sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Irmã Josefina Nicoli: exemplo de amor incondicional aos Pobres


Hoje é a celebração da Memória Litúrgica de Irmã Josefina Nicoli, uma beata da Família Vicentina. Conheça a história dela:

Josefina Nicoli nasceu a 18 de novembro de 1863, em Casatisma, Itália. Dotada de grande perspicácia e de uma inteligência rara, aos 16 anos, preparava-se para ser professora. Mas no dia 18 de junho de 1884, entrou na Companhia das Filhas da Caridade, sendo enviada a Paris. Uma epidemia de cólera, porém, obrigou as Irmãs italianas a retornarem à sua Província de origem. Irmã Josefina foi designada para o Instituto Sappa, próximo à sua cidade natal, onde recebeu o encargo de ensinar às jovens. Três meses depois, a 1o de janeiro de 1885, foi enviada à Sardenha, para trabalhar como professora e catequista junto ao Conservatório da Providência. Sua atividade como professora caracterizou-se por uma peculiar mansidão que a todos encantava, mas sempre associada a uma admirável firmeza, indispensável a todo processo de formação humana. Conhecia de perto seus alunos e sabia considerar, na tarefa de educá-los, a realidade concreta de cada um deles. Certa vez, escreveu: “O futuro depende inteiramente da educação. Como poderemos cumprir essa missão? Tendo um elevado conceito deste serviço importante e tentando preparar-nos para bem fazê-lo, estudando métodos que ajudem a formar o caráter dos nossos alunos: paciência, doçura, firmeza, serenidade”.
Com apenas 30 anos, foi acometida por uma grave doença pulmonar que lentamente consumiu sua saúde. Os anos seguintes foram marcados por uma intensa e variada atividade. Aos 36 anos, foi nomeada Irmã Servente do Orfanato de Sassari, instituição que prestava um significativo serviço aos Pobres do lugar, em especial aos jovens.
Em 1910, foi nomeada Ecônoma de sua Província de Turim e, dezoito meses depois, Diretora do Seminário, onde se destacou como exímia formadora das jovens que, como ela, desejavam consagrar-se inteiramente a Deus para o serviço livre e generoso aos mais Pobres.
Em função de sua saúde cada vez mais precária, depois de apenas nove meses como Diretora do Seminário, foi destinada novamente à Sardenha, mas o diretor do orfanato preferiu recusar sua presença. Irmã Nicoli, em silêncio, confiou-se aos superiores, que a enviaram para uma outra casa de acolhimento a crianças e jovens Pobres, em Cagliari. Era o ano de 1914, início da Primeira Grande Guerra. Seus últimos dez anos foram os mais intensos de sua vida, dedicando-se à formação da juventude, tanto daqueles que viviam pelas ruas como daqueles que conseguiam reunir em grupos. De fato, fundou um grupo de jovens empregadas que vinham de países vizinhos para prestar serviço aos nobres senhores da cidade. Chamou-as “Zitine”, porque colocadas sob o auspício de Santa Zita, padroeira das empregadas domésticas. Reuniu, para exercícios e retiros espirituais, jovens que trabalhavam na fábrica nacional de cigarros. Incentivou e alargou a Associação das Filhas de Maria, difundindo, com impressionante zelo, a Medalha Milagrosa. Incentivou, no norte da Itália, a associação das Damas da Caridade e, com elas, empenhou-se na assistência aos Pobres, sobretudo às crianças abandonadas.
Naquela época, em Cagliari, o número de meninos de rua crescia enormemente. Abandonados, viviam à procura de pequenos serviços, tais como carregar mercadorias em cestos de um mercado para o outro ou do mercado para as casas. Frequentemente, envolviam-se em assaltos e enganavam as pessoas. O olhar da Irmã Nicoli sabia ultrapassar as aparências. Conhecia a cada um pelo nome, socorria-os em suas necessidades mais urgentes, reunia-os em grupos escolares e catequéticos para ensinar-lhes a ler e escrever e instruí-los na fé. Desejava ardentemente que o caráter de cada um deles amadurecesse na retidão e na verdade. Chamava-os Marianelli, crianças Pobres de Maria. Queria que todos soubessem que, embora órfãos ou abandonados pela família, tinham uma Mãe zelosa no céu.
Interessou-se também pelas jovens da burguesia, reunindo-as nas associações das Dorotéias e consagrando-as à missão de testemunho cristão no mundo. As moças mais habilidosas que encontrava convidava a inscreverem-se na Escola de Religião, que organizou para o aprofundamento da doutrina cristã e a formação das futuras mestras. O Senhor havia suscitado nela uma verdadeira paixão educativa, segundo o espírito e o método vicentino, que privilegia sempre a pessoa e a sua relação com Jesus Cristo. Nisto, Irmã Josefina Nicoli foi realmente mestra e guia para todas as gerações, especialmente para suas Irmãs de Comunidade.
Aos 61 anos, ainda empenhada no serviço da caridade, Irmã Josefina Nicoli morreu, a 31 de dezembro de 1924, vítima da tuberculose. Memória litúrgica: 03 de fevereiro.

FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL, com dados da Congregação da Missão

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