segunda-feira, 18 de junho de 2012

O trem


Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida com uma viagem de
trem.
Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada.
Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e
desembarques,alguns
acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas
em outros.
Quando nascemos, entramos neste trem e nos deparamos com algumas pessoas
que julgamos, estarão sempre nesta viagem conosco.
Nossos pais, infelizmente, em alguma estação descerão e nos deixarão órfãos
de seu carinho, amizade e companhia insubstituível... mas, isso não impede
que durante a viagem pessoas interessantes e que virão a ser super especiais
embarquem, sejam nossos irmãos, amigos, amores maravilhosos.
Muitas pessoas tomaram esses somente a passeio, outras encontrarão nessa
viagem somente tristezas, ainda outras circularão pelo trem prontas a ajudar
a quem precisa.
Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de
uma forma que, quando
desocupam seu acento, ninguém sequer percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se
em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer o trajeto
separados deles, o que não pede, é claro, que durante o trajeto, atravessemos,
com grande dificuldade nosso vagão e chegamos até ele... só que, infelizmente,
jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele
lugar.
Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas,
despedidas... porem jamais retorno.
Façamos essa viagem, então da melhor maneira possível , tentando nos relacionar
bem com todos os passageiro, procurando em cada um deles, o que tiveram
de melhor, lembrando sempre, que em algum momento do trajeto, precisamos
entender isso, porque nós também fraquejamos muitas vezes e, com certeza,
haverá alguém que nos atenderá.
O grande mistério afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos,
muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que esta sentado ao nosso
lado.
Eu fico pensando, se quando descer desse trem, sentirei saudades.
Acredito que sim, me separar de alguns amigos que fiz nele será no mínimo
dolorido, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza
será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei
na estação principal e terei grande emoção de vê-lo chegar com uma bagagem
que não tinham quando embarcaram... e, o que vai me deixar mais feliz, será
pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.
Amigo, façamos com que a nossa estrada, nesse trem, seja tranqüila, que
tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso
lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem
a viagem.
 Fonte: Site catequisar.com.br

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