O relato a seguir é feito pela Filha da Caridade, Mary Ann L. Guenavara, uma Irmã que professa o vicentinismo. Ela conta as ações de solidariedade em prol dos atingidos por um tufão, no final do ano passado, em Sendong.
Quando o tufão Sendong atingiu o nordeste de Mindanao, nos dias 16 e 17 de dezembro de 2011, nós, Filhas da Caridade da Província das Filipinas, ouvimos o clamor dos Pobres e respondemos ajudando a Igreja local em seus esforços de socorro e reabilitação. Nossas Irmãs que servem na diocese de Cagayan de Oro pediram nossa presença. Vários grupos de Irmãs se organizaram em turnos para estarem presentes. Trabalhamos em colaboração com a Igreja e o governo, em especial com o Departamento de Assistência Social que coordenava o Centro de Comando.
O ROSTO DO DEUS DA PROVIDÊNCIA: O Deus que tudo provê estava muito presente nas pessoas dos órgãos governamentais e não-governamentais que trouxeram alívio e assistência de longo prazo provenientes de grupos locais, estaduais, nacionais e internacionais.
O ROSTO DO DEUS QUE É EMANUEL: A presença de pessoas para ajudar não foi solicitada. Foi um sinal de que Deus está sempre com eles. Quando eles precisaram de acomodação, de itens de necessidade básica ou de alguém que escutasse suas histórias de perda ou sobrevivência, Deus enviou pessoas para ajudarem de alguma maneira.
O DEUS QUE CHAMA PESSOAS PARA A MISSÃO: Deus enviou pessoas com um senso de missão às reuniões para organizar a ajuda às vítimas do tufão Sendong. Em momentos como esse, quando as pessoas afetadas precisam de ajuda imediata por causa da magnitude da perda, é importante o trabalho em conjunto.
O DEUS QUE ESTÁ “EM CASA” NA MISÉRIA HUMANA E NA ABUNDÂNCIA: Eu vi Irmãs indo e vindo servindo em humildade, simplicidade e caridade, e não pude deixar de agradecer a Deus por ter nos dado um coração para amar o mundo. As Irmãs estavam em casa no mundo dos Pobres, uma presença que era fonte de esperança e luz em meio ao desespero e a escuridão. Acredito que nossa presença em dois dos maiores centros de evacuação em Cayagan Oro atualizou o que o São Vicente e Santa Luísa fizeram em sua época: uma caridade organizada. Sua organização ofereceu um sistema que deu dignidade e ordem a uma distribuição de bens e serviços que poderia ser caótica.
O DEUS QUE VÊ O QUE NOSSA MÃO DIREITA ESTÁ FAZENDO: O crescimento do espírito de serviço permite-nos servir sem limites. Apesar de fisicamente cansadas, nossos espíritos se mantinham vivos através da oração e da Eucaristia; graças a presença dos Padres Vicentinos e do clero diocesano tivemos missas diariamente nos campos de evacuação e/ou na Catedral.
O DEUS QUE AMA A FRATERNIDADE E A CELEBRAÇÃO: Celebramos o Natal e o Ano Novo nos centros de evacuação com uma liturgia simples, mas participativa, e preparada pelas pessoas que lá estavam. Sentimo-nos muito abençoadas e privilegiadas em celebrar e viver a fraternidade com pessoas em situação de grande pobreza.
O DEUS QUE NOS CHAMA A VIVER EM COMUNIDADE: Se na noite de Natal e de Ano Novo ficamos com as pessoas do centro de evacuação, no dia de Natal e de Ano Novo nos reunimos em comunidade para o almoço e para celebrarmos com nossas Irmãs e Padres Vicentinos. Foi emocionante e inspirador reunir-se e rezar o Miserere, o Te Deum e o Ato de Consagração. Foi uma profunda experiência de estar em comunidade e de fidelidade a tradição da comunidade em meio à missão.
O DEUS QUE NUNCA SE DEIXA VENCER EM GENEROSIDADE: Reconhecemos a generosidade de Deus na ajuda financeira enviada pela Casa Mãe e outros setores para Sendong e outros desastres anteriores nas Filipinas. Terminado o nosso serviço temporário, estamos cheias de lembranças pela possibilidade encarnação de nosso Carisma e gratas por termos sido uma luz na escuridão e uma esperança para o amanhã.
Deo Gratias! Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. Santos e Bem-aventurados da Família Vicentina, rogai por nós!
Ir. Mary Ann L. Guenavara, FC
Conselheira Provincial
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