de Janeiro os primeiros missionários lazaristas para dirigir o Seminário Diocesano que funcionava em um prédio alugado na rua Comendador Araújo.
Aconselhado por eles e com a mediação de D. Cláudio Gonçalves Ponce de Leon, bispo vicentino de Porto Alegre, D. José de Camargo Barros, em 1899 solicitou ao Superior Geral da Congregação da Missão, P. Antoine Fiat (1878-1914), padres missionários poloneses para atender as necessidades espirituais do grande número de imigrantes do Paraná. Na época havia 80 mil imigrantes poloneses no Paraná, dos quais 3 mil moravam em Curitiba e redondezas. E havia apenas 9 padres poloneses, todos do clero secular, para atender os imigrantes. O Superior Geral apresentou o pedido ao Visitador da Polônia, Pe. Soubieille. Mas foi seu sucessor, o P. José Kiedrowski, Visitador da Província da Polônia de 1900 a 1906, que atendeu o pedido de D. José, e em 1903 enviou para o Paraná, os quatro primeiros missionários poloneses, três padres e um irmão. Na época, a Província da Polônia contava com 47 padres e 56 estudantes de filosofia e teologia.
Os primeiros missionários eram: P. Boleslau Bayer
P. Francisco Chylaszek
P. Hugo Dylla
Ir. Alexandre Wengrzyn.
P. Boleslau Bayer era o responsável pela missão. Tinha 38 anos de idade e 14 de sacerdócio. Era o superior da Casa Provincial e Diretor do Seminário Maior. Aceitou de bom coração substituir o P. Ceslau Lewandowski que voluntariamente se propusera vir para o Brasil, mas ficara muito doente.
P. Francisco Chylaszek tinha 29 anos de idade e apenas 4 anos de sacerdócio. Era professor de botânica no seminário menor em Cracóvia. Apresentou-se ao Visitador P. Kiedrowski pedindo para ser missionário no Brasil.
P. Hugo Dylla também tinha 29 anos de idade e 4 de sacerdócio. Era formado em botânica e também apresentou-se como voluntário para vir ao Brasil.
Ir. Alexandre Wengrzyn tinha 32 anos. Era exímio organista e carpinteiro.
A viagem para o Brasil estava prevista para 28 de abril de 1903. Deviam embarcar, em Bordeaux no navio “Chili” da Companhia Chargeurs Reunis. Mas o Ir. Alexandre Wengrzyn não tinha os documentos militares em dia. E a viagem foi postergada para maio. O atraso na partida foi providencial, pois o navio que deviam tomar naufragou no Golfo de Biscaia, no norte da Espanha.
No dia 19 de maio de 1903 os quatro missionários partiram de trem, de Cracóvia para Paris. Em Paris foram recebidos pelo Superior Geral P. Antoine Fiat. Depois de visitarem Lourdes, Dax e Berceau foram para Bordeaux onde, no dia 3 de junho, às 16.30 h embarcaram no navio “Amazonia” da Cia. Chargeurs Reunis, rumo ao Brasil. No dia 21 do mesmo mês aportaram na cidade do Rio de Janeiro. Foram recebidos pelos missionários vicentinos franceses, P. Fréchet e Azymar que já atuavam na cidade. No dia 27 de junho, às 15.00 h embarcaram no navio “Itaipava” que os levou até o porto de Paranaguá, onde desembarcaram no dia 29 do mesmo mês. No dia seguinte, 30 de junho, tomaram o trem que os levou à Curitiba. A viagem demorou 6 h. Foram recebidos pelos coirmãos P. Desidério Deschand e P. Mello que trabalhavam no seminário diocesano. No dia 4 de junho, um sábado de manhã, foram em carroça para a Colônia Tomas Coelho, na Freguesia de Nossa Senhora dos Remédios do Iguaçu, hoje Araucária. A viagem entre Curitiba e Tomás Coelho demorou 2.00 h.
Foram recebidos com festa pelos colonos poloneses.
Os jornais da época deram destaque à chegada dos missionários.
“Bem vindos ! Os esperados padres Missionários de Cracóvia desembarcaram, no dia 29 de junho último, em Paranaguá e em Curitiba, aos 30. Em nome de todos quantos receberam com alegria esta boa nova que lhes despontará, qual aurora, a mente, e cujos corações tocados pela expectativa de um alvorecer mais risonho vibraram intensamente, apresentamos, jubilosos, boas vindas” (Gazeta Polska, edição de 4 de julho de 1903)
“Já chegaram a esta capital os 3 padres da Província de Cracóvia, da Congregação da Missão, a pedido do Exmo. Sr. Bispo. São os PP. Boleslau Bayer, Hugo Dylla e Francisco Chylaszek e mais um irmão coadjutor Alexandre Wengrzyn. Já tomaram posse da Capelania de Tomás Coelho e pregarão Missões” ( Estrela da Manhã, edição de 12 de julho de 1903)
Eis como o P. Hugo Dylla descreveu suas primeiras impressões sobre o novo campo de missão:
“(...) Designaram-nos provisoriamente para a Colônia Tomás Coelho, distante 20 km da cidade. Os colonos souberam do fato e enviaram alguns para certificarem-se de nossa chegada.
Partimos na manhã do dia 4 de julho de 1903, afim de realizar os ofícios religiosos no domingo. Recebemos vinho de missa e de mesa dos padres lazaristas do seminário, onde nos hospedamos. Esperançosos de que Deus abençoaria nosso trabalho, partimos. O dia era lindo e ao longo do caminho cruzamos com poloneses que nos saudavam, pois a noticia da vinda dos padres poloneses espalhou-se por toda a região.
(....) Recepcionaram-nos com foguetes. Um numeroso grupo de pessoas havia se reunido para contemplar os novos sacerdotes. Há três meses os fiéis não tinham ofícios religiosos e eis que aparecem três padres de uma só vez.
A casa paroquial é pequena, um tanto estragada, com as cercas caídas. Tudo será restaurado no devido tempo. Em compensação a igreja é de bom gosto e agradável. Localiza-se numa pequena elevação. É limpa e a mesa de comunhão, bem como o púlpito, são artisticamente trabalhados. Os castiçais, estandartes e outros utensílios sagrados, são como nas melhores igrejas européias.
No primeiro dia estranhamos a nova moradia. Em redor tudo era silêncio e vazio. Somente existem algumas casinhas distantes. Em contrapartida, o panorama é exuberante. (...) A nossa colônia estende-se por três milhas e as moradas dos colonos acham-se disseminadas pelos morros e canhadas.
(...) espalhou-se a noticia pela colônia que os padres vieram e que haveria missa. Pelas 10 h (do dia 5, domingo) reuniu-se uma multidão de colonos diante da igreja: esqueci que me encontrava no Brasil. Tive a impressão de estar pregando missões na Galícia. São os mesmos honestos e piedosos poloneses, os mesmos costumes, as mesmas vestes, os mesmos ofícios religiosos, os mesmos cânticos na igreja. Antes da missa ressoa o “Haec est dies”, a procissão e as mesmas vésperas.
(...) Ofereciam tudo aos sacerdotes. Já no primeiro dia um colono nos trouxe uma broa, um saco de batatinhas e três frangos. No dia seguinte já tínhamos algumas galinhas, broas, manteiga, dezena de cabeças de repolho.
(...) Ainda que o país seja tão estranho, pois o sol nos ilumina do lado norte, ainda que a lua fique no avesso e sejam completamente outras as estrelas do firmamento,(....) apesar da vastidão do oceano e milhares de milhares de distância de nossa pátria, sempre me parece, bem como a meus companheiros, de que nos encontramos na Galícia, entre os nossos. Perguntamo-nos, será isto efetivamente o Brasil ? será que estamos realmente tão longe de Cracóvia ?
A Província de Cracóvia não enviou apenas os quatro primeiros missionários, mas continuou enviando outros que se juntaram aos quatro pioneiros. Até a criação da Vice-Província em 1921, vieram ao todo 28 padres e três irmãos coadjutores.
São esses os missionários enviados ao Brasil entre 1903 e 1921:
1904 - P. Tomás Soltysik
Ir. Casemiro Nendzynski
1905 - P. Jacinto Miensopust
1906 - P. João Kominek
P. Silvestre Kandora
P. Felix Dejewski
P. Eugênio Kolodziej
1908 - P. Ludovico Bronny
P.Rudolfo Steinsdorfer
P. Francisco Zdzieblo
P. João Wróbel
P. Francisco Komander
P. Estefano Stawianoski

1911 - P. José Joaquim Góral
P. João Zygmunt
1912 - P. Tomaz Kania
P. Aniceto Weiss
P. João Olszówka
1914 - P. Jacó Malik
P. Estanislau Piasecki
P. Valentim Gertner
P. Wiktor Skrabel
1920 - P. Inácio Krause
P. Paulo Warkocz
Ir. Ludovico Mozalewski
1921 - P. João Rzymelka- que veio já nomeado Vice-Visitador.
P. Estanislau Porzycki


Desses, 4 retornaram à Polônia: P.Tomás Soltysik em 1908
P. Eugênio Kolodziej em 1909
P. Rodolfo Steinsdorfer em 1913
P. Wiktor Skrabel em 1919
1 faleceu: P. Félix Dejewski, em Prudentópolis com apenas 37 anos de idade;
1 foi expulso do Brasil: P.Hugo Dylla em 1905
2 deixaram a Congregação: Ir. Casemiro Nendzynski. Em 1905
P. Estefano Stawianowski em 1914.


Trabalhavam nas seguintes paróquias-missão e curatos:
1903 – Tomás Coelho- que era um curato. A paróquia foi criada em 1936
1904 - Lucena (hoje Alto Paraguaçu) e Itaiópolis (a paróquia de Itaiópolis foi criada em 1953)
1905 – Prudentópolis
1906 – Abranches (Curitiba)
1908 – Órleans (Curitiba); Rio Claro; Marechal Mallet
1911 – Rio Vermelho; Massaranduba; Santana-Cruz Machado;
1914 – Água Branca; Ipiranga;
1915 - Treze de Maio (hoje Áurea, município de Erechim)
1918 - Ijuí
1920 – S. Mateus do Sul; Ivaí;
1921 – Catanduvas; Contenda; Guarani das Missões

A VICE-PROVÍNCIA
Entre 1903 e 1921 os padres poloneses que atuavam na missão do sul do Brasil eram comandados por um Superior regional. Esse cargo foi ocupado pelo P. Boleslau Bayer até 1910. A partir dessa data até a criação da Vice-Província o Superior regional era o P. Francisco Chylaszek.
Aos 6 de outubro de 1921, o Superior Geral da Congregação da Missão, P. François Verdier (1919 – 1933) de comum acordo com o Visitador de Cracóvia, P. Kasper Slominski, criou a Vice Província Polonesa do Brasil. Nessa época a Província da Polônia contava com 94 padres; 44 irmãos; 40 seminaristas maiores (filosofia e teologia) e 23 seminaristas menores.
A Vice Província Polonesa do Brasil contava com 20 padres e 2 irmãos, todos poloneses.
A sede estava na casa situada na rua Cruzeiro 115 (atual Jaime Reis, 531) em Curitiba. De fato, aos 23/9/1920, os P. Francisco Chylaszek e José Góral compraram cinco lotes pertencentes ao Sr. Carlos Dietzch situados no endereço acima onde construíram uma casa.
Os Vice-Visitadores e seus conselheiros foram:
1.- P. João Rzymelka – Vice-Visitador (15/10/1921 – 1928)
Conselheiros: P. Boleslau Bayer
P. José Joaquim Góral
P. Francisco Chylaszek (que não aceitou e não compareceu em
nenhuma reunião do conselho)
2.-P. Ludovico Bronny – Vice-Visitador(1928 – 1955)
Conselheiros: (1928-1947) P. José Joaquim Góral
P. Boleslau Bayer
P. Silvestre Kandora

(1947 - 1952) P. José Joaquim Góral
P. João Palka
P. João Wislinski
P. Estanislau Piasecki

(1952 – 1955) P. Estanislau Piasecki
P. João Palka
P. José Kielczewski
P. João Wislinski
3.- P. Estanislau Piasecki – Vice-Visitador (1955 – 1961)
Conselheiros: P. Tadeu Dziedzic
P. José Damek
P. Inácio Zabrzeski
P. João Palka
Ecônomo : P. Bronislau Kozlowski.

4.-P. Tadeu Dziedzic – Vice-Visitador (1961 – 1966)
Conselheiros: P. João Palka
P. José Damek até 1963 sendo substituído pelo P.Eduardo Pinocy
P. José Zajac
P. Lourenço Biernaski
Ecônomo: P. Félix Stefanowicz.

5.-P. Bronislau Bauer – Vice-Visitador (1966 – 1969)
Conselheiros: P. José Kielczewski
P. Eduardo Pinocy
P. João Górka
P. Domingos Wisniewski
Ecônomo: P. Tadeu Dziedzic.

6.-P. Domingos Gabriel Wisniewski – Vice-Visitador (8/2/1969 a 10/9/1969)
Entre a criação da Vice Província em 1921 e a fundação da Província em 1969 vieram da Polônia mais 62 coirmãos e dois missionários que pregaram missões por apenas um ano (Guilherme Szymbior e Wiktor Bieniasz entre 1929-1930).
Coirmãos vindos da Polônia entre 1921 e 1969:
1923 - P. Inácio Zabrzeski
P. Simão Sojka
1928 - P. José Lopacinski
1929 - P. Aloísio Orszulik
P. João Palka
P. Eduardo Pinocy
P. Wiktor Bieniasz (como missionário por um ano)
P. Guilherme Szymbor (como missionário por um ano)

1930 - P. José Kielczewski
1931 - P. Wiktor Dewor
P. João Wislinski
P. Tadeu Dziedzic
1932 - P. José Hajduk
!933 – P. Antonio Myzka
P. Francisco Wierzba
P. João Píton
P. Francisco Madej

1934 - P. Julio Janiewski
P. João Pawlik
1936 - P. Ladislau Rup
P. Estefano Olszak

1937 - P. Wendelin Swierczek
P. Afonso Paszkiewicz
P. Bronislau Kozlowski
P. José Walkowiak
1938 - P. Francisco Maszner
P. Ricardo Gogol

1939 - P. Jose Zajac
P. Casimiro Mikucki
P. Paulo Paszyna
P. José Damek
1945 - P. Ceslau Kochanski
1946 - P. Sigismundo Piotrowski
P. Antonio Rosinki
P. José Grzelinski
P. Bronislau Niemkiewicz

1947 - P. José Kotlinski
P. Henrique Jaworski (primeira vez)
P. José Klaper
P. Félix Stefanovicz – da China de onde foi expulso.
P. Ladislau Serzysko – da China, de onde foi expulso
P. Ladislau Wisniowski
1950 - P. Bronislau Bauer
1951 - P. Francisco Stawarski
P. Félix Brzóska
1952 - P. Wenceslau Szuniewicz
P. Ceslau Dukiel
1953 - Dom Inácio Krause - expulso da China
1955 - P. Alberto Sojka
1957 - P. Tadeu Kolodziejczyk
P. Tadeu Wróbel
P. Zenon Jezierski
1958 - P. Leon Lisiewicz
P. Adalberto Jachimczak
1959 - P. Miecislau Lekent
P. Jorge Badocha
1960 - P. Wiktor Paszek
1962 - P. Humberto Sinka (primeira vez)
P. Marian Litewka
P. André Kaminski
P. Ladislau Musial
P. Premislau Kwas
P. Jorge Morkis
1963 - P. Ladislau Bomba
P. Sigismundo Reczek

Desses regressaram à Polônia: P. Francisco Komander em 1927
P. João Rzymelka em 1929
P. Inácio Krause em 1929- retornou em 1953 como bispo, expulso da China
P. João Kominek em 1931
Ir. Ludovico Mozalewski em 1931
P. José Hajduk em 1932
P. Francisco Zdzieblo em 1938
P. Estevão Olszak em 1938
P. Julio Janiewski em 1939
P. Ceslau Dukiel em 1953 para a França
P. Francisco Stawarski em 1954
P. Henrique Javorski em 1957 – retornou à Província em 1980
P. Adalberto Sojka em 1960 para os E.U.A
P. Humberto Sinka em 1962- retornou à Província em 1989
P. José Grzelinski em 1965
P. Ladislau Bomba em 1965
P. Ladislau Rup em 1967
P. Zygmunt Reczek em 1968
Passaram para o clero secular: P. Aloísio Orzulik em 1947
P. Casemiro Mikucki
P. Félix Brzóska em 1954
Foram laicizados: P. Antonio Rosinski em 1951
P. Chester Kochanski em 1951

Faleceram aqui no Brasil: P. Jacó Malik em 1922
P. Valentin Gertner em 1931
P. Jacinto Miensopust em 1933
P. Francisco Chylaszek em 1942
P. Wiktor Dewor em 1942 (assassinado)
Ir. Alexandre Wengrzyn em 1944
P. José Lopacinski em 1945
P. Boleslau Bayer em 1946
P. Aniceto Weiss em 1946
P. Silvestre Kandora em 1949
P. Estanislau Porzycki em 1956
P. Simão Sojka em 1956
P. José Walkowiak em 1959 (assassinado)
P. José Klaper em 1959
P. José Joaquim Góral em 1959
P. João Zygmunt em 1959
P. João Wislinski em 1961
P. Estanislau Piasecki em 1962
P. Inácio Zabrzeski em 1963
P. Antonio Myska em 1963
P. Wenceslau Szuniewicz em 1963
P. Francisco Madej em 1965
P. Bronislau Niemkiewicz em 1965
P. José Damek em 1965
P. João Olszówka em 1965
P. Tomáz Kania em 1966
P. João Wróbel em 1967

Coirmãos brasileiros ordenados sacerdotes na época da Vice-Província:
1954 - P. Lourenço Biernaski – ordenado em Dax (França)
1955 - P. Domingos Gabriel Wisniewski - ordenado em Paris (França)
1956 - P. Eduardo Wróbel
P. Orestes Grein
1957 - P. Izidoro Kosinski
P. João Górka
1963 - P. Milton Machniewicz
P. Leopoldo Klemba
P. Ladislau Biernaski
P. Antonio Bochnia
1964 - P. João Ukachenski
1965 - P. João Novak
1967 - P. Alexandre Júlio Troscianczuk
1968 - P. Geraldo Valenga
1969 - P.Pedro Gielinski
Observação: Em 1965 foi encardinado na Vice Província o P. Aloísio Deina Goch, ordenado em 1941 na Província do Rio de Janeiro.
Irmãos que emitiram votos até 1969.
Ir. Miguel Patrzyk era candidato ao sacerdócio e emitiu os votos perpétuos em 1957. Mas por causa de sua doença (ataques epiléticos) foi aconselhado a ser irmão e interrompeu seus estudos de teologia. Em 1968 foi readmitido entre os candidatos ao sacerdócio e reiniciou o curso de teologia. Deixou a Congregação em 1969 entrando no seminário dos Padres Saletinos. Atualmente é padre diocesano no Mato Grosso do Sul.
Ir. Jeserino Marques de Jesus fez os votos temporários em 1965 e saiu em 1968.
Ir. Aloise Rozyski fez os votos perpétuos em 1966
Ir. Francisco Stasiv emitiu os votos perpétuos em 1966
Ir. André Jarek emitiu os votos perpétuos em 1971.
Ir. Pedro Banach apenas os votos temporáros em 1967. Saiu em 1970.
Ir. Vitório da Cruz apenas os votos temporários em 1968. Deixou a Província em 1972.
Ir. Zeferino Chopinski fez apenas os votos temporários em 1968 e desistiu em 1970.
Desses 16 padres, 3 foram ordenados Bispos: P. Domingos Gabriel Wisniewski em 1975
P. Ladislau Biernaski em 1979
P. Isidoro Kosinski em 1981

1 passou para o clero diocesano: P. Alexandre Troscianczuk em 1983

2 foram laicizados: Orestes Grein em 1973
Antonio Bochnia em 1968 (faleceu em 1982).


Paróquias sob a responsabilidade da Vice-Província Polonesa do Brasil entre 1921 e 1969:
1903 – Tomás Coelho
1904 - Lucena (hoje Alto Paraguaçu) e Itaiópolis
1905 - Prudentópolis
1906 - Abranches
1908 - Órleans: Rio Claro; Marechal Malet
1911 - Santana-Cruz Machado; Rio Vermelho; Massaranduba;
1914 - Água Branca; Ipiranga;
1920 - S. Mateus do Sul; Ivaí;
1921 - Contenda ( de 1921 a 1936 os padres residiam em Catanduvas; de 1937 a 1958 em Serrinha)
1921 - Guarani das Missões RS.
1922 - Santa Cândida;
1923 - Rio da Prata (fazia parte da Paróquia de Alto Paraguaçu. Tornou-se paróquia em 1965).
1931 - Imbituva; Irati (S. Miguel);
1932 - S. Vicente de Paulo (Curitiba) – reitoria dos poloneses. Como paróquia a partir de 1965.
1935 - D. Feliciano (RS)
1937 - Porto Alegre (capelania polonesa)
1938 - Mafra SC
1941 - Araucária
1964 - Ibaití
1965 - Barreirinha; Curiúva.

A PROVINCIA
Aos 27 de setembro de 1969 o Superior Geral P. James W. Richardson, com a anuência do Visitador da Polônia, P. Francisco Myszka, criou a Província de Curitiba com o nome de: “Congregação da Missão Província do Sul” tendo como território os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e como sede Curitiba. A comemoração oficial ocorreu aos 29 de novembro de 1969. Além de todos os padres da nova Província, estiveram presentes o Assistente Geral da CM. P. Floriano Kapusciak e o Visitador da Província de Utica (USA), P. Henrique Sawicki.
No ano de sua criação a Província contava com:
1 bispo
49 padres – 33 poloneses e 16 brasileiros
7 irmãos
8 noviços
165 seminaristas menores.
Possuía 19 paróquias e uma capelania que formavam 6 Casas Canônicas.
Seminário Menor e Seminário Maior (filosofia e teologia).

Os Visitadores e Conselheiros foram os seguintes:
1.- P. Domingos Gabriel Wisniewski (27/9/1969 – 2/7/1975)
Conselheiros: P. José Kielczewski
P. Tadeu Kolodziejczyk
P. Jorge Morkis
P. Ladislau Biernaski
Ecônomo: P. Tadeu Dziedzic
2.-P. Ladislau Biernaski ( 1975 – 1979)
Conselheiros: P. Bronislau Bauer
P. Milton Machniewicz
P. Valeriano Pedro Klidzio
P. Félix Stefanowicz
Ecônomo : P. Tadeu Dziedzic

-P. Isidoro Kosinski (28/4/79 – 26/6/79) – Visitador interino.
Com a escolha do Visitador P. Ladislau Biernaski para bispo auxiliar de Curitiba, o P.
Isidoro Kosinski, que desde 1978 era Assistente Provincial, assumiu interinamente a
Província, até a eleição do novo Visitador.
3.-P. Lourenço Biernaski (1979 – 1983)
Conselheiros: P. Isidoro Kosinski – Assistente Provincial
P. Valeriano Pedro Klidzio
P. Marian Litewka
P. Leon Lisiewicz
Ecônomo : P. Tadeu Dziedzic.Foi substituído pelo P. Isidoro Kosinski até 1980.
Em 1980 o P. Isidoro Kosinski foi eleito bispo de Três Lagoas (MS) e
o P. Augusto Selenka foi nomeado ecônomo provincial.
4.-P. Geraldo Valenga (1983 – 1987)
Conselheiros: P. Valeriano Pedro Klidzio – Assistente Provincial
P. José Bacheladenski
P. Xisto Pontarolo Bobato
P. Aloísio Deina Goch
P. Pedro Speri
P. Euzébio Spisla
Ecônomo: P. João Ukachenski

5.-P. Xisto Pontarolo Bobato (1987 – 1989)
Conselheiros: P.José Carlos Fonsatti – Assistente Provincial
P. Albino Czanowski
P. Lourenço Biernaski
P. Francisco Mazur
P. Mizael Pugioli
P. Aldo Seidel
Ecònomo: P. João Ukachenski.
P. José Carlos Fonsatti (15/6/89 – 27/9/89)
Com a renúncia do Visitador P. Xisto P. Bobato, assumiu a Província o Assistente
Provincial, P. José Carlos Fonsatti, até a eleição do novo Visitador.
6.-P. Euzébio Spisla (1989 - 1993)
Conselheiros: P. Pedro Gielinski - Assistente Provincial
P. João Novak
P. Geraldo Valenga
P. Marian Litewka
P. José Carlos Fonsatti
P. Valeriano Pedro Klidzio.
Ecônomo: P. João Ukachenski
7.-P. Euzébio Spisla (1993 – 1996) – reeleito.
Conselheiros: P. Dirceu Keller – Assistente Provincial
P. Lourenço Biernaski
P. Simão Valenga
P. Francisco Mazur.
Ecônomo: P. Bernardino Hable
8.-P. Valeriano Pedro Klidzio (1996 – 1999)
Conselheiros: P. Mizael Pugioli – Assistente Provincial
P. Fabiano Spisla
P. Umberto Sinka
P. Luiz Carlos Oliveira.
Ecônomo: P. Geraldo Valenga
9.-P. Simão Valenga (1999 – 2002)
Conselheiros: P. Euzébio Spisla – Assistente Provincial
P. Aldo Seidel
P. André Marmilic
P. Estanislau Slowik
Ecônomo: P. Geraldo Valenga
10.-P. Simão Valenga (2002 - ) – reeleito
Conselheiros: P. Euzébio Spisla – Assistente Provincial (reeleito)
P. Dirceu Keller
P. Joelson Sotem
P. Leocádio Zytkowski
Ecônomo: P. Joelson Sotem.

Padres que vieram da Polônia depois de 1969:
1969 – P. Estanislau Goncerzewicz
1970 - P. João Kulaga
1980 - P. Henrique Jaworski (segunda vez)
1995 - P. Estanislau Slowik
Observação: Em dezembro de 1991 chegou da Província de Turim (Itália) o P. Piercarlo Beltrando. Em 1999 voltou para a Província de origem e retornou em 2001.

Depois da criação da Província retornaram para a Polônia: P. Ladislau Bomba em 1965
P. Zygmunt Reczek em 1969
P. Paulo Paszyna em 1975
P. João Píton em
P. Wiktor Paszek
P. Humberto Sinka em 2001
Faleceram aqui no Brasil: P. Paulo Warkocz em 1972
P. José Kielczewski em 1973
P. José Grzelinski em 1977
P. Sigismundo Piotrowski em 1978
P. José Zajac em 1985
P. Francisco Maszner em 1986
P. Bronislau Bauer em 1986
P. João Palka em 1987
P. Tadeu Dziedzic em 1989
P. Wendelin Swierczek em 1991
P. Felix Stefanowicz em 1995
P. Bronislau Kozlowski em 1996
P. Tadeu Kolodziejczyk em 1996
P. Ladislau Serzysko em 1997
P. Francisco Wierzba em 1998
P. João Pawlik em 1999
P. Ricardo Gogol em 2001
P. Henrique Jaworski em 2001
P. Mieceslau Lekent em 2002
Passaram para o clero diocesano: P. Jorge Badocha em 1970
P. José Kotlinski em 1972
P. Estanislau Goncerzewski em 1972
P. Premislau Kwas em 1974
P. Ladislau Musial em 1974
P. Adalberto Jachimczak em 1977
P. Tadeu Wróbel em 1983
Laicizados: P. Zenon Jezierski em 1970

Padres ordenados no Brasil depois de 1969:
1971 - P. Valeriano Pedro Klidzio
1973 - P. Estanislau Belinoski
P. Darci João Cracco
P. José Arcelino Herek
P. Euzébio Spisla
P. Geraldo Kornatzki
P. Luiz Carlos Meger
1974 - P. Francisco Belinoski
P. Xisto Pontarolo Bobato
P. José Carlos Fonsatti
P. Antonio Mika
P. Francisco Mazur
P. Valentin Szychta
P. Simão Valenga
1975 - P. José Alberto Orlovski
P. Cláudio Mikos
P. Vicente Keller
P. Vilso Paulo Longo
1976 - P. Pedro Greboge Filho
P. Mário Luiz Andrzejewski
P. José Bacheladenski
P. Antonio Franczak
P. Leopoldo Gogola
P. Joacir Grandi -
P. Ambrózio Iantas
P. Pedro Speri
P. Valentin Zazycki
1977 - P. Adalberto Fávero
P. Ênio Castro da Paz
P. Fabiano Spisla
P. Vicente Klisiewicz
P. Augusto Selenka
P. Inácio Arendt
P. Gilson César de Camargo
P. Francisco Hable
P. Firmino Perszel
1978 - P. Albino Czanowski
P. Aldo Seidel
P. Geraldo Setlik
P. Antonio Ciulik
P. Eugênio Wisniewski
1979 – P. Germano Nalepa
P. Antonio Incott Junior
1980 - P. José Carlos Chacorowski
P. Luiz Czarnecki
P. José Luis Damião Monteiro
P. Alexandre Spisla
P. Pedro Krupa
P. Ivo Gondek
P. Ednon Reimão de Melo
P. Carlos Schafaschek
P. Miguel Staron
P. Arivonil Vieira
P. Eugênio Dirceu Keller
1981 - P. Marcio Abdalem Vidigal
P. Laurí Vital Bósio
P. Mizaél Donizetti Pugioli
P. Erni de Oliveira
P. Sérgio Fernandes Stacheski
P. Lauro Czarnecki
1982 - P. Arno Longo
P. Lourenço Mika
1983 - P. Ari Alves dos Santos
P. Érico Schelbauer
1985 - P. Edson dos Santos
1986 - P. Clístenes Natal Bósio
P. João Delong
P. Atílio Benka
P. Bernardino Hable
1988 - P. André Marmilic
P. Luiz Carlos Oliveira
1989 - P. Cláudio Walenga
P. Joelson Cezar Sotem
P. Moacir Cardoso Vargas
1991 - P. Rogério Francisco Narloc -
1994 - P. José Moreira
1996 - P. Leocádio Zytkowski
P. Luiz Carlos Sartor
1998 - P. Marcos Mirek
1999 - P. Pedrinho Carlos da Silva
P. Silvestre Grzybovski
2000 - P. Odair Miguel Gonçalves dos Santos
2001 - P. Ilson Hubner
2002 - P. Carlos Bacheladenski
P. Francisco de Assis Rodrigues
P. Marcos Valaski.
Entre 1969 e 2002 foram ordenados 86 padres, dos quais:
4 faleceram: P. Francisco Belinoski em 1978
P. Francisco Hable em 1980
P. Márcio Abdalem Vidigal em 1994
P. Luiz Carlos Meger em 1996
32 foram laicizados: em 1975 José Arcelino Herek
1978 Geraldo Kornatzki
Antonio Franczak
1980 Cláudio Mikos
1982 Inácio Arendt
Fermino Perzel
1984 Adalberto Fávero
Augusto Selenka
1985 Vicente Keller
Ambrósio Iantas
Valentim Zazycki
Antonio Ciulik
Ivo José Gondek
Carlos Schafachek
Arivonil Vieira
Erni de Oliveira
Edson dos Santos
1986 Mario Andrzejewski
1987 Darci João Cracco
Geraldo Setlik
1988 Estanislau Belinoski
Alexandre Spisla
Pedro Krupa
1990 Leopoldo Gogola
Vicente Klisiewicz
1992 Sérgio Stacheski
Antonio Incott Junior
1995 Lauro Czarnecki
Bernardino Hable
1996 Valentim Szychta
1998 Rogério Narloc
1999 Joacir Grandi
8 passaram pra o clero diocesano: em 1982 Ênio Castro da Paz (Diocese de Novo Hamburgo)
1984 José Luiz D. Monteiro (Diocese de Apucarana)
1986 Xisto Pontarolo Bobato (Diocese de Apucarana)
1987 Ednon Reimão de Melo (Diocese de Cornélio Procópio)
Érico Schelbauer (Diocese de Jacarezinho)
1988 Atílio Benka (Diocese de Jales)
1995 João Delong (Diocese de Garanhuns)
1997 Pedro Speri (Diocese de Campo Mourão)
2 atualmente estão na Província de Fortaleza: Ari Alves dos Santos (Visitador)
Arno Longo
1 em licença temporária: Pedro Greboge Filho

ATIVIDADES PASTORAIS
O objetivo da vinda dos missionários poloneses ao Paraná foi a assistência espiritual dos colonos poloneses. Essa se concretizou no atendimento paroquial e nas missões populares.
Trabalho Paroquial:
O primeiro campo de ação foi o curato de S. Miguel em Tomás Coelho. As missas e demais sacramentos eram celebrados em latim e polonês. Tomás Coelho foi elevada a categoria de paróquia somente em 1936 e seu primeiro pároco foi o P. Boleslau Bayer.
A primeira paróquia assumida pelos missionários poloneses foi a de S. Estanislau em Lucena, hoje Alto Paraquaçú, aos 9 de maio de 1904. Convem lembrar que na época essa região pertencia à Diocese de Curitiba e à Província do Paraná. Os primeiros padres que ali trabalharam foram: Tomás Soltysik- pároco e Hugo Dylla- vigário paroquial. Residindo em Alto Paraguaçu os padres também atendiam a vizinha colônia polonesa de Itaiópolis. A paróquia de N. Sra. Da Medalha Milagrosa de Itaiópolis só foi criada em 1953 e seu primeiro pároco foi o P. Afonso Paszkiewicz.
Em 1905 foi assumida a paróquia de S.João Batista de Prudentópolis. O primeiro pároco foi o P. Francisco Chylaszek.
Em 1906 D. Duarte Leopoldo e Silva, segundo bispo de Curitiba confiou aos padres vicentinos o curato de Santa Ana de Abranches. O primeiro padre vicentino que trabalhou ali foi o P. Silvestre Kandora. Abranches foi elevada a categoria de paróquia em 1936 e seu primeiro pároco foi o P. José Góral.
Em 1908 os padres assumiram o curato de Santo Antonio de Órleans na pessoa do P. Francisco Chylaszek. A paróquia foi criada em 1936. De Órleans os padres atendiam também os colonos que moravam na Colônia D.Pedro II. E à proporção que chegavam mais missionários da Polônia, se assumia mais campos de evangelização. Um dado interessante é que a maioria dos lugares onde nossos padres começaram o trabalho paroquial eram apenas Curatos. Foram eles que com dedicação e zelo apostólico, além de construírem as igrejas e casas paroquiais, prepararam o povo para a criação das paróquias.
Na impossibilidade de descrever o inicio de cada uma delas, apenas relembro-as.
Paróquias onde já atuamos durante esses cem anos:
Paróquia Santo Estanislau – Alto Paraguaçu – SC. de 1904 a 1986
Primeiros padres: Tomás Soltysik e Hugo Dylla.
A igreja matriz foi construída pelo P. João Kominek
Paróquia Nossa Senhora da Medalha Milagrosa – Itaiópolis – SC. de 1904 a 1986
Atendida desde 1904 quando ainda era capela de Alto Paraguaçu.
A matriz foi construída pelo P. João Olszowska e a casa paroquial pelo P.
Afonso Paskiewicz
Em 1953 tornou-se paróquia e o primeiro pároco foi o P. Afonso Paskiewicz.
Paróquia Nossa Senhora do Rosário – Rio Claro do Sul – Pr de 1908 a 1970
Em 1908 começou ser atendida pelo P. Silvestre Kandora
Tornou-se paróquia em 1911
Paróquia São Pedro – Marechal Mallet – Pr de 1908 a 1967
Atendimento desde 1908. Em 1935 o P. Francisco Madej estabeleceu-se na
localidade. A paróquia foi criada em 1948 e o primeiro pároco foi o P.
Sigismundo Piotrowski que também construiu a matriz.
Paróquia Nossa Senhora das Graças - Rio Vermelho SC de 1911 a 1933
O primeiro pároco foi o P. José Joaquim Góral que construiu a matriz.
Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Massaranduba SC de 1911 a 1921
O primeiro pároco: P. José Joaquim Góral.
Paróquia São José – Antonio Olinto de 1911 a 1955
Era apenas uma colônia polonesa. P. Francisco Komander, entre 1911-1913 se
deslocava de Órleans para o atendimento dos colonos. A partir de 1914 os padres
iam de Água Branca. Tornou-se depois capela de S.Mateus do Sul.
Paróquia São José - Água Branca Pr (município de S. Mateus do Sul ) de 1914 a 1977
Primeiro pároco: P. Francisco Komander
Em 1930 a paróquia foi extinta e seu território foi incorporado à paróquia de
de S. Mateus do Sul.
Paróquia Nossa Senhora da Conceição – Ipiranga Pr de 1914 a
Primeiro pároco:
Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro – Áurea RS de 1915 a 1918
Primeiro pároco: P. Jacinto Miensopust

Paróquia Nossa Senhora da Natividade – Ijuí RS de 1918 a 1920
Primeiro pároco: P. Jacinto Miensopust
Paróquia de Santana – Cruz Machado Pr de 1920 a 1960
Primeiro pároco: P. Aniceto Weiss
Paróquia São Mateus Evangelista – São Mateus do Sul Pr de 1920 a 1994
Primeiros padres: Francisco Zdieblo e João Zygmunt
A matriz foi iniciada em 1954 pelo P. Bronislau Koslowski e concluída pelo P. Bronislau Bauer em 1961.
Paróquia Santa Tereza D’Avila - Guarani das Missões RS de 1921 a 1942
Primeiro pároco: P. João Wróbel que construiu a igreja e a casa paroquial.
Paróquia Nossa Senhora da Luz – Irati Pr de 1931 a 1948
Primeiro pároco: P. Paulo Warkocz que iniciou a construção da matriz, concluída pelo P. Tadeu Dziedzic.
Em 1948 D. Antonio Mazarotto, bispo de Ponta Grossa, dividiu a cidade em duas paróquia. Nossa Província assumiu a nova paróquia de S. Miguel Arcanjo, onde havia maior concentração de descendentes de poloneses, deixando a paróquia de Nossa Senhora da Luz para os Freis Capuchinhos.
Paróquia Nossa Senhora de Czestochowa – D. Feliciano RS de 1935 a 1942.
Primeiro pároco: P. Antonio Myska. Seu sucessor, P. Wictor Dewor foi assassinado em 1942 e a paróquia foi entregue ao bispo diocesano.
Paróquia São Miguel Arcanjo – Irati Pr de 1948 a 1996
Primeiro pároco: P. Tadeu Dziedzic.
Paróquia Nossa Senhora das Dores – Curitiba (Bigorrilho) de 1952 a 1957
Primeiro Pároco: P. Francisco Madej.
Paróquia São Sebastião – Faxinal Pr de 1957 a 1959
Primeiro pároco: P. José Kotlinski
Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Ibaiti Pr de 1964 a 1987
Primeiro pároco: P. Tadeu Kolodziejczyk

Paróquia Divino Espírito Santo – Curiúva Pr de 1964 a 1966
Primeiro pároco: P. Eduardo Wróbel. A Província reassumiu a paróquia em 1993.
Paróquia São Pedro Apostolo – Rio da Prata SC de 1965 a 1970
A comunidade já era atendida desde 1923 pelos padre residentes em Alto Paraguaçu. Em 1965 foi criada a paróquia. O primeiro pároco foi o P. Mieceslau Lekent que construiu a matriz.
Paróquia Santo Antonio – Evaristo (Santo Antonio da Patrulha) RS de 1970 a 1972
Primeiro pároco: P. Tadeu Kolodziejczyk
Paróquia Senhor Bom Jesus e Santa Bárbara – Figueira Pr de 1975 a 1987
Primeiro pároco: P. Geraldo Kornatzki
Paróquia Santo Antonio de Lisboa – Japira Pr de 1978 a 1987
Primeiro pároco: P. Bronislau Kozlowski

Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Três Lagoas MS de 1983 a 1989
Primeiro Pároco: P. Ari Alves dos Santos
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Leópolis Pr. De 1983 a 1993
Primeiro pároco: P. Mizaél Pugioli
Paróquia São José - Cornélio Procópio Pr de 1983 a 1997
Primeiro pároco: P. Erní de Oliveira
Paróquia Santa Luzia – Três Lagoas MS de 1996 a 1997
Primeiro pároco:
Paróquia Santa Efigênia - Curitiba de
Primeiro pároco: P. José Alberto Orlovski
A igreja matriz foi começada pelo P. José Alberto e concluída pelo P. Gilson C. Camargo.

Paróquia atuais sob a responsabilidade da Província:
Em Curitiba:
- Paróquia Sant’Ana de Abranches desde 1906
- Paróquia Santo Antonio de Órleans desde 1908
- Paróquia Santa Cândida desde 1922
- Paróquia Santa Gema Galgani, Barreirinha desde 1965
- Paróquia S. Vicente de Paulo desde 1932 como reitoria. A paróquia foi criada em 1965.
Região Metropolitana de Curitiba:
- Paróquia Nossa Senhora da Anunciação (Col. D.Pedro II) desde 1975
- Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, Araucária, desde 1942
- Paróquia N.S. das Dores (antes S. Miguel), Tomás Coelho, desde 1903.
- Paróquia N. S. do Perpétuo Socorro, Araucária, desde
- Paróquia S. João Batista, Contenda, desde 1921
- Paróquia Imaculada Conceição, Catanduvas, desde 1921
No Estado do Paraná:
- Paróquia S.João Batista, Prudentópolis, desde 1906
- Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Inácio Martins, desde 1975
- Paróquia Santo Antonio, Imbituva, desde 1931
- Paróquia Menino Jesus, Guamiranga, desde 1981
- Paróquia Cristo Rei, Ivaí, desde 1920
- Paróquia Divino Espírito Santo, Curiúva, desde 1993
- Paróquia S. Jerônimo, S. Jerônimo da Serra, desde 1980
- Paróquia S.Bom Jesus dos Perdões, Guaraqueçaba, desde 1986
No Estado de Santa Catarina:
- Paróquia São José, Mafra, desde 1938
No Estado do Rio Grande do Sul:
- Capelania Polonesa N.S. de Czestochowa, Porto Alegre, desde 1937.
No Estado de S. Paulo:
- Santuário São Vicente de Paulo, Ipiranga- capital, desde 1991
No Estado do Mato Grosso do Sul:
- Paróquia Bom Pastor, Brasilândia, desde 1982
- Paróquia Santa Rita de Cássia, Três Lagoas, desde 1981
As Missões Populares.
Dos quatro primeiros missionários, os padres Francisco Chylaszek e Hugo Dylla dedicaram-se às missões populares. O P. Boleslau Bayer era o superior e se dedicou mais aos trabalhos pastorais em Tomás Coelho auxiliado pelo Ir. Alexandre que era um grande organista. Porém sempre que possível o P. Bayer auxiliava os outros missionários. Já em 1904 iniciaram as missões populares para os imigrantes poloneses. Os primeiros campos de trabalho foram: Colônia Rio dos Patos no município de Prudentópolis, S. Mateus do Sul, Água Branca e Lucena (hoje Alto Paraguaçu). As missões seguiam o esquema tradicional: pregações, missas, confissões e outros exercícios de piedade (procissões, terço, via-sacra ...) A princípio as missões eram destinadas aos imigrantes poloneses, pois os padres ainda não dominavam a língua portuguesa. Duravam, no mínimo quinze dias, divididos em duas etapas: uma semana para os homens, adultos e jovens; outra para as mulheres, senhoras e moças. As missões terminavam com a Missa Solene, Comunhão geral, Benção do Santíssimo e implantação do Cruzeiro com a inscrição “Salva tua Alma” (Zbaw Dusze Swoja).
Nos primeiros anos não havia ainda uma equipe missionária fixa. Todos os padres eram missionários e pregaram as missões conforme as necessidades e as possibilidades. Assim o P. Bayer, que passou os quarenta anos de sua permanência no Brasil, em Tomás Coelho, pregou missões em Abranches, na igreja do Rosário em Curitiba, em Serrinha (Contenda), Tomás Coelho e Colônia Cristina. O P. João Rzymelka pregou em Araucária e Ijuí; os padres Piasecki e Gertner em Guarani das Missões e nas colônias polonesas do Alto Uruguai. Em 1921 chegaram os Padres Guilherme Szymbor e Wiktor Bieniasz só para pregar missões. Suas pregações começaram no próprio navio em que viajavam e que trazia para o Brasil mais 740 imigrantes poloneses.
Com o domínio da língua portuguesa, os padres começaram a pregar missões também às pessoas de outras nacionalidades. Merece uma honrosa menção o trabalho de evangelização dos índios feitos pelo padre Francisco Komander, em Três Bicos do Ivaí, perto de Cândido de Abreu Pr, junto à tribo dos índios coroados, e dos padres João Kominek e João Olszówka com os ferozes índios Botocudos que habitavam a região de Alto Paraguaçu.
Durante a segunda guerra mundial e nos anos seguintes as missões populares se tornaram mais esporádicas. Os missionários se dedicaram, então, mais ao trabalho paroquial.
Em 1957 o P. Lourenço Biernaski, primeiro brasileiro a ser ordenado, iniciou seus trabalhos como missionário. Ele merece um lugar especial na galeria de nossos incansáveis missionários. P. Lourenço pregou missões em mais de 50 localidades entre os anos de 1969 a 1977.
Cabe também a ele a iniciativa de convidar religiosas para as missões. Assim em 1969 foi auxiliado por duas irmãs da Congregação das Franciscanas da Sagrada Família de Maria, nas missões em Rio da Prata. No mesmo ano contou com a colaboração de duas irmãs Filhas da Caridade nas missões em Cambira. Em 1971 P. Lourenço inovou mais uma vez e pregou missões em S. Mateus do Sul auxiliado por 5 leigos. A partir de 1972 também nossos seminaristas teólogos participaram de algumas missões.
Em 1975 foi constituído um grupo fixo de missionários: P. Lourenço Biernaski - diretor, P. Wiktor Paszek, P. Pedro Greboge Filho, e P. Miecislau Lekent, depois substituído por motivos de saúde pelo P. Darci João Cracco e mais tarde pelo P. Inácio Arendt. O Pe. Cláudio Mikos atuou no Grupo Missionário de janeiro de 1977 a 31 de janeiro de 1979. O P. Lourenço deixou a equipe missionária em 1979 quando foi eleito Visitador.
Em 1980 o P. Euzébio Spisla tornou-se o diretor do grupo missionário até 1984 quando foi nomeado diretor das Filhas da Caridade. O P. Pedro Krupa foi seu substituto. Nessa época p grupo missionário era formado pelos padres Pedro Krupa, Luiz Carlos Meger e por dois leigos, um rapaz e uma moça. Infelizmente os dois leigos não eram preparados para as missões o que causou muitos transtornos. Em 1987 o grupo missionário foi desfeito. A equipe missionária só foi refeita quando, em 1998 o P. Euzébio Spisla retomou as missões populares com os padres Leocádio Zytkowski e Luiz Carlos Sartor. Porém em 2000 a equipe se desfez novamente quando seus membros assumiram paróquias. Atualmente a equipe missionária está se refazendo graças aos esforços dos padres Vilso Longo e Francisco de Assis Rodrigues.
Infelizmente a Província perdeu seu espírito missionário que tanto animou os coirmãos vindos da Polônia. Apesar de tantos percalços e graças ao esforço de tantos coirmãos, durante esses 100 anos nossos missionários levaram a Palavra de Deus a mais de 150 municípios dos estados do sul do Brasil.

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL, com histórico da Congregação da Missão

Um comentário:

  1. Como faço para obter mais informações sobre Ludovico Mozalewski?
    Desde já agradeço!
    nees.unicentro@gmail.com
    Sônia

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