Dom Bruno Forte, arcebispo de Chieti-Vasto, Itália, considera que a
Família aparece como um dos maiores destaques entre os protagonistas da
nova evangelização. Sua palavra está num resumo dos últimos debates do
Sínodo foi publicado nesta segunda-feira, 22 de outubro, no jornal
diário “Avvenire” de inspiração católica.
Leia a matéria que sintetiza as últimas sessões do Sínodo com uma
tradução livre do assessor de imprensa da CNBB que está em Roma:
O verdadeiro desafio é devolver a esperança a um mundo que parece
perdido. E para encarregar-se dessa missão, cheia de desafios, com
todas as forças, com a capacidade de regenerar-se, será a entrega
pastoral de uma comunidade eclesial consciente de ter algo de positivo a
dizer ao mundo. É esta a perspectiva na qual se deve mover a nova
evangelização, assim como está surgindo do Sínodo, depois do tempo
dedicado à análise, a traduzir em propostas concretas, as reflexões que
estão sendo feitas. Ontem (domingo, 21 de outubro), chegaram as
reflexões dos círculos menores, onde se verifica, com do diferentes, uma
convergência substancial na identificação da família, da educação dos
jovens, no diálogo ecumênico e inter-religioso e de uma renovação da
catequese, especialmente aquela endereçada aos adultos, como os pontos
centrais sobre os quais se deve concentrar. Tudo isso sem descuidar de
outros âmbitos através dos quais passam o anúncio como, por exemplo, os
mass media e o compromisso dos políticos cristão que são chamados a agir
em coerência com a própria fé sem desvios. Compromisso, em suma, em
todos os campos com o esboço também de uma proposta por uma missão
mundial de evangelização que poderia ser lançada pelo Papa durante o Ano
da Fé.
Referindo-se a respeito do que tem aparecido no “círculo” de língua
italiana, o presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização,
o arcebispo Rino Fisichella, sublinhou que o “processo cultural de
secularização é particularmente marcante e merece ser considerado seja
como desafio que se coloca para a Igreja sob o perfil cultural, seja
como oportunidade oferecida àquela pessoa que crê para renovar as
próprias categorias espirituais e culturais”. A propósito dos
catequistas e do pedido de se instituir um ministério
institucionalizado, Fisichella observou como isso “seja excluído”
enquanto “um tal ministério criaria mias problemas de quanto se poderia
resolver”. A respeito dos protagonistas da nova evangelização,
referindo-se ao próprio grupo de trabalho, dom Bruno Forte, arcebispo de
Chieti-Vasto (Itália), destacou como “cada batizado, por vocação e
missão, é protagonista da nova evangelização”. Isso ocorre
“particularmente na realidade da paróquia, através de uma importante
ação educativa da Ação Católica e os carismas suscitados pelo Espírito
Santo nas novas agregações eclesiais”. Os cristãos leigos, porém, “têm
uma tarefa decisiva no testemunho da fé no complexo relacionamento com a
realidades nas quais atuam. Em particular, a família no seu conjunto é
protagonista decisiva da transmissão da fé”, e “neste âmbito é
reconhecido o papel importante que as mulheres têm tido e tem na
transmissão da fé cristã”.
Sobre o tema dos carismas tratou também o presidente da Renovação do
Espírito, Salvatore Martinez, convidado ao Sínodo, observando que “a mãe
de todas as crises que sofremos é espiritual, dentro e fora da Igreja.
Uma crise que deve ser lida, enfrentada e vencida primeiramente na ordem
sobrenatural, antes que cultural, social e econômico. Será nova
evangelização se, mediante a unção profética do Espírito Santo,
saberemos devolver ao homem, o humano e ainda ao homem, o divino, assim
como às nossas sociedades neopagãs, uma nova ‘ética das virtudes’”.
Entre as últimas intervenções na Sala do Sínodo, vale recordar aquela
enviada por escrito pelo Cardeal Giuseppe Versaldi, presidente da
Prefeitura Vaticana dos Negócios Econômicos, a qual sublinhava que
quando na Igreja se cometem “erros” na administração do dinheiro e das
propriedades materiais, antes de tudo deve valer a “presunção de boa
intenção e de honestidade, ao invés da “fácil acusação de interesse ou
de poder pessoal” por isso, “antes da denúncia à autoridade” se deve dar
a “possibilidade de arrependimento e reparação”.
FONTE: CNBB/ssvpbrasil.org.br
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